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Dança reabre Teatro Nacional São João
Sala portuense escolhe Paulo Ribeiro para início da temporada 2008-2009, depois de amanhã
ISABEL PEIXOTO
"Feminine", a mais recente coreografia de Paulo Ribeiro, abre esta sexta-feira a temporada 2008-2009 do Teatro Nacional de São João, no Porto. A estreia mundial da nova versão da ópera "Massacre" é outro dos destaques.
Sequência de "Masculine", que Paulo Ribeiro criou no ano passado com base em textos de Fernando Pessoa, "Feminine" é território só para mulheres. Tendo o mesmo autor como fonte inspiradora, o coreógrafo apresenta agora um projecto com quatro bailarinas e uma actriz, escolhidas de um leque de 250 candidatas de todo o Mundo. A estreia é depois de amanhã, às 21.30 horas, com repetição no sábado.
Da dança para a ópera, a programação do Teatro Nacional de São João (TNSJ) prossegue com "Massacre", do compositor austríaco Wolfgang Mitterer, nos dias 20 e 21. Apesar de ter como palco o TNSJ, este espectáculo é uma das iniciativas que marcam a abertura de temporada da Casa da Música.
Adaptação da obra "Massacre em Paris", de Christopher Marlowe, "Massacre" é uma composição para cinco cantores, uma bailarina e nove instrumentos. Cinco anos após a estreia, o improvável compositor apresenta nesta produção uma nova direcção musical e faz coexistir a acústica e a electrónica, o canto operático e a improvisação, dando ao original de Marlowe uma dimensão negra. Em palco com o Remix Ensemble estará o próprio Wolfgang Mitterer.
A partir de 6 de Novembro, o TNSJ apresenta uma produção própria. Trata-se de "O mercador de Veneza", de William Shakespeare, peça provavelmente escrita entre 1596 e 1598 e que, apesar de estar classificada como comédia, é dos trabalhos mais sérios do dramaturgo inglês. Muitos críticos vêem-na como uma obra anti-semita.
Ricardo Pais, director artístico do TNSJ, assina esta versão cénica ao lado de Daniel Jonas. E tem outra opinião: "O espectáculo não vive de medos ou preconceitos. Apenas experimenta argumentos para o devir da crítica".
A ideia já vinha de 2005, mas só agora o projecto é retomado e com uma tradução inédita. É a terceira vez este ano que Veneza ocupa o palco desta sala de espectáculos, depois das encenações em torno de "O café", de Carlo Goldoni (primeiro por Giorgio Corsetti e depois por Nuno M. Cardoso).
A "O mercador de Veneza" segue-se "Purificados", da perturbante dramaturga inglesa Sarah Kane, numa encenação de Krzysztof Warlikowski. Figura das mais singulares do teatro europeu contemporâneo, o encenador polaco transforma o texto de Kane numa alegoria da solidão, da tristeza e do abandono. "Purificados" estará em cena nos dias 5 e 6 de Dezembro.
Outra estreia nacional é a apresentação de "Salle des fêtes", espectáculo de Jérôme Deschamps e Macha Makeïeff, nos dias 11 e 12 do mesmo mês. Espera-se humor, ainda que não faltem desgraças nem azares, num projecto que recria o universo de um cabaré popular.
A fechar a programação da sala nestes quatro meses está "De homem para homem", do dramaturgo alemão Manfred Karge (dias 19 e 20). Com encenação de Carlos Aladro e interpretação de Beatriz Batarda, este monólogo inspira-se num episódio da Europa do século XX: a história de uma mulher que, durante a Grande Depressão, tenta segurar o emprego do falecido marido
JN
Sala portuense escolhe Paulo Ribeiro para início da temporada 2008-2009, depois de amanhã
ISABEL PEIXOTO
"Feminine", a mais recente coreografia de Paulo Ribeiro, abre esta sexta-feira a temporada 2008-2009 do Teatro Nacional de São João, no Porto. A estreia mundial da nova versão da ópera "Massacre" é outro dos destaques.
Sequência de "Masculine", que Paulo Ribeiro criou no ano passado com base em textos de Fernando Pessoa, "Feminine" é território só para mulheres. Tendo o mesmo autor como fonte inspiradora, o coreógrafo apresenta agora um projecto com quatro bailarinas e uma actriz, escolhidas de um leque de 250 candidatas de todo o Mundo. A estreia é depois de amanhã, às 21.30 horas, com repetição no sábado.
Da dança para a ópera, a programação do Teatro Nacional de São João (TNSJ) prossegue com "Massacre", do compositor austríaco Wolfgang Mitterer, nos dias 20 e 21. Apesar de ter como palco o TNSJ, este espectáculo é uma das iniciativas que marcam a abertura de temporada da Casa da Música.
Adaptação da obra "Massacre em Paris", de Christopher Marlowe, "Massacre" é uma composição para cinco cantores, uma bailarina e nove instrumentos. Cinco anos após a estreia, o improvável compositor apresenta nesta produção uma nova direcção musical e faz coexistir a acústica e a electrónica, o canto operático e a improvisação, dando ao original de Marlowe uma dimensão negra. Em palco com o Remix Ensemble estará o próprio Wolfgang Mitterer.
A partir de 6 de Novembro, o TNSJ apresenta uma produção própria. Trata-se de "O mercador de Veneza", de William Shakespeare, peça provavelmente escrita entre 1596 e 1598 e que, apesar de estar classificada como comédia, é dos trabalhos mais sérios do dramaturgo inglês. Muitos críticos vêem-na como uma obra anti-semita.
Ricardo Pais, director artístico do TNSJ, assina esta versão cénica ao lado de Daniel Jonas. E tem outra opinião: "O espectáculo não vive de medos ou preconceitos. Apenas experimenta argumentos para o devir da crítica".
A ideia já vinha de 2005, mas só agora o projecto é retomado e com uma tradução inédita. É a terceira vez este ano que Veneza ocupa o palco desta sala de espectáculos, depois das encenações em torno de "O café", de Carlo Goldoni (primeiro por Giorgio Corsetti e depois por Nuno M. Cardoso).
A "O mercador de Veneza" segue-se "Purificados", da perturbante dramaturga inglesa Sarah Kane, numa encenação de Krzysztof Warlikowski. Figura das mais singulares do teatro europeu contemporâneo, o encenador polaco transforma o texto de Kane numa alegoria da solidão, da tristeza e do abandono. "Purificados" estará em cena nos dias 5 e 6 de Dezembro.
Outra estreia nacional é a apresentação de "Salle des fêtes", espectáculo de Jérôme Deschamps e Macha Makeïeff, nos dias 11 e 12 do mesmo mês. Espera-se humor, ainda que não faltem desgraças nem azares, num projecto que recria o universo de um cabaré popular.
A fechar a programação da sala nestes quatro meses está "De homem para homem", do dramaturgo alemão Manfred Karge (dias 19 e 20). Com encenação de Carlos Aladro e interpretação de Beatriz Batarda, este monólogo inspira-se num episódio da Europa do século XX: a história de uma mulher que, durante a Grande Depressão, tenta segurar o emprego do falecido marido
JN