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Editora Random House recusa publicar «The Jewel of Medina»

Satpa

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Editora Random House recusa publicar «The Jewel of Medina»

A editora Random House recusou publicar o romance «The Jewel of Medina», da jornalista Sherry Jones, alegando recear que pudesse «incitar à violência», noticiou a Reuters citada pelo jornal El Mundo.


Romance de estreia de Sherry Jones, 46 anos, «The Jewel of Medina» ia ser publicado dia 12 de Agosto pela Random House, que para o efeito preparara uma digressão publicitária por oito cidades, segundo informação da autora à Reuters.

O livro conta a história de Aisha, desde o seu casamento com Maomé -quando tinha apenas seis anos - até à morte do profeta.

A jornalista disse ter-se indignado quando tomou conhecimento, em Maio, de que a publicação do romance seria adiada por tempo indefinido.

«Escrevi deliberada e conscientemente, com respeito pelo Islão e por Maomé (...) Pensei que o meu livro pudesse ser uma ponte», vincou.

Num comunicado emitido em Nova Iorque, o subeditor da Random House, Thomas Perry, informou que a empresa fora aconselhada a ter em conta, «não apenas que a publicação deste livro poderia ser ofensiva para alguns membros da comunidade muçulmana, como também incitar à violência por parte de um segmento pequeno mas radical».

«Por este motivo, e após longa deliberação - explicou Perry -, decidimos adiar a publicação, para segurança do autor, dos empregados da Random House, dos livreiros e de qualquer outra pessoa que esteja envolvida com a distribuição e a segurança do romance».

Jones, que agora concluiu uma sequela do romance, relatando a vida da sua personagem após a morte do marido, «pode vender o seu livro a qualquer outra editora», acrescentou o subeditor.

Para a jornalista, que nunca visitou o Médio Oriente e passou vários anos a estudar história árabe, «The jewel of Medina» é uma síntese de tudo o que aprendeu.

«Eles [Maomé e Aisha] viveram uma grande história de amor. Ele morreu com a cabeça sobre o peito dela», assinalou.


Diário Digital / Lusa
 

Satpa

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Editora sem medo publica romance sobre Maomé

Editora sem medo publica romance sobre Maomé
LEONOR FIGUEIREDO

Livro. O receio da reacção da comunidade islâmica nos Estados Unidos levou a editora Random House a não publicar 'A Jóia de Medina', o primeiro romance histórico da jornalista Sherry Jones. Mas uma editora independente britânica decidiu avançar com o livro que deverá sair no próximo mês de Outubro

Livro de jornalista foi vetado pela Random House

Depois da recusa da prestigiada editora americana Random House, a jornalista Sherry Jones encontrou em Inglaterra uma editora independente, a Gibson Square, que dará à estampa em Outubro o romance histórico que ficciona a vida do profeta Maomé com a sua mulher favorita.

"Numa sociedade aberta tem de haver acesso livre às obras literárias, apesar do medo. Como editora independente, já editámos previamente outros trabalhos polémicos, entre eles um escrito pelo ex-espião Alexander Litvinenko, assassinado em Londres, há dois anos, com uma substância radioactiva", declarou Martin Rynja, da Gibson Square, para quem a não publicação pelas razões aludidas seria "andar de marcha atrás até às épocas obscuras".

O acordo com a editora americana estava praticamente concluído. E preparada uma digressão de lançamento por várias cidades americanas. A jornalista Sherry Jones, 46 anos, iria receber, da prestigiada Random House cem mil dólares pela publicação do seu livro The Jewel of Medina [A Jóia de Medina], que deveria ter saído a 12 de Agosto.

A obra, um romance histórico, conta a vida de uma menina chamada Aisha, que ficou sob o compromisso, desde os seis anos de idade, de acompanhar Maomé como sua mulher, até à morte do profeta islâmico.

A personagem feminina acompanha no romance Maomé a maior parte do tempo e, também, nas alturas em que o profeta recebe a maior parte das revelações.

Receios de que o livro viesse incitar à violência e ferisse a sensibilidade dos muçulmanos fez com que a editora recuasse nos intentos de publicar a obra nos Estados Unidos. Uma medida que se destina, justificou dias antes da data do lançamento a editora, "à segurança da autora, dos funcionários da Random House, livreiros e qualquer pessoa que fosse envolvida na distribuição e venda do romance".

Pornografia barata

A imprensa cita a professora Denise Spellberg, da Universidade do Texas, que considerou o livro "feio", "estúpido", "de pornografia barata" e terá aconselhado a editora "a não provocar a fúria entre muçulmanos".

Sherry Jones nunca visitou o Médio Oriente, mas estudou durante anos a história árabe. "Eles tiveram uma grande história de amor", reforça a jornalista, dizendo que Maomé morreu com a cabeça deitada no peito de Aisha.

À agência Reuters, Sherry Jones declarou: "Escrevi deliberada e conscenciosamente sobre o Islão e Maomé de uma forma respeitosa."


DN
 
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