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E se os animais mais emblemáticos do planeta desaparecessem?

xicca

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Relatório da WWF sobre ameaça que pende sobre 11 espécies


Fora de água, são os seres com o andar mais tonto do planeta. Mas o que interessa é que ainda por cá se bamboleiam, nos seus impecáveis fraques, gelo fora. Por enquanto, porque os pinguins são alguns dos animais mais ameaçados pelas alterações climáticas, só ultrapassados pelo mítico urso polar, esse sim condenado a extinguir-se dentro de uns meros 75 anos.

Um relatório da associação internacional WWF sobre o impacto das alterações climáticas sobre as espécies mais emblemáticas do planeta, que é hoje divulgado, traça um quadro assustador. "Imaginam um mundo sem elefantes na savana africana, onde os orangotangos apenas existem em cativeiro ou em que as imagens de ursos polares em cima de icebergs só persistem em filmes?", pergunta. Pois "este mundo é mais provável do que podem pensar", alerta.

Nas vésperas da Hora do Planeta, uma iniciativa da WWF que irá juntar milhões de cidadãos do mundo, empresas e mil cidades - incluindo Lisboa -, levando-as a apagar as luzes durante uma hora, a 28 de Março, este relatório é mais um argumento da associação para promover a luta global contra as alterações climáticas.

Gelo, calor, seca, chuva

Um argumento de peso. A situação de muitas das espécies mais emblemáticas do mundo - baleias e golfinhos, albatrozes, tartarugas marinhas, ursos polares, elefantes africanos, tigres, orangotangos, corais, cangurus e pinguins - já não era famosa, devido à destruição dos seus habitats e à perseguição que lhes é movida pelos seres humanos. Mas tudo tende a piorar face às mudanças no clima, que lhes rouba o gelo, lhes aquece as águas, os condena a secas ou a grandes chuvadas.

Os números são devastadores: 95 por cento dos corais da Grande Barreira dos Recifes podem ter desaparecido em 2050. Setenta e cinco por cento dos pinguins-de-Adélia na Antárctida deverão ter o mesmo destino e os alvos ursos do Pólo Norte não deverão chegar ao fim do século.

O relatório da WWF compila dados de vários relatórios científicos. O mais citado - a avaliação feita pelo Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas - diz que se a temperatura aumentar entre 1,5 a 2,5 graus até 2050, então 20 a 30 por cento das espécies do planeta correrão grave risco de extinção.

Tudo dependerá do poder de adaptação das espécies, como prova a história do mundo. Mas algumas poderão não conseguir encontrar alternativa: é o caso daqueles que vivem nas zonas polares. Assim como muito irá depender da rapidez das mudanças e na forma como ocorrerão, pois a previsão de como se irá comportar o clima não é uma ciência exacta.

E há ainda aquelas espécies que já se encontravam tão tremendamente ameaçadas, devido a outros factores, como é o caso do tigre ou dos orangotangos, que as alterações climáticas poderão ser a machadada final.

Animal a animal, a WWF dá conta do actual estado de conservação destas 11 espécies, ameaças a que estão sujeitas e propõe o que se pode fazer para tentar salvá-las.

O urso polar, por exemplo, pode perder metade do seu habitat até 2050. Hoje existem entre 20 a 25 mil indivíduos em regime selvagem, a maioria no Canadá. Estes dependem da continuação das suas principais presas, as focas, também elas dependentes da manutenção destas massas geladas. A protecção dos seus habitats é hoje uma questão crucial.

O lindíssimo tigre asiático, hoje reduzido a 4000 indivíduos - entre os quais o tigre de Bengala, que já não passa dos 1400 - tem sofrido golpes atrás de golpes. Em 100 anos, 95 por cento desapareceu, várias subespécies nunca mais foram avistadas. Com a subida do nível do mar, algumas ilhas de Sonda, onde alguns subsistem, podem submergir. E com elas o fabuloso bicho.

As más notícias sucedem-se para cada uma das espécies. Seres únicos, bem adaptados, mas hoje extraordinariamente vulneráveis. Será a despedida?




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