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A casa e a biblioteca onde o escritor José Saramago passou parte da sua vida, em Lanzarote, Espanha, foram transformadas numa "casa-museu" que abrirá as portas ao público no dia 18, informou hoje a Fundação José Saramago.
No dia 18 cumprem-se nove meses desde a morte do Nobel da Literatura, "o tempo que se demora a morrer", como Saramago deixou escrito no romance 'O Ano da Morte de Ricardo Reis', refere a fundação.
E é por isso que a data é escolhida para a abertura ao público da casa e da biblioteca do escritor português em Lanzarote, nas ilhas Canárias, onde decidiu viver a partir dos anos 1990.
Foi lá que José Saramago viveu e escreveu os romances das duas últimas décadas, foi lá que instalou a biblioteca pessoal e viveu com Pilar del Río.
Foi criado um percurso pela casa e biblioteca do escritor, sendo possível passar, por exemplo, pela cozinha, escritório e quarto do autor.
Na cerimónia de abertura da casa e da biblioteca, que a Fundação descreve como uma despedida de José Saramago, estarão presentes vários convidados, entre os vários editores que publicaram a obra do escritor, como o editor português Zeferino Coelho.
Na ocasião, Pilar del Río, presidenta da fundação, explicará a razão da abertura ao público da casa de Saramago, e a directora da Casa Pessoa, a escritora Inês Pedrosa, lerá um fragmento de 'O Ano da Morte de Ricardo Reis'.
José Saramago morreu a 18 de Junho de 2010, aos 87 anos.
Lusa/ SOL