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Um homem foi condenado em Lisboa, a 1610 euros de multa e a uma indemnização à vítima de 2500 euros, por ter agredido uma mulher grávida de 18 semanas, após se ter zangado com ela no trânsito - num episódio grave do fenómeno conhecido como 'road rage' (raiva na estrada). A vítima foi agarrada nos braços, apertada e o homem ainda lhe colocou as mãos no abdómen, "empurrando-a", descreve o acórdão que condenou o agressor. A grávida "sofreu dores nas zonas atingidas e arranhões nos antebraços". Em tribunal, o homem negou as agressões. E voltou a negá-las, agora, num recurso para o Tribunal da Relação de Lisboa. Os juízes desembargadores negaram provimento ao recurso e mantiveram a pena da primeira instância.
O ataque remonta a 2021. Após uma ligeira colisão entre os carros do agressor e da vítima, numa manobra num parque de estacionamento, o homem foi confrontado com danos no carro da grávida e partiu para as agressões - e ainda chamou a mulher de “estúpida”, “mentirosa” e “louca”. Quando estava a ser abanada, a vítima ainda terá dito ao agressor “Pare, cuidado, eu estou grávida”, repetindo-o "várias vezes". Ele "empurrava-lhe a barriga (como se a comprovar que não estava grávida)", descreve o acórdão que o condenou. A grávida acabou ajudada pela mãe e por duas testemunhas.
A grávida contou ter ficado "com dores e com a barriga muita rija" e que foi ao hospital, "foi vista e ficou em observação até às 20h00 desse dia e foi medicada com calmantes e para as dores".
A vítima ficou cinco dias de baixa e, como "era a sua primeira gravidez", teve semanas "a acordar a meio da noite porque sonhava que tinha perdido a sua filha, andava mais stressada, sentia receio".
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