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Informação Depressão pós-férias. Como superar e voltar à rotina com energia

Lordelo

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Depois de alguns dias de férias, pode ser complicado voltar à rotina do trabalho. Pode sentir-se sempre cansado, com dificuldade em concentrar-se e sem vontade nenhuma. Pode estar com o que se chama depressão pós-férias. Nada tema que existem formas de conseguir superar e voltar à rotina.


O médico José Manuel Felices revelou na sua conta de Instagram algumas dicas que podem fazer toda a diferença e ajudar no processo de recuperação. São estratégias simples que ajudam a fazer com que consiga ter de volta os níveis de energia habituais.


"Vamos dizer ao seu corpo que o relaxamento ainda está conosco e manteremos alguns dos hábitos que manteve nas férias", começa por dizer o especialista. Calma, não significa que deva fazer um almoço prolongado ou até ir de chinelos e calções de banho para o trabalho.


Assim, uma das recomendações passa por ler durante meia hora, fazer uma caminhada no final do dia ou jantar sem recurso a qualquer tipo de ecrãs. "Tudo com o objetivo de garantir que o seu corpo experimente as mesmas mudanças hormonais."





Outra das soluções que dá passa por fazer pequenas pausas no trabalho. Aqui, poderá mostrar algumas imagens das férias que passou aos seus colegas de trabalho. "Assim, o cérebro irá ativar as áreas do cérebro que devolvem a sensação de bem-estar."


Quando está a ver o e-mail, não o faça de forma constante. Outra dica que deixa é que o veja em horários pré-determinados para não perder o foco nas tarefas de trabalho.


"O e-mail não é um meio de comunicação urgente. Desta forma, é possível reduzir os picos de stress e principalmente não afetar a sua produtividade."


É por isto que o cérebro odeia o fim das férias

Patrícia Oliveira-Silva, diretora do Human Neurobehavioral Laboratory e docente da Faculdade de Educação e Psicologia da Universidade Católica Portuguesa no Porto, falou sobre o impacto das férias no cérebro.


"Com o fim das férias, emerge uma sensação subtil de mal-estar. Não, não é preguiça, é apenas o cérebro a fazer o que tem de fazer. Garanto-lhe como neurocientista que é pura neurofisiologia.

Hoje sabemos, através das neurociências, que durante o repouso a mente não 'desliga', como tantas vezes se pensa. Pelo contrário, entram em funcionamento o modo de repouso cerebral, ou Default Mode Network. Longe de ser apenas um capricho, o repouso mental ativa um mecanismo cerebral quando nos permitimos divagar, não por distração, mas por necessidade fisiológica de reorganizar memórias e emoções. É nesse estado que, paradoxalmente, o cérebro nos ajuda a consolidar o que aprendemos, metabolizar as emoções mais intensas e até nos oferece aquela lucidez que tantas vezes procuramos para as decisões mais difíceis. O repouso ativo, aquele onde a mente divaga, é essencial para integrar memórias e atribuir significado às experiências. Mas o imperativo moderno da produtividade levou-nos a confundir movimento constante com realização e eficácia. A ciência diz-nos outra coisa: não descansamos apenas para recuperar a energia física. Também descansamos para dar coerência ao que sentimos e vivemos.”

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