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Notícias Comandante da polícia de Moçambique diz que "não se declara guerra" ao terrorismo

Roter.Teufel

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Comandante da polícia de Moçambique diz que "não se declara guerra" ao terrorism
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Presidente moçambicano disse que, nas últimas semanas, "vários terroristas foram postos fora de combate e destruídos importantes acampamentos" dos insurgentes.

O comandante-geral da polícia moçambicana, Bernardino Rafael, considera o terrorismo um "fenómeno global" ao qual "não se declara guerra", recusando as críticas do vice-chefe das Forças Armadas, Bertolino Jeremias Capitine, entretanto exonerado, sexta-feira, pelo Presidente da República.

"O terrorismo é um fenómeno global, não preciso de declaração de guerra. O terrorismo é um fenómeno global, não se declara a guerra", disse aos jornalistas o comandante-geral da Polícia da República de Moçambique (PRM).

O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, exonerou na sexta-feira o vice-chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), Bertolino Jeremias Capitine, anunciou a Presidência da República, sem avançar as razões da decisão.

Contudo, Capitine defendeu há dias, numa palestra na Universidade Joaquim Chissano, que a gestão do conflito em Cabo Delgado, com ataques por grupos terroristas que se registam há sete anos, é baseada no "improviso".

"Os outros países, quando tiveram situação desta, ou não, ou equivalente, declararam guerra. Moçambique em 2017 começou a chamar de malfeitores", criticou, nessa intervenção, Bertolino Jeremias Capitine, falando numa gestão do conflito "informal" e "com algum secretismo".

"Onde é que está a estratégia de combate ao terrorismo", questionou, acrescentando que ao declarar guerra, "todas as forças subordinam ao Chefe do Estado-Maior General" das FADM, que "despacha diretamente com o comandante-em-chefe das Forças Armadas", o Presidente da República.

"Se não declaramos a guerra, com que base Moçambique convidou a SAMIM [missão militar dos países da África austral, que entretanto deixou o terreno em julho passado]", disse ainda o agora exonerado vice-chefe do Estado-Maior General das FADM.

"O Conselho Nacional de Defesa e Segurança considerou aqueles que eram insurgentes, aqueles que eram malfeitores, que eram combatidos pela polícia, como terroristas. Logo há interferência global [das forças de segurança]", retorquiu, por seu turno, o comandante da PRM, após ter sido conhecida a exoneração de Bertolino Jeremias Capitine, na tarde de sexta-feira. Capitine foi nomeado vice-chefe do Estado-Maior General das FADM, em janeiro de 2021, tendo sido promovido a tenente-general nesse ano, para ocupar o cargo.

O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, disse esta sexta-feira que, nas últimas semanas, "vários terroristas foram postos fora de combate e destruídos importantes acampamentos" dos insurgentes, na província de Cabo Delgado, norte do país.

Nyusi falava durante o discurso das comemorações do Dia da Paz, uma data alusiva à Assinatura do Acordo de Paz, que acabou com 16 anos de guerra civil em Moçambique, tendo assegurado ainda que foi "capturado material bélico e de propaganda" que estava na posse dos insurgentes.

"É certo que continuamos a enfrentar o desafio do terrorismo em Cabo Delgado, cujo combate tem vindo a registar sucessos, com desarticulação das ações dos terroristas e redução dos ataques e retorno das pulações" às suas zonas de origem, disse. Desde outubro de 2017, a província de Cabo Delgado, rica em gás, enfrenta uma rebelião armada com ataques reclamados por movimentos associados ao grupo extremista Estado Islâmico.

O último grande ataque deu-se em 10 e 11 de maio, à sede distrital de Macomia, com cerca de uma centena de insurgentes a saquearem a vila, provocando vários mortos e fortes combates com as Forças de Defesa e Segurança de Moçambique e militares ruandeses, que apoiam Moçambique no combate aos rebeldes.

Correio da Manhã
 
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