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A ecografia na gravidez, também chamada de ultrassonografia ou ultrassom, é o primeiro contacto visual com o bebé, podendo contribuir para um despertar de um laço emocional ainda maior entre a mãe e o bebé. Para além disso é uma forma de verificar como a gravidez se está a desenvolver.
O que é e como funciona a ecografia?
A ecografia tradicional permite ver o bebé numa imagem a duas dimensões. A ecografia é um exame não-invasivo que usa ondas de som, e através do eco dessas ondas cria uma imagem do bebé, da placenta, do útero e de outros órgãos. É um exame muito importante para se conseguir obter informações indispensáveis sobre o progresso da gravidez e sobre a saúde do bebé.
Durante o teste, através de um transdutor, são enviadas ondas de som de alta frequência para o abdómen. Estas ondas “batem” no bebé fazendo um efeito de eco, e são enviadas para o computador, traduzindo-se numa imagem. O computador traduz os sons de eco, que são recebidos de volta, em imagens de vídeo, que revelam então o formato do bebé, a sua posição e movimentos.
Usualmente é colocado um gel sobre o abdómen, e depois um aparelho chamado transdutor é passado sobre esse gel, enviando ultrassons para o abdómen. Também existe o ultrassom intravaginal, usado no início da gravidez, até às 11 semanas, quando o feto ainda é muito pequeno para ser detetado de outra forma.
As ondas de ultrassom também são usadas no aparelho que os obstetras utilizam para ouvir os batimentos cardíacos do bebé.
As ecografias são feitas em diversos estágios da gravidez, por inúmeras razões. Numa gravidez sem problemas, usualmente são feitas entre 3 a 4 ecografias. Contudo, a altura das ecografias, e a quantidade de vezes que as fizer, dependerá da forma como a gravidez progride.
Primeira ecografia
É usualmente feita entre as 6 e as 13 semanas de gravidez. Dentro deste período surgirá especialmente mais cedo se existir um historial de perda gestacional, de hemorragias ou se fez um tratamento de fertilidade. Poderá ser usada uma sonda especial, que é colocada na vagina, pois o equipamento comum poderá, nesta fase mais prematura, não conseguir detetar o bebé.
Ecografia para datar o bebé
Este tipo de ecografia é feito entre as 13 e as 16 semanas e serve para datar a gravidez. Provavelmente fará uma ecografia pélvica, onde o transdutor será colocado sobre a pele, por cima da zona da pélvis. Deverá ser-lhe pedido para beber bastante água previamente, porque o útero é mais facilmente visível, quando a bexiga está cheia. A pessoa que estiver a realizar o exame, fará os comentários acerca do que está a ver, e fará imagens para tirar medidas do bebé, por isso esta é uma boa ocasião para levar para casa a primeira fotografia do seu pequenito.
Translucência nucal
Este exame é feito entre as 10 e as 13 semanas, e serve para predizer o risco do bebé sofrer de síndroma de Down. Este exame mede a quantidade de fluido acumulada na parte de trás da nuca do bebé, ou seja a espessura da prega da nuca, que, se estiver aumentada, pode indicar uma eventual síndroma de Down. O médico usará a medida feita pelo scan, a sua idade e um teste sanguíneo para medir o risco desta possibilidade. Se o risco for mais elevado que 1 em 300, poderá ter de fazer uma biopsia do vilo corial (as células são extraídas da placenta com uma agulha ultrafina) ou uma amniocentese (o fluido é extraído do saco amniótico à volta do bebé).
Ultrassom morfológico
Esta ecografia é feita à maioria das grávidas cerca das 19-20 semanas de gravidez para detetar possíveis anomalias no bebé. São medidas a circunferência da cabeça e do abdómen do bebé e o seu coração, cérebro, coluna vertebral e membros. Nesta altura também já poderá descobrir o sexo do bebé.
Depois das 20 semanas
Poderá ter de fazer ultrassons adicionais se tiver alguma complicação, tal como a placenta prévia. Se existir um historial de defeitos genéticos, como defeitos a nível do coração, poderá ter de fazer mais ecografias, ou no caso de ter uma gravidez múltipla. Cerca das 30-34 semanas de gravidez o obstetra poderá pedir-lhe para fazer uma ecografia tendo em vista a determinação da posição do bebé, a localização da placenta, o volume do líquido amniótico e a previsão do peso do bebé.
As ecografias são seguras?
Existem estudos feitos que comparam bebés que tenham passado por um ultrassom e outros que não o tenham feito, e aparentemente esses estudos concluem que os ultrassons são perfeitamente seguros.
Qual o futuro das ecografias?
Os novos ultrassons ou ecografias permitem uma imagem a 3D que deixa ver o bebé a 3 dimensões em vez das comuns 2. A imagem 3D é formada por uma composição de imagens bidimensionais. Estas imagens dão uma imagem clara dos contornos do bebé. Para já, os benefícios dos ultrassons em 3D (três dimensões) parecem ser limitados em relação ao comum ultrassom 2D. Poderão ser úteis para mostrar mais detalhes sobre alguma anormalidade já detetada. Também ajudam a diagnosticar problemas como o lábio leporino. O ultrassom 3D também pode ser útil para avaliar o coração e outros órgãos internos. A melhor altura para fazer um ultrassom em 3D é entre as 26 e 30 semanas de gravidez, pois antes o bebé não possui tecido adiposo suficiente para poder ser obtida uma boa imagem.
Devo ou não fazer uma ecografia?
As ecografias são importantes e muitas vezes vitais para se conseguir detetar anomalias ou problemas no bebé que poderão ser tratadas se detetadas atempadamente. Mas a realidade é que a maioria dos bebés está bem e não têm problema algum, sendo isto apenas um exame de rotina, fonte de alegria para qualquer mãe.
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