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Um manuscrito autógrafo do compositor italiano Niccol Jommelli (1714/1774) foi descoberto recentemente na Biblioteca Nacional, em Lisboa, pelo musicólogo António Jorge Marques.
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"É um achado de importância suprema; é como se tivéssemos encontrado um Bach ou um Mozart", disse hoje o investigador à agência Lusa.
Intitulado "Laudate pueri Dominum", trata-se de uma composição para 16 vozes que não está completa, pelo que para poder vir a ser interpretada terá que ser reconstituída por um investigador/compositor, referiu.
Questionado pela agência Lusa sobre se admite concluir o manuscrito de modo a poder ser interpretado, o musicólogo disse não ter pensado no assunto uma vez que até ao momento todos os esforços foram no sentido de descobrir o autor.
Ainda que incompleto, a descoberta é relevante no contexto dos estudos de música sacra de estilo romano de meados do século XVIII e é o tema de uma conferência a proferir por António Jorge Marques na sexta-feira, às 18h00 no auditório da Biblioteca Nacional, em Lisboa.
O documento pertencia ao Fundo do Conde de Redondo e até agora era considerado anónimo.
"Deve ter passado despercebido pelo facto de o primeiro caderno se encontrar desaparecido", referiu.
Informações como o autor, a data e o título da obra, que estavam grafadas na capa de rosto, perderam-se, sublinhou o investigador, referindo que até ao momento tem estado completamente embrenhado na descoberta de todos os pormenores do documento.
A identificação do autor, realizada há pouco tempo através de estudos caligráficos comparativos, permitiu constatar que a obra é policoral, de cariz religioso, para 16 vozes e baixo contínuo (com utilização de três órgãos) completamente desconhecida e sem paralelo na produção do compositor, disse o investigador.
Esta descoberta é ainda mais importante por o trabalho do investigador especialista em Jemmelli Wolfgang Hochstein, intitulada "Die Kirchenmusik von Niccol Jommelli" (1984), que inclui um catálogo temático, não mencionar qualquer obra para 16 vozes, referiu.
À data da morte Niccol Jommelli era considerado um dos maiores compositores vivos, vindo mais tarde a ser incluído no grupo dos mais memoráveis autores do século XVIII, lê-se num comunicado da Biblioteca Nacional.
Em 1752, dois anos depois de ter subido ao trono, D. José I tentou contratar Jommelli. Só conseguiria fazê-lo em 1769 a troco de uma vantajosa reforma. Na altura, o compositor abandonou a corte de Estugarda e mudou-se para Aversa (Itália).
O contrato incluía o envio de obras religiosas e de óperas.
sapo. pt
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"É um achado de importância suprema; é como se tivéssemos encontrado um Bach ou um Mozart", disse hoje o investigador à agência Lusa.
Intitulado "Laudate pueri Dominum", trata-se de uma composição para 16 vozes que não está completa, pelo que para poder vir a ser interpretada terá que ser reconstituída por um investigador/compositor, referiu.
Questionado pela agência Lusa sobre se admite concluir o manuscrito de modo a poder ser interpretado, o musicólogo disse não ter pensado no assunto uma vez que até ao momento todos os esforços foram no sentido de descobrir o autor.
Ainda que incompleto, a descoberta é relevante no contexto dos estudos de música sacra de estilo romano de meados do século XVIII e é o tema de uma conferência a proferir por António Jorge Marques na sexta-feira, às 18h00 no auditório da Biblioteca Nacional, em Lisboa.
O documento pertencia ao Fundo do Conde de Redondo e até agora era considerado anónimo.
"Deve ter passado despercebido pelo facto de o primeiro caderno se encontrar desaparecido", referiu.
Informações como o autor, a data e o título da obra, que estavam grafadas na capa de rosto, perderam-se, sublinhou o investigador, referindo que até ao momento tem estado completamente embrenhado na descoberta de todos os pormenores do documento.
A identificação do autor, realizada há pouco tempo através de estudos caligráficos comparativos, permitiu constatar que a obra é policoral, de cariz religioso, para 16 vozes e baixo contínuo (com utilização de três órgãos) completamente desconhecida e sem paralelo na produção do compositor, disse o investigador.
Esta descoberta é ainda mais importante por o trabalho do investigador especialista em Jemmelli Wolfgang Hochstein, intitulada "Die Kirchenmusik von Niccol Jommelli" (1984), que inclui um catálogo temático, não mencionar qualquer obra para 16 vozes, referiu.
À data da morte Niccol Jommelli era considerado um dos maiores compositores vivos, vindo mais tarde a ser incluído no grupo dos mais memoráveis autores do século XVIII, lê-se num comunicado da Biblioteca Nacional.
Em 1752, dois anos depois de ter subido ao trono, D. José I tentou contratar Jommelli. Só conseguiria fazê-lo em 1769 a troco de uma vantajosa reforma. Na altura, o compositor abandonou a corte de Estugarda e mudou-se para Aversa (Itália).
O contrato incluía o envio de obras religiosas e de óperas.
sapo. pt
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