Duas pessoas morrem durante protestos contra prisão de ativista no Iraque

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Pelo menos duas pessoas morreram quarta-feira no Iraque após as forças de segurança terem aberto fogo contra uma multidão que protestava contra a prisão de um ativista iraquiano por alegadas críticas a instituições públicas.

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Centenas de manifestantes saíram à rua em Nasiriyah (sul) contra a condenação de Hayder Hamid al-Zaidi de três anos de prisão.


De acordo com duas fontes, da administração local e médica, as forças de segurança tentaram dispersar os manifestantes com disparos, matando duas pessoas e ferindo outras 17.


Ambas as fontes falaram sob condição de anonimato à agência de notícias Associated Press (AP), porque não estavam autorizadas a falar com a imprensa sobre o assunto.


Zaidi, de 20 anos, foi condenado na segunda-feira num tribunal criminal de Bagdade por comentários publicados no Twitter que afirma não ter feito.
O jovem foi detido pelas publicações na rede social e libertado após 16 dias sob fiança. Declarou que a sua conta havia sido hackeada.


Em causa está uma publicação feita em janeiro com uma fotografia do vice-comandante das Forças de Mobilização Popular, Abu Mahdi al-Muhandis, um grupo formado principalmente por paramilitares xiitas. Hayder Hamid al-Zaidi terá gozado com a designação de "mártir" por muitos no Iraque e descreveu-o como um "agente espião".


Muhandis foi morto num ataque dos Estados Unidos em janeiro de 2020, que também matou o comandante da Força Quds de elite do Irã, o general Qassem Soleimani.


Zaidi é acusado de acordo com uma secção do código penal que proíbe insultar publicamente qualquer instituição ou funcionário do Governo.





nm