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Editora Côa-Águeda facilita publicação de livros

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Editora Côa-Águeda facilita publicação de livros


A aldeia raiana de Fóios, no concelho do Sabugal, vai acolher uma editora transfronteiriça, denominada Côa-Águeda, que pretende facilitar a publicação de obras criadas nos dois lados da fronteira.

A Côa-Águeda surge em parceria com outra editora, sediada no Porto, O Progresso da Foz, a pensar no «calvário» que muitos escritores têm de passar para conseguir levar um livro da gaveta até às prateleiras de uma livraria.

Joaquim José Tenreira Martins, de 63 anos, natural de Vale de Espinho, também no concelho de Sabugal, mas que vive na Bélgica desde 1972, contou à Agência Lusa que a ideia surgiu quando preparava a publicação da sua obra Viagens na minha infância - Lembranças romanescas, com o director da editora do Porto, Joaquim Pinto da Silva.

«Em Fóios há cinco escritores que têm sempre dificuldades em arranjar editoras, que normalmente só estão interessados no lucro. Como também tem um centro cultural, eu lancei a ideia de fazermos aí uma editora», contou.

Entretanto, os escritores portugueses disseram conhecer colegas espanhóis, nomeadamente em Cidade de Rodrigo, «que também sentem as mesmas dificuldades», tendo então ficado decidido que a editora terá um carácter transfronteiriço, acrescentou.

Desta forma, a Côa-Águeda espera conseguir «democratizar o acesso à publicação das obras de valor de potenciais escritores oriundos da região raiana beirã e da sua congénere espanhola».

O nome Côa-Águeda não surgiu ao acaso. Tratam-se de dois rios, o Côa nascido em Fóios (Portugal) e o Águeda perto de Navasfrias (Espanha), que desaguam no Rio Douro, simbolizando que «são as mesmas águas».

Viagens na minha infância - Lembranças romanescas é o primeiro a ser editado no âmbito desta parceria sem fins lucrativos, que promete estar atenta ao valor das obras literárias e artísticas, mas reduzir ao máximo os custos de edição.

O livro, com 1.500 exemplares, é lançado quinta-feira, na Casa do Povo de Vale de Espinho. Nele, Joaquim José Tenreira Martins, que trabalha no Serviço Social e Jurídico da Embaixada de Portugal em Bruxelas, recorda o ambiente da sua infância na aldeia, através de contos com os quais pretende despertar o interesse dos mais jovens.

A parte final do livro inclui um glossário, com «várias centenas de palavras utilizadas na sua infância e ainda hoje na sua aldeia e arredores», a maior parte das quais não se encontra nos dicionários. Segundo disse à Lusa Joaquim José Tenreira Martins, o objectivo é que este projecto não se fique pela editora Côa-Águeda, mas ir mais longe e criar a plataforma Da cultura para o desenvolvimento. «O interior profundo só poderá desenvolver-se através de eventos culturais», considerou.

Diário Digital / Lusa
 
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