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Contos do VIGÁRIO

billshcot

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Nov 10, 2010
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Muita gente não sabe a origem do conto-do-vigário. Na verdade o golpista tão conhecido, não era nem padre, nem vigário. Mas apenas tinha o nome de batismo de Manuel Peres Vigário.

Conta-se que o homem era um pequeno lavrador que certa ocasião foi abordado por alguns elementos que lhe ofereceram notas falsas de cem mil réis.

- Vendo-lhe cada nota de cem mil por vinte mil réis – disse o chefe do bando.
- Não as quero - disse Manuel Vigário – são tão mal feitas que ninguém vai recebê-las.

Mas depois de muita insistência os golpistas acabaram vendendo as notas falsas de cem mil réis por dez mil cada. Como Vigário estava devendo e apertado financeiramente, decidiu que poderia se dar bem passando-as adiante.
Dias depois, Vigário mandou chamar num bar da cidade dois irmãos que eram negociantes de gado, a quem Vigário devia. Lá chegando os homens encontraram Vigário sentado á uma mesa num lugar meio escuro, bebendo alegremente.

- Quero lhes pagar o que devo agora – disse Manoel Vigário, segurando numa das mãos o maço de notas falsas.
Em seguida perguntou aos homens se queriam beber com ele pois pagaria a conta. Os homens aceitaram e iniciaram a beber. Mas Vigário parecia já estar muito alto, começando a falar alto e a chamar a atenção das pessoas que estavam no bar.
Mostrando-se terrivelmente embriagado, Manoel Vigário disse que ia pagar aos homens tudo que devia e lhes perguntou se aceitavam notas de cinquenta mil réis. Os dois irmãos disseram que não havia problema.
Assim sendo, Vigário tirou o maço de notas de cem mil réis (falsas) do bolso e passou a contá-las como se fossem de cinquenta. Os dois irmãos ao verem aquilo, trataram de deixar que o homem contasse as notas e lhes pagassem. Imaginavam que Manoel Vigário estava tão bêbado que estava confundindo as notas de cem por cinquenta mil réis. Logo enfiaram as notas nos bolsos e preparam-se para sair do bar. Mas Manoel, ainda parecendo bêbado disse que queria firmar um recibo, pois não queria que os homens dissessem que ele não havia pago a dívida.
Exigiu que os homens escrevessem do próprio punho um recibo que dizia que havia recebido o pagamento de certo valor, tudo em notas de cinquenta mil réis. Chamou ainda várias testemunhas que assinaram o recibo. Em seguida Manoel Vigário agradeceu e saiu cambaleante do bar com uma garrafa de aguardente debaixo do braço.

No dia seguinte, á luz do dia, os irmãos viram que as notas de cem mil réis eram falsas e foram se queixar ao delegado da polícia, que imediatamente mandou trazer Manuel Vigário.
Este foi despreocupado e quando foi perguntado se foi ele quem havia dados aquelas notas falsas, ele disse que jamais. Que se lembra ter estado bebendo com os dois irmãos e lhe pago um antiga dívida, mas tudo em notas de cinquenta mil réis, conforme um recibo que tinha em mãos, assinado por várias testemunhas idóneas.

Nem precisa dizer que o delegado nada pode fazer e ninguém nunca mais ouviu falar em Manoel Vigário que saiu da cidade. Mas ninguém se esqueceu até hoje no golpe que ele deu nos ambiciosos irmãos. Daí surgiu o famoso “conto-do-vigário”.



São muitos os golpes que neste exato momento estão em andamento. São crimes categorizados como estelionato ou popularmente batizados de 171 (artigo do Código Penal que trata deste tipo de crime).
Dia a dia os ladrões estão inventando novos golpes para lesar suas vítimas indefesas. Veja os golpes menos conhecidos e aprenda a se defender-se deles.


Batida na garagem – Você está dormindo é tarde da noite, o porteiro ou vigia telefona informando que um vizinho ou um desconhecido está esperando por você na garagem porque bateu na traseira de seu carro. Ele quer acertar logo os detalhes do conserto e mesmo pagar pelos prejuízos. Ao chegar na garagem, você (e outros familiares se o acompanharem) são rendidos e levado de volta a seu apartamento para que a quadrilha roubem tudo que puderem, inclusive fugindo com seu veículo.
COMO AGIR : Peça para a pessoa que deu a informação espera um pouco pois você estava dormindo e desligue. Ligue imediatamente para a polícia e fale do ocorrido. Peça para que venha investigar pois pode ser uma quadrilha cometendo assaltos em edifícios. Não desça até que a polícia chegue para averiguar os factos.

Boa-noite, Cinderela – Este é um golpe muito comum aplicado em mulheres sozinhas e que vão a bares e discotecas em busca de companhia. O malandro seduz a vítima e vai até sua casa ou a um hotel. Lá chegando oferece uma bebida com sonífero e quando esta adormece, comete estupro e rouba o que puder, deixando-a abandonada.
COMO AGIR: Você tem o direito de se divertir e ter companhia, mas não arrisque a sua vida, saindo com homens que não conheça bem. Tenha cautela e precavenha-se dos golpistas. Ande sempre acompanhada de amigos que possam protegê-la, ou no mínimo saber do seu paradeiro em caso de rapto.

