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A Home Energy, empresa do grupo Martifer, vai apresentar no Salão Imobiliário de Lisboa, a partir desta quarta-feira, um protótipo de uma casa energeticamente eficiente que permitirá aos consumidores poupar entre 30 a 40 por cento de energia.
A Casa Eficiente da Home Energy, com 72 metros quadrados, tem painéis fotovoltaicos no jardim, o aquecimento de água vai depender de equipamentos de elevada eficiência, como uma caldeira de condensação e um sistema solar térmico.
A cozinha será construída com materiais reciclados e terá um frigorífico classe A++ e um fogão de indução.
Também a sala vai conjugar materiais reaproveitados ou reciclados, as janelas serão de corte térmico e as paredes terão isolamento exterior.
A iluminação da casa será de elevada eficiência através de tecnologia CFL (Lâmpadas Fluorescentes Compactas) e LED (Diodos Emissores de Luz), bem como a televisão que terá o consumo de energia monitorizado por equipamentos activos.
No caso de uma casa já usada, fonte da Home Energy afirmou que, com estes equipamentos, será possível poupar entre 10 e 20 por cento de energia.
O objectivo da Home Energy com este protótipo é ajudar os consumidores a encontrar maneiras de poupar energia, diminuir o impacto para o ambiente e criar a sua própria energia em casa.
A Home Energy organiza este projecto em parceria com a Roca, Esquadria, Siemens, Rehau, Iberfibran, Fusion e Philips.
A Home Energy é uma empresa do grupo Martifer especialista em eficiência energética e energias renováveis para o segmento doméstico. Para 2009, o objectivo da empresa é emitir, pelo menos, 50 mil certificações e conquistar 30 por cento do mercado. Segundo Miguel Barreto, administrador delegado da Home Energy, a partir de Janeiro a empresa terá mais de cem técnicos qualificados a actuar em todo o país. A empresa oferece ainda soluções integradas de microprodução de energia, através da instalação de painéis solares fotovoltaicos.
A empresa já certificou o Belas Clube de Campo e esta comunidade residencial passou a ser a primeira certificada energeticamente em toda a Europa, de acordo com a Directiva nº2002/91/CE.
Sector preocuopado com insuficiência do número de técnicos para fazer a certificação
O novo Sistema Nacional de Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interior (SCE) está em vigor desde 2006, altura em que também se estabeleceram metas graduais para a sua aplicação. Começou por ser aplicado aos edifícios públicos e estendeu-se aos imóveis com áreas superiores a mil metros quadrados.
O Centro de Interpretação Ambiental da Ponta do Sal (Cascais) foi o primeiro edifício municipal português a receber certificação energética.
A certificação energética dos edifícios tornou-se mais real desde Julho. Desde então, todos os pedidos de licenciamento de edifícios deverão ser acompanhados de um certificado que ateste a eficiência do imóvel em termos de consumo. No próximo ano, esta obrigatoriedade será estendida a todos os edifícios transaccionados.
A licença do imóvel só é passada mediante a existência de uma certificação que permita aos seus utilizadores saber qual a sua classificação em termos de eficiência energética numa escala que vai desde o A+ até ao G.
O problema é que existem pouco mais de 200 técnicos qualificados para fazer essa certificação, número que os agentes do sector consideram insuficiente.
Público