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Campanhas para prevenir gravidez são insuficientes
Plataformas anti-aborto e Associação para o Planeamento da Família consideram que Governo está a falhar nas campanhas sobre métodos contraceptivos.
As plataformas anti-aborto e a Associação para o Planeamento da Família (APF) denunciam a falta campanhas sobre métodos contraceptivos, cujo consumo dispara nos meses de Verão. Os movimentos Pró-Vida vão mesmo mais longe e acusam o Governo de não cumprir a lei do aborto, nem as promessas feitas durante a aprovação. Dizem que falta acompanhamento médico no planeamento familiar e a apresentação de alternativas às mulheres que querem interromper uma gravidez.
Mas, pelo menos durante os meses quentes, época do ano em que mais se vendem preservativos e pílulas do dia seguinte, a Comissão de Luta Contra a Sida vai ter uma campanha de sensibilização para o uso do preservativo.Já a Direcção-geral da Saúde (DGS) tem iniciativas que se estendem ao longo do ano e não com carácter sazonal, segundo indicou fonte do Ministério da Saúde.
As falhas nesta estratégia são apontadas por Isilda Pegado, presidente da Federação Portuguesa pela Vida, e por Luís Botelho Ribeiro do Movimento Portugal Pró-Vida. Este último esteve ontem no Parlamento para discutir a petição que pede a suspensão da actual lei da interrupção da gravidez (IVG), mas não acredita que a questão se resolva nesta legislatura.
O dirigente do Movimento Portugal Pró-Vida critica: "Ninguém é contra o aborto e ninguém o quer travar". Prova disso, diz, é "o aumento de cerca de 4000 abortos por ano e a falta de limitações ao número máximo permitido".
Também Isilda Pegado considera que "todo o planeamento está a falhar, não há campanhas de prevenção e nos hospitais chega-se a esperar sete meses por uma consulta de planeamento familiar". A dirigente acrescenta que "o que é relevante é que o Serviço Nacional de Saúde apenas se preocupa em permitir o aborto e não em preveni-lo".
Apesar de considerar que "as campanhas são uma treta", Luís Botelho Ribeiro não esconde preocupação face ao aumento do número de IVG durante as férias e nos meses seguintes. Em Setembro do ano passado, por exemplo, registou-se um aumento de 152 abortos em relação ao mês anterior.
De facto, durante o Verão regista-se não só um crescimento do número das IVG mas também do consumo de preservativos e pílulas do dia seguinte (ver infografia).
O director executivo da APF, Duarte Vilar, considera que "o Ministério da Saúde devia apostar em campanhas de prevenção". E diz que uma das razões para não se apostar na sensibilização está no facto de "a contracepção ser tida como uma coisa garantida". Uma vez que 87% das portuguesas em idade fértil usam métodos contraceptivos, segundo dados internacionais. No entanto, "as que não usam contraceptivos ainda são dezenas de milhar", alerta.
Já Isilda Pegado questiona se as mulheres "fazem bem a contracepção? A contracepção mal feita tem riscos graves e as mulheres devem estar informadas". A presidente da Federação Portuguesa pela Vida diz que o que falta é "uma política de contracepção medicamente acompanhada".
Reconhecendo a importância da sensibilização, a APF vai lançar na próxima segunda-feira uma campanha sobre contraceptivos de longa duração. Ou seja, sobre métodos como o Dispositivo Intra-uterino (DIU) ou o implante, destinado, por exemplo, a mulheres que se esquecem com frequência de tomar a pílula.
E embora esta acção de alerta não seja dirigida às férias, Duarte Vilar admite que "é importante ter particular atenção neste período porque as pessoas estão mais disponíveis para relações pontuais".
DN
Plataformas anti-aborto e Associação para o Planeamento da Família consideram que Governo está a falhar nas campanhas sobre métodos contraceptivos.
As plataformas anti-aborto e a Associação para o Planeamento da Família (APF) denunciam a falta campanhas sobre métodos contraceptivos, cujo consumo dispara nos meses de Verão. Os movimentos Pró-Vida vão mesmo mais longe e acusam o Governo de não cumprir a lei do aborto, nem as promessas feitas durante a aprovação. Dizem que falta acompanhamento médico no planeamento familiar e a apresentação de alternativas às mulheres que querem interromper uma gravidez.
Mas, pelo menos durante os meses quentes, época do ano em que mais se vendem preservativos e pílulas do dia seguinte, a Comissão de Luta Contra a Sida vai ter uma campanha de sensibilização para o uso do preservativo.Já a Direcção-geral da Saúde (DGS) tem iniciativas que se estendem ao longo do ano e não com carácter sazonal, segundo indicou fonte do Ministério da Saúde.
As falhas nesta estratégia são apontadas por Isilda Pegado, presidente da Federação Portuguesa pela Vida, e por Luís Botelho Ribeiro do Movimento Portugal Pró-Vida. Este último esteve ontem no Parlamento para discutir a petição que pede a suspensão da actual lei da interrupção da gravidez (IVG), mas não acredita que a questão se resolva nesta legislatura.
O dirigente do Movimento Portugal Pró-Vida critica: "Ninguém é contra o aborto e ninguém o quer travar". Prova disso, diz, é "o aumento de cerca de 4000 abortos por ano e a falta de limitações ao número máximo permitido".
Também Isilda Pegado considera que "todo o planeamento está a falhar, não há campanhas de prevenção e nos hospitais chega-se a esperar sete meses por uma consulta de planeamento familiar". A dirigente acrescenta que "o que é relevante é que o Serviço Nacional de Saúde apenas se preocupa em permitir o aborto e não em preveni-lo".
Apesar de considerar que "as campanhas são uma treta", Luís Botelho Ribeiro não esconde preocupação face ao aumento do número de IVG durante as férias e nos meses seguintes. Em Setembro do ano passado, por exemplo, registou-se um aumento de 152 abortos em relação ao mês anterior.
De facto, durante o Verão regista-se não só um crescimento do número das IVG mas também do consumo de preservativos e pílulas do dia seguinte (ver infografia).
O director executivo da APF, Duarte Vilar, considera que "o Ministério da Saúde devia apostar em campanhas de prevenção". E diz que uma das razões para não se apostar na sensibilização está no facto de "a contracepção ser tida como uma coisa garantida". Uma vez que 87% das portuguesas em idade fértil usam métodos contraceptivos, segundo dados internacionais. No entanto, "as que não usam contraceptivos ainda são dezenas de milhar", alerta.
Já Isilda Pegado questiona se as mulheres "fazem bem a contracepção? A contracepção mal feita tem riscos graves e as mulheres devem estar informadas". A presidente da Federação Portuguesa pela Vida diz que o que falta é "uma política de contracepção medicamente acompanhada".
Reconhecendo a importância da sensibilização, a APF vai lançar na próxima segunda-feira uma campanha sobre contraceptivos de longa duração. Ou seja, sobre métodos como o Dispositivo Intra-uterino (DIU) ou o implante, destinado, por exemplo, a mulheres que se esquecem com frequência de tomar a pílula.
E embora esta acção de alerta não seja dirigida às férias, Duarte Vilar admite que "é importante ter particular atenção neste período porque as pessoas estão mais disponíveis para relações pontuais".
DN