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Angola/Minas: Deficientes vítimas de minas estão cansados de projectos sem resultados
Luanda, 12 Ago (Lusa) - A coordenadora da GTZ - Cooperação Técnica Alemã em Angola congratulou-se hoje com o lançamento do programa de recolha dados sobre o número de vítimas de minas no país, mas lembrou que as pessoas "estão cansadas" de projectos sem resultados.
Liliana Rojae, uma das participantes no seminário organizado pela Comissão Interministerial para a Desminagem e Assistência Humanitária (CNIDAH) de Angola, onde foi anunciado um programa de recolha de dados sobre vítimas de minas terrestres, advertiu ainda que é importante esclarecer os grupos alvo para uma melhor colaboração dos beneficiários.
"Já passaram por elas - pessoas deficientes vítimas de minas terrestres - muitas organizações não governamentais e outras entidades a fazerem levantamentos. As pessoas estão cansadas porque não vêem respostas imediatas aos seus problemas", advertiu Liliana Rojae à Agência Lusa.
Rojae é coordenadora de um projecto co-financiado entre os Governos alemão e angolano e o Banco Mundial, para cinco províncias angolanas na área da deficiência, e coordena igualmente a área social de um projecto dos governos angolano e alemão para a reabilitação de deficientes físicos.
A coordenadora falou da experiência obtida num desses projectos graças ao trabalho de informação prévia realizado pelo Governo na área de implementação do plano.
"Por isso é muito necessária a informação. Nós tivemos esta experiência que foi muito positiva. Foi o governo, nosso parceiro, que informou claramente as comunidades sobre o que se pretendia com o levantamento e qual o grupo alvo que se procurava", adiantou Liliana Rojae.
De acordo com esta responsável, as informações foram dadas pelas pessoas "sem nenhum constrangimento".
Este projecto, no quadro do Instituto de Reintegração Social e Económica (IRSEM), teve início este ano e está a ser implementado na zona do Amboim, comuna da Gabela, na província do Kwanza-Sul.
Segundo Liliana Rojae, o projecto está direccionado a pessoas portadoras de deficiência física e prevê o levantamento, identificação e posterior atendimento destas conforme as suas necessidades.
Até ao momento beneficiaram de assistência apenas 600 pessoas, vítimas de minas mas não só, devido à pouca capacidade de atendimento do centro ortopédico existente na localidade, com capacidade para 20 pessoas por mês.
"Ainda existem muitas pessoas que estão a aguardar não só por reabilitação física, mas também pela sua integração nas escolas, nos centros de formação profissional e em pequenas cooperativas", disse Liliana Rojae, residente em Angola há 18 anos e coordenadora da GTZ desde 1996.
NME/RB.
Lusa/Fim
Luanda, 12 Ago (Lusa) - A coordenadora da GTZ - Cooperação Técnica Alemã em Angola congratulou-se hoje com o lançamento do programa de recolha dados sobre o número de vítimas de minas no país, mas lembrou que as pessoas "estão cansadas" de projectos sem resultados.
Liliana Rojae, uma das participantes no seminário organizado pela Comissão Interministerial para a Desminagem e Assistência Humanitária (CNIDAH) de Angola, onde foi anunciado um programa de recolha de dados sobre vítimas de minas terrestres, advertiu ainda que é importante esclarecer os grupos alvo para uma melhor colaboração dos beneficiários.
"Já passaram por elas - pessoas deficientes vítimas de minas terrestres - muitas organizações não governamentais e outras entidades a fazerem levantamentos. As pessoas estão cansadas porque não vêem respostas imediatas aos seus problemas", advertiu Liliana Rojae à Agência Lusa.
Rojae é coordenadora de um projecto co-financiado entre os Governos alemão e angolano e o Banco Mundial, para cinco províncias angolanas na área da deficiência, e coordena igualmente a área social de um projecto dos governos angolano e alemão para a reabilitação de deficientes físicos.
A coordenadora falou da experiência obtida num desses projectos graças ao trabalho de informação prévia realizado pelo Governo na área de implementação do plano.
"Por isso é muito necessária a informação. Nós tivemos esta experiência que foi muito positiva. Foi o governo, nosso parceiro, que informou claramente as comunidades sobre o que se pretendia com o levantamento e qual o grupo alvo que se procurava", adiantou Liliana Rojae.
De acordo com esta responsável, as informações foram dadas pelas pessoas "sem nenhum constrangimento".
Este projecto, no quadro do Instituto de Reintegração Social e Económica (IRSEM), teve início este ano e está a ser implementado na zona do Amboim, comuna da Gabela, na província do Kwanza-Sul.
Segundo Liliana Rojae, o projecto está direccionado a pessoas portadoras de deficiência física e prevê o levantamento, identificação e posterior atendimento destas conforme as suas necessidades.
Até ao momento beneficiaram de assistência apenas 600 pessoas, vítimas de minas mas não só, devido à pouca capacidade de atendimento do centro ortopédico existente na localidade, com capacidade para 20 pessoas por mês.
"Ainda existem muitas pessoas que estão a aguardar não só por reabilitação física, mas também pela sua integração nas escolas, nos centros de formação profissional e em pequenas cooperativas", disse Liliana Rojae, residente em Angola há 18 anos e coordenadora da GTZ desde 1996.
NME/RB.
Lusa/Fim