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Dança: Paulo Ribeiro estreia «Feminine» em Setembro

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Dança: Paulo Ribeiro estreia «Feminine» em Setembro

O universo do poeta Fernando Pessoa é revisitado por cinco mulheres na última criação do coreógrafo Paulo Ribeiro, com estreia absoluta marcada para Setembro, no Teatro Nacional de S. João, no Porto.

Depois de, em Setembro de 2007, ter estreado a coreografia «Masculine», colocando em palco um quarteto de intérpretes masculinos, a companhia de dança contemporânea de Paulo Ribeiro dá-lhe agora seguimento, com «Feminine».

Apesar de admitir ter dificuldade em falar do novo trabalho, uma vez que ainda se encontra em plena criação, Paulo Ribeiro garante que «vai ser bastante diferente de "Masculine", muito mais atraente e sedutor».

«Masculine» centrou-se na figura de Fernando Pessoa enquanto homem e nos seus hábitos do quotidiano, tendo contado com a interpretação do actor Miguel Borges e dos bailarinos Peter Michael Dietz, Romeu Runa e Romulus Neagu.

Em «Feminine», com estreia marcada para 05 e 06 de Setembro, o imaginário do poeta é explorado por cinco mulheres: a actriz Margarida Gonçalves e as bailarinas Elisabeth Lambeck, Erika Guastamacchia, Leonor Keil, e São Castro.
«Fernando Pessoa tinha uma forma particular de olhar para a mulher», afirmou o também director do Teatro Viriato, de Viseu, convencido de que, com «Feminine», conseguiu «uma peça mais consequente».

Isto porque - acrescentou - enquanto em «Masculine» se usaram «pequenos apontamentos soltos de Fernando Pessoa para dar vazão a uma exuberância de discurso físico e falado», mostrando um lado «muito lúdico, muito exuberante», em «Feminine» foi conseguida «uma peça muito mais depurada em termos estéticos».

«É muito mais brilhante, talvez mais "pop" no sentido visual e musical e muito mais consequente em relação ao Fernando Pessoa», avançou, frisando também o facto de Nuno Rebelo ter criado a música para o espectáculo, que conta com citações do poeta feitas pela voz do escritor e crítico Richard Zenith.

Paulo Ribeiro disse ainda que também a sensualidade de Fernando Pessoa «é muito mais visível e palpável nesta peça do que na outra, que acabava por ser uma peça juvenil».

«A proximidade com Pessoa é muito mais forte e mais consequente nesta peça», garantiu.

O espectáculo «Feminine» segue do Porto para o «Festival Le Temps d'Aimer», em Biarritz (França) - onde tinha estreado «Masculine» - e, em Outubro, chega a Viseu, sendo apresentado no Teatro Viriato nos dias 10 e 11.

A digressão prossegue em Novembro e Dezembro, com várias apresentações em Portugal, incluindo na Culturgest, e na Galiza (Espanha).

O espectáculo contou com Peter Michael Dietz como assistente e foi coproduzido pela Companhia Paulo Ribeiro, Fundação Caixa Geral de Depósitos - Culturgest e Centro Coreográfico Galego.


Diário Digital / Lusa
 
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