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A Guardia Civil espanhola investigou um empresário em Múrcia, Espanha, e descobriu que o homem subtraía água de poços ilegais para regar o campo de golfe de um resort.
Em comunicado, a autoridade revelou que foram localizados cerca de quinze poços ilegais e cinco nascentes que ficaram sem água. O homem extraiu águas subterrâneas, deixando um aquífero "sobreexplorado e em risco qualitativo e quantitativo".
"A informação inicial de que os investigadores dispunham era a possível existência de um grande número de poços camuflados e escondidos nas instalações de um resort, com um campo de golfe, onde os poços estavam a ser construídos durante a noite e que poderiam ser utilizados para a extração ilegal de água", revela a mesma nota.
Assim, os guardas civis "vigiaram as possíveis infracções a partir de um helicóptero e, durante os voos, constataram que o campo de golfe tinha uma grande extensão e estava situado numa zona de terra firme sobre um aquífero em risco quantitativo e qualitativo".
Verificaram que "havia uma grande área de zonas verdes existentes, num total de 21,97 hectares, em relação à área autorizada de 5,3 hectares".
Foi dado início a uma inspeção, com outras autoridades, e detetados os "quinze poços não autorizados e cinco nascentes não abastecidas em várias parcelas da estância, todos eles utilizados para a extração de águas subterrâneas".
O volume anual de água extraído do aquífero "ultrapassa os dois milhões de metros cúbicos". Esta atividade ilegal "estaria em funcionamento há cerca de 17 anos, o que teria gerado um dano ambiental avaliado em 65 milhões de euros".
O empresário está acusado do crime de usurpação de águas subterrâneas e de um crime contra os recursos naturais e o ambiente.
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