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Complexo dos Perdigões quer ser Monumento Nacional

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Complexo dos Perdigões quer ser Monumento Nacional

O complexo arqueológico dos Perdigões, na Herdade do Esporão, em Reguengos de Monsaraz, um conjunto pré-histórico fundado há mais de cinco mil anos, tem em curso o processo de classificação como Monumento Nacional.

A iniciativa foi hoje divulgada durante uma visita ao complexo arqueológico alentejano, onde este ano uma equipa de arqueólogos identificou um conjunto de três esqueletos humanos.

«Desde 1997, que a Herdade do Esporão se dedica à preservação, promoção e desenvolvimento deste complexo arqueológico, com evidente relevância para a arqueologia nacional e internacional», disse o empresário José Roquette, presidente da Finagra, empresa proprietária da Herdade do Esporão.

Segundo o empresário, a empresa investiu, ainda, na criação do Núcleo Museológico da Torre do Esporão, «um moderno museu» onde se pode observar os mais importantes artefactos recolhidos nos últimos anos.

A confirmação da «grande importância histórica» dos Perdigões deu-se em 1996, numa zona de plantação de vinha da Herdade do Esporão, tendo a plantação sido abandonada para investimento em estudos e escavações.

Os arqueólogos viriam a descobrir depois que os Perdigões constituíam «um dos grandes acontecimentos da arqueologia portuguesa do final do século XX».

O conjunto pré-histórico é constituído pelos vestígios de um santuário megalítico, incluindo diversos menires, e um extenso conjunto de recintos concêntricos definidos por grandes fossos escavados na terra e na rocha, que incorpora, num local muito específico, um cemitério de sepulturas colectivas.

Nas escavações deste ano, realizadas pela empresa ERA - Arqueologia, foi identificado um conjunto de três esqueletos humanos, em fossas escavadas há cerca de 4.500 anos, o que para os arqueólogos se apresenta «surpreendente» porque não ocorreu na necrópole, local onde até agora eram conhecidas todas as sepulturas do sítio.

«Era já sabido que, depois da morte de cada indivíduo, existiria um local onde o corpo era colocado para decomposição, sendo os ossos transportados posteriormente para a necrópole, no decorrer de alguma cerimónia fúnebre. Porém, não eram ainda conhecidos locais onde os corpos fossem colocados para decomposição e em nada se suspeitava ser na zona agora intervencionada», explicou António Valera, responsável pelo Núcleo de Investigação Arqueológica da ERA - Arqueologia.

Dada a relevância do conjunto pré-histórico, o complexo dos Perdigões já suscita o interesse da comunidade científica internacional, começando a ser «um sítio de referência no âmbito da investigação da pré-história recente europeia».

Este ano, para além da equipa da ERA-Arqueologia, que desde 1997 dirige o projecto arqueológico, teve início uma parceria com uma equipa do Departamento de Pré-História da Universidade de Málaga (Espanha) que, no local, irá desenvolver nos próximos anos um projecto próprio de investigação científica.






Diário Digital / Lusa
 
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