Portal Chamar Táxi

Cuidados paliativos em debate na semana mundial da especialidade

migel

GForum VIP
Entrou
Set 24, 2006
Mensagens
15,631
Gostos Recebidos
0
Cuidados paliativos em debate na semana mundial da especialidade

cuidados.jpg

A Semana Mundial dos Cuidados Paliativos, que se comemora de 9 a 18 de Outubro, vai ser assinalada com a conferência “Cuidados continuados: realidade ou utopia?”, que irá decorrer no auditório do Hospital do Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada, nos próximos dias 17 e 18. Na semana comemorativa dos cuidados paliativos, enfermeiros do XVI Mestrado em Ciências de Enfermagem organizam a conferência
“Cuidados continuados: realidade ou utopia?”, que vai trazer a Ponta Delgada especialistas na matéria, regionais, nacionais e internacionais

A Semana Mundial dos Cuidados Paliativos, que se comemora de 9 a 18 de Outubro, vai ser assinalada com a conferência “Cuidados continuados: realidade ou utopia?”, que irá decorrer no auditório do Hospital do Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada, nos próximos dias 17 e 18.
Organizado por formandos do XVI Mestrado em Ciências de Enfermagem, da Escola Superior de Enfermagem de Ponta Delgada, o encontro vai contar com a presença de especialistas dos Açores, Madeira, continente português e Espanha.
Os dois dias de conferência vão contar com apresentações de Ramón Riera, da Universidade de Alicante, Abreu Nogueira, da Unidade de Missão para os Cuidados Continuados Integrados de Portugal e os enfermeiros Hirondina Guarda, coordenadora da unidade de cuidados continuados da Lapa, Manuel Melo, da unidade de convalescença de Valongo e José Freitas, coordenador da unidade de cuidados continuados da Madeira.
A enfermeira Natacha Ferreira, que faz parte da organização do evento, lembra que “este é um tema muito actual, uma vez que está a ser implementada uma rede de cuidados continuados no Centro de Saúde de Ponta Delgada”.
Os cuidados paliativos constituem uma das vertentes dos cuidados continuados integrados, e embora nenhuma das apresentações da conferência seja especialmente dedicada aos cuidados peliativos, “o tema vai com certeza surgir no debate”, garante Natacha Ferreira, por ser “uma componente essencial dos cuidados continuados”.
Atenuar o sofrimento
Os cuidados paliativos não são mais do que a assistência prestada a doentes em situação de intenso sofrimento decorrente de doença incurável, em fase avançada e rapidamente progressiva. O objectivo consiste em promover, tanto quanto possível, e até ao fim da vida, o bem-estar e a qualidade de vida desses doentes.
O alívio dos sintomas, o apoio psicológico, espiritual e emocional do doente, o apoio à família e o apoio durante o luto, são os componentes essenciais do serviço de cuidados paliativos, o que implica o envolvimento de uma equipa interdisciplinar de estruturas diferenciadas.
A acção paliativa é realizada através da aplicação de medidas terapêuticas que, não tendo intuito curativo, visam reduzir as repercussões negativas da doença sobre o bem-estar geral do doente.
Os cuidados paliativos destinam-se a doentes que, não tendo perspectivas de tratamento curativo e possuam uma doença de progressão rápida que lhes dê expectativa de vida limitada, sejam alvo de um sofrimento intenso e tenham problemas e necessidades de difícil resolução que exijam apoio específico.
Estes tratamentos não se destinam, por isso, a doentes em situação clínica aguda, em recuperação, em convalescença ou com incapacidades de longa duração, mesmo que se encontrem em situação irreversível.
A aplicação destes cuidados não é determinada pelo diagnóstico das doenças mas pela situação e pelas necessidades do doente.
No entanto, doenças como o cancro, a Sida e do foro neurológico graves e rapidamente progressivas, implicam frequentemente a necessidade de cuidados paliativos.
As unidades de cuidados paliativos podem actuar em regime de internamento ou domiciliário e abrangem um leque variado de situações, idades e doenças, proporcionando aos doentes a possibilidade de receberem cuidados num ambiente apropriado, que promova a protecção da sua dignidade na fase final da vida.

Fonte:Açoriano Oriental


 
Topo