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CERCI acusam ministra de nunca as ter ouvido

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Ago 20, 2007
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Instituições querem que tutela integre os seus especialistas nas escolas
A presidente da Federação Nacional de Cooperativas de Solidariedade Social (Fenacerci), Carmen Duarte, lamenta que a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, "nunca se tenha reunido" com as associações do sector que trabalham com deficientes antes da entrada em vigor, há uma semana, do decreto-lei com as novas orientações da tutela para a educação especial.

As associações, diz, aplaudem a intenção do Governo de integrar a generalidade dos alunos deficien- tes até meados de 2009, nas esco- las regulares, mas sentem "alguma apreensão" em relação à aplicação da medida, exigindo que se aproveitem os recursos já existentes no País.

"A lei só peca por tardia. Sempre lutámos pela integração dos alunos no ensino regular", assegura. "Mas é preciso que se considere a necessidade de apoios específicos e especializados, que ainda faltam no ensino regular, e esperamos que a senhora ministra vá buscar às nossas escolas os professores e o saber acumulado, como aconteceu em todos os países que fizeram esta reforma".

Com a actual lei aprovada, a tutela, que sinalizou na sua rede um conjunto de escolas especializadas por deficiência, pretende aproveitar as instituições como centros de recursos de apoio às escolas. E as CERCI, diz Carmen Duarte, "não receiam" a perda da valência do ensino. Até porque "gerem outros serviços para pessoas com deficiência, como a formação profissional e as unidades de apoio à família". Mas "exigem que os alunos sejam salvaguardados".

Ministra justifica declarações

Depois de, na semana passada, ter tido no Parlamento que sentia "vergonha" pelo que se passava anteriormente nas escolas do país em termos de educação especial, a ministra da Educação foi duramente criticada por diversas associações do sector, nomeadamente a Fenacerci.

Lurdes Rodrigues veio entretanto esclarecer, em declarações ao Público, que se referia à rede do Ministério e que valorizava o "trabalho de grande generosidade" das instituições. A Fenacerci "aceita" a explicação, mas "lamenta" que o reconhecimento pela tutela não tenha surgido a priori... sob a forma de reuniões.

DN
 
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