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EDP dá meio milhão a sete Monumentos

Matapitosboss

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"LEONOR FIGUEIREDO"

Balanço. Só em acções do Ministério da Cultura, 2007 apurou mais de quatro milhões de euros vindos do mecenato. Quase o triplo, 11 milhões, será investido em 2009 pelo maior mecenas, a Fundação PT

Mecenato existe mas o panorama está desfocado

A Fundação EDP será o maior mecenas em 2009, com o investimento de 3,6 milhões de euros em projectos da cultura. Um dos mais visíveis será a disponibilização de meio milhão de euros para melhorias em sete monumentos nacionais, até 2011, através de um acordo que está em vias de concretização com o Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (Igespar) do Ministério da Cultura (MP).

Beneficiarão seis dos sete monumentos mais votados pelos portugueses, além do Panteão Nacional.

O administrador-delegado da Fundação EDP, Sérgio Figueiredo, revela ao DN que o acordo incide "na eficiência energética, reabilitação do sistema de electricidade, ilu- minação das fachadas e programações cul-turais conjuntas, quer nesses monumentos quer no Museu da Electricidade em Lisboa".

Serão abrangidos, a partir do próximo ano, os mosteiros dos Jerónimos, Alcobaça e Batalha, os castelos de Guimarães e de Óbidos, a Torre de Belém e o Panteão Nacional. "Estamos a mudar o conceito de dar o cheque para o bailado ou a ópera", sustenta, preferindo falar de parceria. "Queremos um maior envolvimento, ser parceiros, fornecer know--how, apoio e voluntariado para os eventos culturais. Não queremos que nos prestem contas financeiras. Queremos, depois, o balanço: quantos visitantes gerou?"

No conceito alargado, a Fundação EDP gastará 11 milhões de euros em 2009. Continuará associada à Fundação Vieira da Silva, à Casa de Serralves, às bolsas da Orquestra Sinfónica Juvenil (42 mil euros), Companhia Nacional de Bailado (750 mil) e ao ciclo de piano da Casa da Música até 2010 (233 mil).

Finanças investigaram mecenas

As estatísticas portuguesas que vieram do estrangeiro (!) revelam 2007 como o melhor ano para o Ministério da Cultura. De 2,3 milhões de ajuda de mecenas em 2006, passou para 4,2 milhões em 2007.

Mas esta pode não ser a realidade nacional. "Há mecenas que nos dizem: 'Eu pago, mandem a factura, mas não quero que seja através do mecenato', porque as finanças caíram em cima de empresas que tinham declaração de mecenato. A lei precisa de ser mexida e valorizada", revela ao DN uma fonte bem colocada do MC.

Ali, o circuito não é transparente. "Quem quer ser mecenas tem de preencher uma declaração de manifesto interesse cultural para aplicação da lei, que tem de mandar para a secretaria-geral, para se candidatar aos benefícios fiscais. Aqui no ministério só temos registo dos que se candidataram ao estatuto. Depois não sabemos os resultados, só se telefonar para a Direcção-Geral das Finanças", esclarecem-nos do MC.

O âmago da lei que existe há 22 anos em Portugal não difere muito da europeia, embora seja mais complicada, o que não ajuda à definição e territórios do mecenato.

Por vezes são grupos que se juntam para salvar documentos da nossa História, como aconteceu com os Amigos da Biblioteca Nacional, que adquiriram por dois mil euros manuscritos de dois escritores de referência e os ofereceram à BN. Ou o caso da Cimpor, que reforçou a charola do Convento de Cristo.

Outros casos há, enredados entre o subsídio, patrocínio, apoio, auxílio ou financiamento. Mas sistematizados e unidos em termos de mecenato, ainda não. Falta um grande chapéu que os una.


Fonte Inf.- DN Online


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