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Criança vendida duas vezes pela mãe obrigada a roubar e mendigar em Portugal

Roter.Teufel

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Criança vendida duas vezes pela mãe obrigada a roubar e mendigar em Portugal

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Foi obrigada a casar com um rapaz, ainda menor de idade, e passou a ser a escrava da casa onde a família vivia, no Porto.

"Sandra", nome que passou a usar quando começou uma nova vida, foi vendida e forçada a trabalho escravo, a roubar e medigar. Quando tinha apenas 10 anos, a criança romena foi vendida pela própria mãe a um homem que vivia na Irlanda. Com o "trauma" que sofreu, entrou em coma e acabou por ser devolvida à mãe.

Ao Jornal de Notícias, "Sandra" conta que a progenitora a voltou a vender, desta vez a um homem português. Viajou de autocarro para Portugal, País que até então não conhecia, e quando chegou ao Porto foi obrigada a casar. "Tinha apenas 12 anos e ele também era menor. A partir desse dia, passei a ser a escrava da casa", conta ao JN.

A criança era obrigada a roubar e mendigar à porta de supermercados, cozinhava para toda a família, vestia e cuidava das crianças, limpava a casa e à noite era repetidamente abusada pelo marido. Além de que se o roubo ou mendicidade não correspondesse às expectativas da família, batiam-lhe.

Um dia foi brutalmente agredida pelo marido num café e, ainda que "Sandra" não fizesse nada, a dona do café gravou as agressões e apresentou queixa à GNR. Ao fim de cinco anos a viver em Portugal, vítima de tráfico humano, a jovem de 17 anos foi retirada à família e colocada numa casa de acolhimento e proteção de mulheres vítimas de tráfico de seres humanos.

Este é um dos casos contabilizados pelo Observatório do Tráfico de Seres Humanos. Entre 2019 e 2021 foram sinalizadas 12 presumíveis vítimas, no entanto, este é um número que "não retrata, nem de perto nem de longe, a realidade", diz ao JN a coordenadora nacional das respostas de assistência às vítimas de tráfico de seres humanos.

Já a Diretoria do Porto da Polícia Judiciária explica que os números não refletem a realidade porque "as vítimas não têm consciência de que são vítimas e não colaboram com as autoridades".


Correio da Manhã
 
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