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- Jun 7, 2009
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Uma nova denúncia de maus tratos a menores deficientes numa instituição gerida por freiras católicas aumentou esta terça-feira a série extensa de casos que tem abalado a igreja católica na Áustria.
O novo caso, segundo a agência Lusa, foi revelado por uma mulher que assegura ter assistido a maus tratos no Centro Social São José, da Ordem das Irmãs da Caridade, na localidade de Mils, no Tirol, divulgou a cadeia pública de rádio e televisão ORF.
A testemunha relatou na ORF que ficou impressionada quando começou a trabalhar em 1980, com 22 anos, naquele Centro, que recebe meninos com problemas físicos e psicológicos, pelos métodos brutais de educação aplicados.
"Havia duches frios, camisas de força, insultos, pontapés e os internados eram encerrados na sala de banho durante horas. Quando um menino vomitava, tinha de comer o vomitado", contou.
A mulher começou a escrever um diário onde registava os maus tratos infligidos por cada freira e, ao fim de cinco meses, levou os seus apontamentos ao Gabinete de Protecção de Menores e a outras autoridades tirolesas, sem conseguir ser ouvida.
"Pensava que iam ficar satisfeitos por receberem esta informação, mas a única coisa que recebi foi uma palmada no ombro, por parte de um senhor que me disse que o assunto era muito delicado", recordou, adiantando que foi aconselhada a queimar os apontamentos e a deixar de escrever o diário.
Mais tarde, dirigiu-se, com outra mulher, a meios de comunicação social, também sem êxito: "Sentimo-nos tratadas como mentirosas e insinuaram inclusive que tínhamos recebido dinheiro."
O Gabinete de Protecção de Menores, acusado de inacção face às acusações feitas há três décadas, limitou-se a assinalar que a autoridade competente para o assunto é o vereador dos Assuntos Sociais, Gerhard Reheis, que prometeu investigar os casos
in Correio da Manhã
O novo caso, segundo a agência Lusa, foi revelado por uma mulher que assegura ter assistido a maus tratos no Centro Social São José, da Ordem das Irmãs da Caridade, na localidade de Mils, no Tirol, divulgou a cadeia pública de rádio e televisão ORF.
A testemunha relatou na ORF que ficou impressionada quando começou a trabalhar em 1980, com 22 anos, naquele Centro, que recebe meninos com problemas físicos e psicológicos, pelos métodos brutais de educação aplicados.
"Havia duches frios, camisas de força, insultos, pontapés e os internados eram encerrados na sala de banho durante horas. Quando um menino vomitava, tinha de comer o vomitado", contou.
A mulher começou a escrever um diário onde registava os maus tratos infligidos por cada freira e, ao fim de cinco meses, levou os seus apontamentos ao Gabinete de Protecção de Menores e a outras autoridades tirolesas, sem conseguir ser ouvida.
"Pensava que iam ficar satisfeitos por receberem esta informação, mas a única coisa que recebi foi uma palmada no ombro, por parte de um senhor que me disse que o assunto era muito delicado", recordou, adiantando que foi aconselhada a queimar os apontamentos e a deixar de escrever o diário.
Mais tarde, dirigiu-se, com outra mulher, a meios de comunicação social, também sem êxito: "Sentimo-nos tratadas como mentirosas e insinuaram inclusive que tínhamos recebido dinheiro."
O Gabinete de Protecção de Menores, acusado de inacção face às acusações feitas há três décadas, limitou-se a assinalar que a autoridade competente para o assunto é o vereador dos Assuntos Sociais, Gerhard Reheis, que prometeu investigar os casos
in Correio da Manhã