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DGS quer sistema de notificação de infecções hospitalares

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DGS quer sistema de notificação de infecções hospitalares

O director-geral da Saúde, Francisco George, defendeu hoje a necessidade de ser criado um sistema de notificação das infecções hospitalares.

O director aludiu a um estudo recente promovido pelo especialista em doenças infecciosas Meliço Silvestre, dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC), que estimou que sete por cento dos doentes adquirem infecções enquanto estão internados nas unidades hospitalares.

"Temos de criar um sistema de notificação, que não pode ser punitivo mas também não absolutamente imune", declarou, ao intervir no lançamento da campanha "Mãos Limpas, Mãos Seguras", dos HUC.

"Há uma responsabilidade civil que tem de ser assumida, uma vez que o doente adquire um problema que não tinha", frisou o director-geral da Saúde, sublinhando a necessidade da informação sobre o que se passa ao nível das infecções hospitalares em todo o país.

Sabe-se que uma das medidas que podem contribuir para a diminuição das infecções hospitalares é a higienização das mãos dos profissionais de saúde e de quem contacta com os doentes, nomeadamente os visitantes.

No próximo dia 8 de Outubro será lançada a campanha nacional com o slogan "Medidas Simples Salvam Vidas" e Portugal subscreve oficialmente o compromisso de se aliar ao movimento da Organização Mundial de Saúde em torno da segurança do doente.

As infecções hospitalares podem, "em grande medida, ser prevenidas" pela lavagem das mãos com uma solução anticéptica de base alcoólica.

Antecipando-se à campanha nacional, os HUC aproveitaram as comemorações do dia do seu padroeiro (São Jerónimo) para lançar uma campanha do género, iniciada em Fevereiro entre os profissionais de saúde da instituição.

Os dados mais recentes, referentes a 2006, apontam para uma taxa de 13 por cento de infecções hospitalares nos HUC, afirmou à Lusa Filomena Coelho, presidente da Comissão de Higiene e Epidemiologia Infecciosa da unidade.

"Este hospital é o que tem os doentes mais graves, temos mais do que uma unidade de cuidados intensivos. É, por isso, de esperar que tenhamos uma taxa mais elevada", disse.

A partir de hoje, quem visitar doentes internados nos HUC será sensibilizado para a importância de lavar as mãos antes de contactar com os pacientes.

Em Novembro, será realizado um inquérito interno para determinar a taxa de infecções hospitalares na unidade, altura que serão apurados os reflexos da campanha "Mãos Limpas, Mãos Seguras".

Por ano, os HUC registam "50 mil doentes saídos (o maior número no país), 30 mil operados (120 por dia), meio milhão de consultas (duas mil por dia) e 156 mil urgências".





Diário Digital / Lusa
 
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