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Censo 2022: número de moradias cresce cinco vezes mais do que a população

Roter.Teufel

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Censo 2022: número de moradias cresce cinco vezes mais do que a população

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Vivemos em 90,6 milhões de domicílios, 34,2% a mais do que em 2010. São Paulo concentra quase 20 milhões de casas

Embora o Brasil tenha crescido menos do que o esperado em relação ao censo de 2010, apenas 6,45%, o número de domicílios explodiu. Segundo os dados divulgados pelo IBGE, vivemos em 90.688.021 domicílios, um aumento de 34,21%. Em 2010, eram 67,5 milhões. Significa que o ritmo de crescimento de domicílios foi cinco vezes maior que o da população.

Dos espaços recenseados em 2022, 90,5 milhões eram domicílios particulares permanentes, onde se mora, e 72,4 milhões estavam ocupados durante a operação censitária. Os domicílios improvisados, como barracas de camping, vagões, tendas, trailer ou cocheira, somaram 66 mil. Já os domicílios coletivos, como hotéis, motéis, asilos, orfanatos e penitenciárias, são 105 mil.

Com mais domicílios, caiu o número médio de moradores por residência: agora são 2,79 pessoas em média por casa, contra 3,31 de 2010.

IBGE justifica aumento

Esse aumento no total de domicílios do país, de acordo com o IBGE, está relacionado ao crescimento expressivo de duas categorias: os vagos e os de uso ocasional. O Brasil conta hoje com 11.397.889 casas sem ninguém morando, 87% a mais do que em 2010. Já os lares de veraneio cresceram 70% em 12 anos, e hoje totalizam 6,7 milhões. O

“De 2010 para cá, o aumento de domicílios ocupados foi maior, em números absolutos, mas em termos de proporção, os não ocupados tiveram um ganho maior no período”, afirma o gerente técnico do Censo, Luciano Duarte.

Embora o Brasil tenha crescido menos do que o esperado em relação ao censo de 2010, apenas 6,45%, o número de domicílios explodiu. Segundo os dados divulgados pelo IBGE, vivemos em 90.688.021 domicílios, um aumento de 34,21%. Em 2010, eram 67,5 milhões. Significa que o ritmo de crescimento de domicílios foi cinco vezes maior que o da população.

Dos espaços recenseados em 2022, 90,5 milhões eram domicílios particulares permanentes, onde se mora, e 72,4 milhões estavam ocupados durante a operação censitária. Os domicílios improvisados, como barracas de camping, vagões, tendas, trailer ou cocheira, somaram 66 mil. Já os domicílios coletivos, como hotéis, motéis, asilos, orfanatos e penitenciárias, são 105 mil.

Com mais domicílios, caiu o número médio de moradores por residência: agora são 2,79 pessoas em média por casa, contra 3,31 de 2010.


Já o demógrafo do IBGE Márcio Minamiguchi diz que o aumento é explicado por uma mudança nas estruturas das famílias do país, que, menores, passaram a ocupar uma quantidade maior de lares.

“Com o envelhecimento da população, que é ligado a uma taxa menor de fecundidade, é natural que se diminua o número de moradores por domicílio. No passado havia uma quantidade maior de famílias constituídas de um casal com filhos e normalmente eram muitos filhos. Hoje em dia, houve queda nesse tipo de arranjo familiar, com aumento de participação de outros arranjos, como casal sem filhos, mãe solo e unipessoais. Quando há casais com filhos, a quantidade é menor, em geral um ou dois. Ou seja, houve um aumento no número de arranjos com menos pessoas”, explica.

Os estados com o maior número de moradores por domicílio são Amazonas (passando de 4,36, em 2010, para 3,64, em 2022) e Amapá (de 4,26 para 3,63). Já os estados com as menores médias são Rio Grande do Sul (2,54), Rio de Janeiro (2,60) e Espírito Santo (2,67).

São Paulo concentra o maior número de domicílios

São Paulo, que concentra cerca de um quinto da população brasileira (21,8%), tem hoje 19,6 milhões de domicílios, mais do que qualquer outro. Doze anos antes, havia 14,9 milhões. Em seguida vem Minas Gerais, o segundo estado mais populoso do país, com 9,6 milhões de domicílios. Entre os estados com menor número estão Roraima (211,9 mil), Amapá (251,9 mil) e Acre (319,3 mil).

Dos 20 municípios com maior número de domicílios recenseados, destacam-se, além de São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Brasília, Fortaleza e Belo Horizonte, todos com crescimento acima de 20% na comparação com 2010. As cinco capitais também tinham mais de 1 milhão de domicílios na data de referência do Censo em agosto de 2022.

24 pessoas por quilômetro quadrado

Com o aumento da população entre 2010 e 2022, atingindo o total de 203,1 milhões de pessoas, a densidade demográfica do país passou de 22,43 para 23,8 habitantes por quilômetro quadrado (km²) no mesmo período. Historicamente, há maior concentração populacional nas regiões litorâneas do território brasileiro.

Os primeiros resultados do Censo 2022 revelaram a continuidade da desigualdade entre as regiões em razão da diferença no tamanho dos territórios.

Por região

Norte: onde o território de 3.850.593 km2 responde por 45,2% da superfície territorial do país, a densidade é de 4,5 hab/km².
Sudeste: região mais populosa do país, tem também o maior número de habitantes por quilômetro quadrado: 91,8. São 924.558 km2 abrigando 84,8 milhões de pessoas.
Centro-Oeste: segunda região com maior território (1.606.354 km²), a densidade demográfica é de 10,1 hab/km.
Nordeste: tem 1.552.175 km² de extensão territorial e a segunda maior população do país (54,6 milhões). São 35,2 habitantes por km².
Sul: com o menor território entre as regiões (576.737 km²) e uma população de 29,9 milhões, tem a segunda maior média de habitantes por quilômetro quadrado: 51,9.

Por estado

Distrito Federal: aparece com a maior densidade demográfica (489hab/km2) com seus 2,8 milhões de habitantes que vivem em um território de apenas 5.761 km2 de área.
Rio de Janeiro: tem a segunda maior densidade demográfica, com 367 hab/km2. O estado tem uma população de 16,1 milhões distribuída em 43.750 km2.
São Paulo: Com a maior população do país vivendo em um território de 248.219 km², São Paulo tem uma densidade de 179/km², a terceira no ranking das Unidades da Federação.

Jornal do Brasil
 
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