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Cientista da MU descobre princípio chave na formação das cataratas

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Cientista da MU descobre princípio chave na formação das cataratas

Um investigador da Universidade de Missouri (MU), nos Estados Unidos, identificou um princípio importante na formação das cataratas, a frequente doença dos olhos que consiste na perda de claridade na lente do olho. Segundo Krishna Sharma, professor de Oftalmologia naquela instituição, a descoberta pode ajudar a desenvolver tratamentos mais eficazes.

Segundo o estudo, hoje publicado pela revista científica "The Journal of Biological Chemistry", há uma proteína específica que começa a perder as suas funções à medida que o olho envelhece. Quando começa a perder as suas funções, pequenos peptídeos compostos de 10 a 15 aminoácidos, começam a formar-se a acelerar a formação da catarata no olho.


O estudo partiu da observação da formação de cataratas em ratinhos. O investigador observou quando a doença se desenvolvia nestes animais havia uma sobreexpressão de uma proteína e decidiu investigar o seu papel na proteólise da lente do olho. A investigação demonstrou que com a produção desta proteína se verificava uma acumulação de peptídeos específicos que afectavam a visão.

"É muito útil seguir a formação destes peptídeos", disse Sharma. "O próximo passo do nosso trabalho é tentar prevenir a sua formação. Atrasar dez anos a formação das cataratas pode diminuir o número de cirurgias em 45 por cento, o que significa uma diminuição significativa nos custos associados ao tratamento desta doença".

Cerca de 50 por cento da lente do olho é feita de proteínas, sendo que 90 por cento destas proteínas são estruturas conhecidas como cristalinos. Uma das principais funções dos cristalinos é manter a claridade da lenta do olho. Num olho saudável, os cristalinos deixam de funcionar com o tempo, levando à formação de pequenos peptídeos. Estes peptídeos são limpos do olho com a ajuda de outras proteínas.

Segundo o investigador, à medida que o olho envelhece estes peptídeos começam a formar-se cada vez em número maior. À medida que aumentam, a actividade de limpeza dos cristalinos começa a ficar afectada, o que faz com que a lente do olho comece a ganhar opacidade.

"É uma situação muito complicada porque as cataratas têm um impacto enorme na qualidade vida de uma pessoa", disse Sharma. "As pessoas deixam de poder apreciar arte visual e têm de desenvolver novas competências de orientação. Este estudo permite perceber como é que as cataratas se formam no olho e qual a melhor forma de tratar esta doença debilitante", acrescentou.

Aproximadamente 50 por cento da formação de cataratas na população idosa está relacionada com a idade mas outros factores de risco são a genética, o tabaco, a exposição a raios ultravioleta e a diabetes.
 
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