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A China foi autorizada pela Convenção Internacional para o Comércio de Espécies Ameaçadas (Cites) a importar marfim de quatro países africanos - Botswana, Namíbia, África do Sul e Zimbabwe. A decisão foi criticada por poder impulsionar o comércio ilegal.
Agora Pequim poderá comprar 108 toneladas provenientes de elefantes mortos por causas naturais ou no âmbito de programas de controlo das populações de animais. "Esse é o total que pode ser vendido", explicou à Reuters o responsável da Cites, Juan Carlos Vasquez. No Botswana, na Namíbia, na África do Sul e no Zimbabwe, as populações de elefantes não estão a diminuir, e são autorizados pela Cites a vender marfim que registado até 31 de Janeiro de 2007.
A Cites tomou a decisão durante uma reunião em Genebra, na Suíça, e ponderou não incluir o Zimbabwe na lista de vendedores devido ao contexto político no país, onde o Presidente Robert Mugabe foi reeleito numa votação marcada pela violência. Para ser aceite como um parceiro comercial, a China, que é um dos principais investidores na área do petróleo e dos minerais em África, teve de provar a capacidade para combater o tráfico ilegal de marfim no país. Embora seja o país onde há maior tráfico de marfim, denunciam alguns ambientalistas que tentaram impedir esta decisão.
O Fundo Internacional para o Bem-Estar Animal (Ifaw) critica a decisão da Cites. "Permitir a importação de marfim pela China irá estimular a procura e criar uma nuvem de fumo para que o marfim ilegal seja branqueado no mercado legal", disse à BBC Robbie Marsland, director da Ifaw no Reino Unido.
Já o Fundo para a Conservação da Natureza (WWF, em inglês) critica sobretudo os mercados de marfim ilegal que existem em várias cidades africanas. "Ter marfim ilegal à venda encoraja mais a caça e o contrabando do que as vendas únicas e controladas", considera Susan Lieberman, directora do programa para a preservação das espécies do WWF.
Fonte: Público
17.07.08