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Ciclo dedicado a Ruy Duarte de Carvalho começa hoje no CCB
Uma viagem pela obra multifacetada do angolano de origem portuguesa Ruy Duarte de Carvalho começa hoje no Centro Cultural de Belém (CCB), prosseguindo uma iniciativa que no passado já passou pelos escritores Paul Bowles e Thomas Bernhard.
O ciclo dedicado a Ruy Duarte de Carvalho, primeiro autor de língua portuguesa a merecer este tipo de destaque por parte do CCB, começa com o lançamento do livro «A câmara, a escrita e a coisa dita...», editado pela Cotovia e que apresenta textos mais recentes, relativamente à edição de 1997, pelo Instituto Nacional do Livro e do Disco (INALD), de Angola.
«A edição (da Cotovia) é diferente da de Angola. O livro reúne textos avulsos de palestras, trabalhos académicos, coisas que estavam dispersas. Trata-se de um tipo de trabalho que remete mais para o ensaio do que para escrita criativa. É mais escrita especulativa, argumentativa», explicou Ruy Duarte de Carvalho à Lusa.
A obra abre com os textos mais recentes e abordam o trabalho que Ruy Duarte de Carvalho tem feito no domínio da antropologia e cinema.
O ciclo, que decorre até 09 de Março, contempla leituras e debates da obra, duas representações da peça de teatro «Vou Lá Visitar Pastores», a projecção das longas-metragens «Nelisita: Narrativas Nyaneka» e «Moia: O Recado das Ilhas», uma exposição e oficinas multidisciplinares.
Nascido em Santarém, em 1941, Ruy Duarte de Carvalho naturalizou-se angolano em 1963 e doutorou-se em 1986, em Antropologia, na École des Hautes Études de Sciences Sociales, de Paris.
Parte da infância e adolescência passou-se em Moçâmedes, na província do Namibe, cuja influência se nota ainda hoje na sua obra.
De regresso a Santarém para frequentar o curso de Regente Agrícola, que acabou em 1960, retornou a Angola para exercer a profissão, o que o levou a percorrer as grandes regiões angolanas em que se encontram implantadas áreas da agricultura de rendimento, trabalhando no sector da caféicultura e conhecendo igualmente as práticas agro-pastoris tradicionais e também chamadas de subsistência.
O cinema, a fotografia, e sobretudo a literatura, ensaio e ficção, testemunham as andanças deste autor angolano que reivindica «um tom de escrita que não seja académico», que o coloque «na pista de uma meia-ficção-erudito-poético-viajeira» em que, defende, vem insistindo.
Uma viagem pela obra multifacetada do angolano de origem portuguesa Ruy Duarte de Carvalho começa hoje no Centro Cultural de Belém (CCB), prosseguindo uma iniciativa que no passado já passou pelos escritores Paul Bowles e Thomas Bernhard.
O ciclo dedicado a Ruy Duarte de Carvalho, primeiro autor de língua portuguesa a merecer este tipo de destaque por parte do CCB, começa com o lançamento do livro «A câmara, a escrita e a coisa dita...», editado pela Cotovia e que apresenta textos mais recentes, relativamente à edição de 1997, pelo Instituto Nacional do Livro e do Disco (INALD), de Angola.
«A edição (da Cotovia) é diferente da de Angola. O livro reúne textos avulsos de palestras, trabalhos académicos, coisas que estavam dispersas. Trata-se de um tipo de trabalho que remete mais para o ensaio do que para escrita criativa. É mais escrita especulativa, argumentativa», explicou Ruy Duarte de Carvalho à Lusa.
A obra abre com os textos mais recentes e abordam o trabalho que Ruy Duarte de Carvalho tem feito no domínio da antropologia e cinema.
O ciclo, que decorre até 09 de Março, contempla leituras e debates da obra, duas representações da peça de teatro «Vou Lá Visitar Pastores», a projecção das longas-metragens «Nelisita: Narrativas Nyaneka» e «Moia: O Recado das Ilhas», uma exposição e oficinas multidisciplinares.
Nascido em Santarém, em 1941, Ruy Duarte de Carvalho naturalizou-se angolano em 1963 e doutorou-se em 1986, em Antropologia, na École des Hautes Études de Sciences Sociales, de Paris.
Parte da infância e adolescência passou-se em Moçâmedes, na província do Namibe, cuja influência se nota ainda hoje na sua obra.
De regresso a Santarém para frequentar o curso de Regente Agrícola, que acabou em 1960, retornou a Angola para exercer a profissão, o que o levou a percorrer as grandes regiões angolanas em que se encontram implantadas áreas da agricultura de rendimento, trabalhando no sector da caféicultura e conhecendo igualmente as práticas agro-pastoris tradicionais e também chamadas de subsistência.
O cinema, a fotografia, e sobretudo a literatura, ensaio e ficção, testemunham as andanças deste autor angolano que reivindica «um tom de escrita que não seja académico», que o coloque «na pista de uma meia-ficção-erudito-poético-viajeira» em que, defende, vem insistindo.