Consórcio sorteado – Em jornais de grande circulação os estelionatários publicam notas de consórcios de automóveis, dvds e outros bens sorteados. Quando o interessado se apresenta, eles pedem documentos pessoais e cobram taxas de administração antecipada, com a promessa de que no dia seguinte você receberá o bem, o que jamais acontecerá.
COMO AGIR: Não entre nesse tipo de golpe.

Conto da aliança – Você caminha despreocupado por um rua e encontra uma reluzente aliança de ouro ou anel de brilhante no chão. O golpista se aproxima e diz que achou o outro anel ou aliança do par, e que pode lhe vender por um bom preço. Na verdade ambos anéis são falsos e não passam de bijuterias baratas.
COMO AGIR: Se achar um anel ou algum bem de valor, guarde-o até que apareça o dono. Se não aparecer é uma questão de consciência. Mas se aparecer alguém com uma história de ter achado outro par, dê de presente a essa pessoa o anel “valioso” que você achou e diga-lhe para tomar cuidado com a polícia que está na área.

Conto da pechincha – O golpista oferece, na rua, um equipamento eletrónico (vídeo, máquina fotográfica, dvd, etc.) o qual lhe mostra e pede um preço irrisório. Diz que tem outro novo na caixa para lhe vender. Diz que vai buscar logo ali na esquina onde está guardado mas pede uma pequena soma como garantia de que você não vai fugir. Você dá o dinheiro e fica esperando. Depois de muita espera, horas depois, desconfiado você descobre que pagou por uma caixa cheia de tijolos ou um aparelho que só tinha a frente.
COMO AGIR: Fuja das pechinchas! Fuja do lucro fácil!

Corrector de imóveis – As quadrilhas especializadas costumam dar este golpe. Primeiro eles obtêm informações sobre os moradores do prédio ou condomínio onde pretendem roubar. Um dos membros da quadrilha se faz passar por corretor ou locatário e pede a chave de um imóvel anunciado para vender ou alugar. Com a permissão da imobiliária, eles conseguem entrar no prédio com facilidade e estando lá dentro rendem os demais moradores e fogem com o produto do roubo ou furto.
COMO AGIR: Conscientize ao síndico do seu condomínio ou prédio para estabelecer uma política de segurança correta, não permitindo que ninguém entre no edifício sem deixar uma identificação e ser acompanhado por um funcionário da empresa. Só assim pode-se reduzir as chances de uma ação criminosa por parte de quadrilhas especializadas. Os porteiros também devem ser orientados para não deixar entrar ninguém que não tenha autorização expressa e de acordo com os padrões que lhe forem dados.

O Entregador – Este é um golpe antigo mas que todos os dias acontece nas grande cidades. Em geral o golpista veste um uniforme de uma empresa de pizza, restaurante, farmácia, floricultura, correios ou empresa de transporte de valores. Quando apresentam-se ao porteiro de um prédio este deixa o suposto entregador entrar em geral com um pacote grande que obrigará a abertura da porta principal. Rendido, o porteiro ou vigia não terá escolha senão deixar que outros elementos da quadrilha entrem no prédio, assaltem quem estiver chegando ou saindo do edifício, etc.
COMO AGIR: Todos os porteiros, vigilantes e pessoas encarregadas da vigilância de edifícios e condomínios devem ser treinados para evitar este tipo de golpe. Uma guarita a prova de bala, com uma pequena abertura por onde os entregadores possam passar documentos, recibos de entrega etc, servirá para minimizar os riscos de uma invasão deste tipo. Um local especialmente feito para entregas, que possa ser aberto eletronicamente mas não dê acesso ao interior do edifício, deve ser construído para evitar este tipo de ação criminosa. Em hipótese alguma as entregas devem ser feitas diretamente aos moradores em suas unidades habitacionais. O descuido nesse sentido tem custado a vida de muitas pessoas.

Inundação estranha – Você percebe que está entrando água por baixo da porta do seu apartamento. Ao espiar pelo olho mágico, o que vê é uma mulher fazendo a limpeza. Ao abrir a porta para alertar a pessoa sobre o que está fazendo, é surpreendido por um ladrão disfarçado.
COMO AGIR: Coloque um pano na porta para evitar que a água entre e alerte ao porteiro, síndico ou seguranças do prédio. Em hipótese alguma abra a porta. Lembre-se de que está sendo avisado. Se notar que algo está estranho demais, alerte imediatamente a polícia.

