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As cesarianas feitas antes das 39 semanas, muitas por conveniência, triplicaram os internamentos de recém-nascidos, segundo uma análise a mais de três mil bebés feita ao longo de uma década na maternidade Bissaya Barreto, em Coimbra.
De uma amostra de 3.213 recém-nascidos, a investigação realizada entre 2003 e 2013 mostrou que quase metade nasceu de cesariana eletiva antes das 39 semanas.
Segundo o estudo publicado na mais recente edição da Acta Médica Portuguesa, a que a agência Lusa teve acesso, estes recém-nascidos por cesariana marcada antes das 39 semanas tiveram mais internamentos na unidade de cuidados intensivos, mais morbilidade respiratória, mais hipoglicémia e mais internamentos com duração acima dos cinco dias.
"A cesariana eletiva, sem indicação médica, antes das 39 semanas tem riscos associados e potencia muito a necessidade de internamento dos bebés em cuidados intensivos", resumiu à Lusa a neonatologista Cristina Resende, uma das autoras da investigação.
Com este estudo, Cristina Resende refere que se veio comprovar o que empiricamente já era a ideia da comunidade médica: as cesarianas sem recomendação médica aumentam as complicações e as necessidades de cuidados suplementares.
Além de triplicarem os internamentos, os autores do estudo identificaram um aumento de 160% no diagnóstico de dificuldades alimentares e perda de peso excessiva nos recém-nascidos por cesariana de conveniência, além de uma duplicação da necessidade de fototerapia por icterícia.
Para Cristina Resende, a situação das cesarianas combinadas com a doente, por conveniência, antes das 39 semanas de gravidez, tem melhorado na maternidade Bissaya Barreto, que é analisada no estudo, nos últimos cinco anos.
Contudo, a neonatologista reconhece que, a nível nacional, ainda há algum facilitismo nos partos induzidos ou programados por conveniência entre médico e doente.
"Não se deve antecipar o fim da gestão por conveniência.
É importante que as grávidas percebam que uma semana de diferença numa gravidez é uma grande diferença.
Se tudo estiver bem, o bebé deve ser deixado onde está até ao fim natural da gravidez", afirmou, lembrando que, no entanto, há condições clínicas que impõem a necessidade de uma cesariana.
Aliás, neste estudo foram excluídas as situações de risco como gravidez múltipla, rutura prematura de membranas, doenças como pré-eclâmpsia, diabetes mal controlada ou malformações congénitas.
Como cesariana eletiva os autores da investigação consideraram a que é realizada antes do início do trabalho de parto e antes da rutura das membranas.
Fonte
De uma amostra de 3.213 recém-nascidos, a investigação realizada entre 2003 e 2013 mostrou que quase metade nasceu de cesariana eletiva antes das 39 semanas.
Segundo o estudo publicado na mais recente edição da Acta Médica Portuguesa, a que a agência Lusa teve acesso, estes recém-nascidos por cesariana marcada antes das 39 semanas tiveram mais internamentos na unidade de cuidados intensivos, mais morbilidade respiratória, mais hipoglicémia e mais internamentos com duração acima dos cinco dias.
"A cesariana eletiva, sem indicação médica, antes das 39 semanas tem riscos associados e potencia muito a necessidade de internamento dos bebés em cuidados intensivos", resumiu à Lusa a neonatologista Cristina Resende, uma das autoras da investigação.
Com este estudo, Cristina Resende refere que se veio comprovar o que empiricamente já era a ideia da comunidade médica: as cesarianas sem recomendação médica aumentam as complicações e as necessidades de cuidados suplementares.
Além de triplicarem os internamentos, os autores do estudo identificaram um aumento de 160% no diagnóstico de dificuldades alimentares e perda de peso excessiva nos recém-nascidos por cesariana de conveniência, além de uma duplicação da necessidade de fototerapia por icterícia.
Para Cristina Resende, a situação das cesarianas combinadas com a doente, por conveniência, antes das 39 semanas de gravidez, tem melhorado na maternidade Bissaya Barreto, que é analisada no estudo, nos últimos cinco anos.
Contudo, a neonatologista reconhece que, a nível nacional, ainda há algum facilitismo nos partos induzidos ou programados por conveniência entre médico e doente.
"Não se deve antecipar o fim da gestão por conveniência.
É importante que as grávidas percebam que uma semana de diferença numa gravidez é uma grande diferença.
Se tudo estiver bem, o bebé deve ser deixado onde está até ao fim natural da gravidez", afirmou, lembrando que, no entanto, há condições clínicas que impõem a necessidade de uma cesariana.
Aliás, neste estudo foram excluídas as situações de risco como gravidez múltipla, rutura prematura de membranas, doenças como pré-eclâmpsia, diabetes mal controlada ou malformações congénitas.
Como cesariana eletiva os autores da investigação consideraram a que é realizada antes do início do trabalho de parto e antes da rutura das membranas.
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