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Deficientes com nova residência

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Deficientes com nova residência

Seara de Trigo vai construir unidade residencial para portadores de deficiência.

Seara de Trigo vai construir unidade residencial para
portadores de deficiência em terreno cedido pelo Governo Regional. A casa tem capacidade para 12 utentes.
A Associação Seara de Trigo vai construir uma unidade residencial para jovens portadores de deficiência. O terreno, com 729 m2, situa-se na Relva e vai ser cedido pelo Governo Regional, cabendo à Instituição Particular de Solidariedade Social a elaboração do projecto e a construção da casa que terá uma capacidade para 12 pessoas, segundo avançou ao AO o presidente da Associação Seara de Trigo.
Embora desconheça ainda os termos da cedência, anunciada ontem na I Série do Jornal Oficial, Mário Jorge Carvalho diz que este será o primeiro passo para a concretização de um projecto “há muito ambicionado” pela instituição.
A cedência do lote em causa, nos Valados, e a implantação do novo equipamento, tem em consideração o programa preliminar produzido pelo Instituto de Acção Social no quadro do regulamento das condições de organização, instalação e funcionamento das estruturas residenciais para pessoas portadoras de deficiência.
Esta casa, cuja construção e gestão ficará a cargo da Associação Seara de Trigo, virá complementar a oferta já existente nos Açores ao nível do acompanhamento e internamento de jovens e adultos com deficiência. Actualmente existem quatro pequenas unidades residenciais para portadores de deficiência, com alguma autonomia, sem necessidade de supervisão contínua.
O objectivo é melhorar a oferta e, simultaneamente, a qualidade de vida destas pessoas, disse ao AO a directora regional da Solidariedade Social.
O responsável pela Seara de Trigo, Mário Carvalho, diz que esta nova unidade residencial, numa primeira fase irá permitir a disponibilização de um espaço de internamento temporário para “aliviar os pais da pressão do dia a dia”.
No entanto, admite que, numa segunda fase, a nova casa possa acolher doentes institucionalizados, alguns deles já utentes das actuais estruturas que a instituição dispõe em Ponta Delgada.
Para Mário Carvalho, é necessário “garantir todas as soluções” que possam concorrer para uma melhoria da qualidade de vida dos utentes e das suas famílias, que “já estão pressionadas no dia a dia pelos seus afazeres”.
Depois da cedência do terreno, o governo espera agora que a Associação Seara de Trigo, em colaboração com o Instituto de Acção Social, desenvolva o projecto para a construção deste lar residencial, cuja entrada em funcionamento está prevista para 2010.
Nessa altura “penso que estaremos em condições de proporcionar aos nossos utentes e a todos os que nos procurem uma ajuda diferente”, concluiu ainda o presidente da Direcção da Associação Seara de Trigo.
Ponta Delgada passará a dispor da maior oferta neste domínio.||

Terreno dado em véspera de eleições

A Associação Seara de Trigo, cujo estatuto de utilidade pública remonta a 1983, vai eleger os seus novos corpos dirigentes no próximo dia 14. A actual direcção é recandidata mas na Assembleia-Geral onde serão analisados e discutidos, entre outros documentos, o relatório e contas da instituição, a notícia da cedência do lote para a construção da unidade residencial não será ignorada, sobretudo pelos opositores a esta direcção, que admitem avançar com uma lista alternativa.
A instituição, com sede em Ponta Delgada, dá apoio a 70 jovens com idades compreendidas entre os 16 e os 35 anos. Entre técnicos de serviço social, animadores e auxiliares, a equipa dispõe de 34 elementos que procuram diariamente “proporcionar o máximo de ocupação e bem-estar aos utentes”, desenvolvendo ateliers diversos, desde a pintura à música, passando pela jardinagem ou as artes plásticas e de cena.
A instituição propicia ainda, aos seus utentes, o transporte de e para casa, aliviando assim os pais que não dispõem de meio de transporte ou não têm disponibilidade para deixar os filhos na instituição, que funciona diariamente entre as 8h00 e as 18h00.
Mensalmente, os utentes pagam entre 15 e 110 euros, conforme a capitação familiar, o que só é possível “porque fazemos parte da rede de IPSS”, assegura Mário Carvalho.
A cedência do terreno para a construção de uma unidade residencial vem assim ao encontro de uma pretensão antiga, colmatando uma lacuna da própria instituição: proporcionar aos seus utentes um lar... que pode ser definitivo.

Fonte: Açoriano Oriental
 
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