Falsos domésticos – Você coloca um anúncio num jornal procurando por uma empregada doméstica, um jardineiro, caseiro ou similares. Aparece um candidato(a) de boa aparência, aparentando ser humilde e simples. Aceita trabalhar em qualquer condição e por um preço menor do que o do mercado. Não tem referências porque acabou de mudar-se para a cidade e está desempregada há muitos meses, ou diz que trará as referências na próxima semana, mas oferece-se para trabalhar mesmo sem receber pagamento, como experiência, apenas para que você veja suas qualidades. Você aceita e descobre no primeiro ou segundo dia ao deixá-la em casa a sós, que foi roubado por uma quadrilha.
COMO AGIR: Jamais empregue alguém sem referências, muito menos querendo fazer experiência em sua casa. Cuidado com as falsas agências de emprego.

Falso bilhete premiado – Este é um dos golpes mais antigos e clássicos. O golpista se faz passar por desinformado e se apresenta com ar humilde dizendo que não sabe como fazer para receber aquele prémio que ganhou, ou alega não ter documentos para retirar o valor no banco ou da casa de lotaria. Pede ajuda e oferece o bilhete por uma ninharia. A pessoa compra e descobre que era um bilhete falso.
COMO AGIR: Nunca aceite essas facilidades. Elas não existem!

Falso mecânico – Em geral o golpista cria um problema no carro da vítima escolhida. Há mil e uma maneiras de o fazer . Um dos marginais se aproxima e alerta sobre o problema. Tanto ele próprio pode se dizer um mecânico como pode aparecer outro elemento com as mãos sujas de graxa e de macacão para dar mais credibilidade. Tanto o golpe pode ser o de simplesmente cobrar um preço exorbitante pelo serviço como pode ser um assalto, apropriando-se de bens ou do veículo.
COMO AGIR: Telefone para o seu mecânico ou um serviço de guincho que funciona 24 horas e avise sobre o problema. Se notar que os elementos são mesmo suspeitos, tente abrigar-se num posto ou estabelecimento próximo e lá peça ajuda. Aceitar ajuda de estranhos pode ser um risco muito grande.

Falso vendedor de passagens ou bilhetes – Vestindo uniforme de empresas de autocarros ou de empresas credenciadas, o golpista oferece passagens falsas ou bilhetes com desconto, dizendo tratar-se de uma campanha publicitária promocional, principalmente em Domingos ou Feriados,. Em geral esses tipos agem próximo a estações rodoviárias ou ferroviárias, cinemas, circos, estádios e teatros, longe do olhar de policiais. Quando a pessoa tenta usar o bilhete ou passagem, descobre que é falsa.
COMO AGIR: Não compre bilhetes ou passagens na mão de cambistas ou estranhos. Se em todo caso for absolutamente impossível conseguir directamente com a empresa que vende, vá com o vendedor até o local da empresa, certificar-se de que o bilhete é verdadeiro.

Golpe da sujeira – O ladrão suja o ombro do fato/casaco de um executivo sem que ele perceba. Um comparsa aborda a vítima e oferece-se para tirar a mancha. Ao tirar o casaco ou descuidar-se o malandro rouba a carteira e foge.

Golpe do telefone – O golpista telefona para a vítima dizendo ser funcionário do banco. Provavelmente ele já sabe algumas informações sobre o nome, número da agência, conta, data de aniversário, etc. o que facilita o convencimento da autenticidade da ligação. Em seguida pede para que a pessoa digite o PIN do cartão Multibanco ou outro, para que ele possa revalidar o mesmo ou outro argumento convincente. Ao fazer isso, a vítima não sabe que o bandido está gravando as informações para sacar dinheiro da conta do usuário.
COMO AGIR: Nenhuma instituição financeira, banco, financeira e similares, telefona para pedir a um cliente para digitar o PIN ao telefone. Se isso acontecer, desligue imediatamente. Para certificar-se do golpe, peça o telefone da pessoa que está telefonando, nome e tudo mais para você ligar de volta. O máximo que você ouvirá será o som do telefone desligado. Mas se o bandido foi ousado o suficiente e der um número, passe-o imediatamente para a polícia. Será um vigarista o a menos .

Golpe da venda só a dinheiro – Você está procurando um veículo, computador ou outro bem móvel para comprar e vê um anúncio de classificado com uma oferta muito boa. Telefona e a pessoa lhe faz muitas perguntas e exige pagamento só em dinheiro. Quer marcar um local onde mostrará o bem que deseja vender, em geral o local é desconhecido e ermo. Ele pede para levar o dinheiro vivo, pois não trabalha com cheque. Ao chegar ao local, é rendido por uma quadrilha que toma o dinheiro e foge sem deixar rastro.
COMO AGIR: Não compre bens de estranhos nem vá em locais perigosos e de difícil acesso ou tenham má fama. Se realmente estiver muito interessado em um bem que lhe pareça ser um bom preço, não leve todo o dinheiro pedido mas apenas um pequeno sinal. E esteja sempre acompanhado de outras pessoas de preferência homens que no mínimo intimidem a ação de marginais.

Finalmente, para não cair nos mais diferentes golpes que estão sendo inventados ou aperfeiçoados por ladrões especializados nestes golpes:

• Não seja ganancioso
• Não queira ganhar dinheiro facilmente
• Não seja ingénuo
• Não confie em pessoas oferecendo facilidades
 
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