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Deficiente ouvido à porta do tribunal
Um deficiente em cadeira de rodas, convocado como testemunha pelo Tribunal de Abrantes, foi ontem ouvido na rua, por a sala de audiências não ter quaisquer acessos para quem não consegue usar as escadas. É uma discriminação ter de esperar na rua, ao frio e à chuva, para ser ouvido pelo Tribunal”, disse César Batista, manifestando o seu desagrado por não conseguir entrar no Palácio da Justiça. Um total de 40 degraus, em vários lanços de escadas, impedem-no de chegar ao primeiro andar do edifício, onde se situam as salas de audiência, dos juízes e dos advogados e as secretarias Judicial e do Ministério Público.
O julgamento – um processo por agressão com quatro arguidos – teve ontem a segunda audiência. A meio da manhã, o juiz, o procurador da República e todos os outros intervenientes saíram da sala e foram até ao passeio em frente ao Tribunal, onde César Batista aguardava para ser ouvido. Na primeira sessão, realizada há uma semana, o deficiente esteve mais de três horas na rua, até lhe dizerem que não haveria tempo para ser inquirido.
Como o julgamento está a ser gravado, a funcionária do Tribunal usou um pequeno gravador de reportagem para guardar o depoimento da testemunha.
A “falta de acessos” para deficientes motores “é um problema típico de edifícios do Estado”, disse o juiz-presidente do Tribunal de Abrantes, João Guilherme Silva, adiantando que, por vezes, é pedida ajuda aos bombeiros. O Conselho Superior de Magistratura e a Direcção-Geral da Administração da Justiça conhecem as carências do edifício, estando prometidas obras “para breve”. Há uns meses, uma advogada em cadeira de rodas fez uma reclamação por escrito, ainda sem resposta.
Fonte:Correio dos Açores
Um deficiente em cadeira de rodas, convocado como testemunha pelo Tribunal de Abrantes, foi ontem ouvido na rua, por a sala de audiências não ter quaisquer acessos para quem não consegue usar as escadas. É uma discriminação ter de esperar na rua, ao frio e à chuva, para ser ouvido pelo Tribunal”, disse César Batista, manifestando o seu desagrado por não conseguir entrar no Palácio da Justiça. Um total de 40 degraus, em vários lanços de escadas, impedem-no de chegar ao primeiro andar do edifício, onde se situam as salas de audiência, dos juízes e dos advogados e as secretarias Judicial e do Ministério Público.
O julgamento – um processo por agressão com quatro arguidos – teve ontem a segunda audiência. A meio da manhã, o juiz, o procurador da República e todos os outros intervenientes saíram da sala e foram até ao passeio em frente ao Tribunal, onde César Batista aguardava para ser ouvido. Na primeira sessão, realizada há uma semana, o deficiente esteve mais de três horas na rua, até lhe dizerem que não haveria tempo para ser inquirido.
Como o julgamento está a ser gravado, a funcionária do Tribunal usou um pequeno gravador de reportagem para guardar o depoimento da testemunha.
A “falta de acessos” para deficientes motores “é um problema típico de edifícios do Estado”, disse o juiz-presidente do Tribunal de Abrantes, João Guilherme Silva, adiantando que, por vezes, é pedida ajuda aos bombeiros. O Conselho Superior de Magistratura e a Direcção-Geral da Administração da Justiça conhecem as carências do edifício, estando prometidas obras “para breve”. Há uns meses, uma advogada em cadeira de rodas fez uma reclamação por escrito, ainda sem resposta.
Fonte:Correio dos Açores