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Deficientes criticam na Volta a Portugal em Cadeira de Rodas

Satpa

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Deficientes criticam Volta a Portugal em Cadeira de Rodas

Um paraplégico e uma portadora de paramiloidose (doença dos pezinhos) partem, sexta-feira, de Valença para uma Volta a Portugal em Cadeira de Rodas, numa aventura com 900 quilómetros que terminará a 15 de Agosto, em Faro.

«A deficiência não é uma fatalidade, mas sim um desafio, e é isso mesmo que queremos provar com esta Volta a Portugal, que se assume também como um grito de protesto contra a desigualdade de oportunidades que continua a grassar no país, a vários níveis», disse, à Lusa, José Lima, o mentor desta iniciativa.

Com 53 anos de idade, José Lima ficou paraplégico em 1997 quando foi «esmagado» por um elevador que estava a reparar no Ministério das Finanças de Angola.

Em 2007, Ano Europeu da Igualdade de Oportunidades, percorreu sozinho, na sua cadeira com pedais manuais, os 800 quilómetros que separam Viana do Castelo de Faro, para alertar para a causa da deficiência.

Foi após essa viagem, e perante o incentivo e a solidariedade manifestados por centenas de deficientes ao longo de todo o percurso, que decidiu criar o Clube Volta a Portugal em Cadeira de Rodas, que já conta com duas dezenas de elementos, 15 dos quais «estavam já preparados» para participar nesta primeira edição da volta.

«O problema foi a falta de apoios. Precisávamos de 33 mil euros para comprar as cadeiras adaptadas (handbikes), muitas empresas e instituições prometeram ajudar-nos, mas na hora H quase todas falharam. Só conseguimos comprar uma handbike, graças ao apoio da Câmara de Loulé«, referiu.

Mesmo assim, este apoio foi o suficiente para que, desta vez, José Lima tenha companhia na sua viagem.

Trata-se de Rosa Carvalho, 48 anos, e que há mais de duas décadas se desloca em cadeira de rodas, por ser portadora da »doença dos pezinhos«.

Os dois vão alternar, entre si, a cadeira de rodas de José Lima, que pesa 25 quilos, e a comprada graças à ajuda da Câmara de Loulé, substancialmente mais leve, com apenas 11,8 quilos.

«Isto é que é a verdadeira igualdade de oportunidades», graceja Rosa Carvalho, rejeitando «quaisquer privilégios só pelo facto de ser mulher».

«O que eu gostava é que a sociedade também desse essa mesma igualdade de oportunidades aos deficientes e que deixasse de olhar para eles como uns coitadinhos e inúteis«, desafia.

Para esta prova, Rosa Carvalho terá feito cerca de 300 quilómetros de treino, enquanto José Lima deverá ter atingido o meio milhar.

Os dois participantes nesta Volta a Portugal sonham chegar aos Jogos Paralímpicos de 2012.

Diário Digital / Lusa
 

xicca

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Do Minho ao Algarve em cadeira de rodas


Um paraplégico e uma portadora de paramiloidose partiram, na última semana, de Valença, com destino ao Algarve, em duas cadeiras de rodas. Objectivo: denunciar a desigualdade de oportunidades.

Pouco passava das 11 horas de quinta-feira quando José Lima e Rosa Carvalho chegavam, em cadeiras de rodas adaptadas, à frente ribeirinha de Viana do Castelo. Culminavam, assim, a primeira de um conjunto de 14 etapas, com final previsto para o próximo dia 14, em Quarteira (Loulé), percurso com mais de 900 quilómetros durante os quais os portadores de deficiência, residentes em Viana do Castelo, pretendem chamar a atenção do país para o que consideram ser uma "vergonhosa" o problema de desigualdade de oportunidades.

Três horas e meia foi quanto durou a primeira etapa da Volta a Portugal em Cadeira de Rodas (VPCR), que ligou Valença a Viana do Castelo, numa extensão de meia centena de quilómetros.

Ao fim, José Lima, de 53 anos, que ficou paraplégico há 11 devido à queda de um elevador que estava a reparar, em Angola, afiançava que, caso os apoios prometidos "por uma dúzia de empresa e instituições" se concretizassem, não seriam dois os participantes na prova, mas dezena e meia.

Apenas com o apoio da Câmara de Loulé (outras falharam), que permitiu a compra de uma "handbike", repartem entre os dois a cadeira adquirida, durante o percurso.

Licenciado em Electrónica Industrial, José Lima ligou, no ano passado, Viana do Castelo a Faro para alertar para a causa da deficiência, assinalando que, desta feita, a VPCR visa dar a conhecer uma colectividade por si dinamizada, associação que tem por meta colocar, "pelo menos", um atleta nos Jogos Paralímpicos de 2012.

À chegada a Viana do Castelo, Rosa Carvalho, de 48 anos, que padece de paramiloidose (também conhecida por "doença dos pezinhos"), apontava o dedo ao mau estado em que se encontra a Estrada Nacional 13: "Começar custou um pouco. Acho que custa sempre. Mas os buracos existentes na estrada também dificultaram o percurso. Valeu-nos o contributo de muitos jovens, que nos acompanharam durante grande parte da viagem".



JN
04.08.08
 
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