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Cabo Verde:Aconselhada instalação de unidades móveis de diálise para emergências
Uma comissão composta por especialistas portugueses e cabo-verdianos sugeriu hoje que Cabo Verde adquira duas unidades móveis de hemodiálise, para fazer face a casos graves até ser instalado um serviço de nefrologia na Cidade da Praia.
Portugal vai apoiar Cabo Verde na instalação da primeira unidade de hemodiálise no país, que deverá estar pronta dentro de menos de dois anos, mas por enquanto os insuficientes renais são tratados em Portugal, onde estão cerca de 80 cabo-verdianos.
Segundo um protocolo entre os dois países assinado em Abril, a unidade de hemodiálise da capital cabo-verdiana deverá estar operacional dentro de dois anos, comprometendo-se Portugal a ajudar no financiamento e no apoio técnico do centro, que deverá ter capacidade para 90 doentes.
O protocolo assinado em Abril também previa a criação de uma comissão mista, que esta semana se reuniu pela primeira vez, na Cidade da Praia, concluindo pela necessidade de adquirir duas máquinas de diálise por osmose inversa a serem instaladas na Cidade da Praia e no Mindelo, para acudir a casos urgentes.
As duas partes consideraram também necessário encontrar formas de acelerar os processos administrativos conducentes ao transporte e tratamento de doentes em Portugal, e decidiram que deverá ser iniciada a formação de quatro enfermeiros.
A comissão, da qual faz parte o director do serviço de nefrologia do Hospital de Santa Maria, António Gomes da Costa, visitou o hospital da Praia e as futuras instalações do serviço de hemodiálise e inteirou-se das leis e qualidade da água em Cabo Verde.
Um serviço de hemodiálise, a par de um de oncologia, são os "grandes desafios" dos próximos tempos do Ministério da Saúde, disse o ministro Basílio Ramos após a reunião final da comissão, garantindo que da parte da Cabo Verde tudo será feito para que o serviço de nefrologia esteja funcional em dois anos.
"Desde a independência que temos recebido de Portugal um apoio solidário de grande valor e que tem permitido salvar milhares de vidas", frisou Basílio Ramos.
Só no Hospital de Santa Maria estão actualmente 19 cabo-verdianos a fazer hemodiálise, a maior parte da Ilha de Santiago mas também de S. Vicente, Fogo e Brava, disse António Gomes da Costa.
O responsável português chamou a atenção para os casos sociais graves decorrentes de serem muitas pessoas sem qualquer ligação a Portugal e que não estão integradas, vivendo muitas vezes em condições difíceis.
"Estão a manter vivas pessoas oferecendo-lhe pouco da vida", salientou o nefrologista, considerando por isso fundamental a criação do serviço de hemodiálise em Cabo Verde.
O responsável disse também à Lusa que se mostrou disponível para serem feitos em Portugal transplantes com dadores vivos, lembrando que em Cabo Verde é mais fácil tendo em conta que as famílias são geralmente numerosas.
Os cuidados de hemodiálise são a terceira causa de transferência de doentes para Portugal.
lusa
Uma comissão composta por especialistas portugueses e cabo-verdianos sugeriu hoje que Cabo Verde adquira duas unidades móveis de hemodiálise, para fazer face a casos graves até ser instalado um serviço de nefrologia na Cidade da Praia.
Portugal vai apoiar Cabo Verde na instalação da primeira unidade de hemodiálise no país, que deverá estar pronta dentro de menos de dois anos, mas por enquanto os insuficientes renais são tratados em Portugal, onde estão cerca de 80 cabo-verdianos.
Segundo um protocolo entre os dois países assinado em Abril, a unidade de hemodiálise da capital cabo-verdiana deverá estar operacional dentro de dois anos, comprometendo-se Portugal a ajudar no financiamento e no apoio técnico do centro, que deverá ter capacidade para 90 doentes.
O protocolo assinado em Abril também previa a criação de uma comissão mista, que esta semana se reuniu pela primeira vez, na Cidade da Praia, concluindo pela necessidade de adquirir duas máquinas de diálise por osmose inversa a serem instaladas na Cidade da Praia e no Mindelo, para acudir a casos urgentes.
As duas partes consideraram também necessário encontrar formas de acelerar os processos administrativos conducentes ao transporte e tratamento de doentes em Portugal, e decidiram que deverá ser iniciada a formação de quatro enfermeiros.
A comissão, da qual faz parte o director do serviço de nefrologia do Hospital de Santa Maria, António Gomes da Costa, visitou o hospital da Praia e as futuras instalações do serviço de hemodiálise e inteirou-se das leis e qualidade da água em Cabo Verde.
Um serviço de hemodiálise, a par de um de oncologia, são os "grandes desafios" dos próximos tempos do Ministério da Saúde, disse o ministro Basílio Ramos após a reunião final da comissão, garantindo que da parte da Cabo Verde tudo será feito para que o serviço de nefrologia esteja funcional em dois anos.
"Desde a independência que temos recebido de Portugal um apoio solidário de grande valor e que tem permitido salvar milhares de vidas", frisou Basílio Ramos.
Só no Hospital de Santa Maria estão actualmente 19 cabo-verdianos a fazer hemodiálise, a maior parte da Ilha de Santiago mas também de S. Vicente, Fogo e Brava, disse António Gomes da Costa.
O responsável português chamou a atenção para os casos sociais graves decorrentes de serem muitas pessoas sem qualquer ligação a Portugal e que não estão integradas, vivendo muitas vezes em condições difíceis.
"Estão a manter vivas pessoas oferecendo-lhe pouco da vida", salientou o nefrologista, considerando por isso fundamental a criação do serviço de hemodiálise em Cabo Verde.
O responsável disse também à Lusa que se mostrou disponível para serem feitos em Portugal transplantes com dadores vivos, lembrando que em Cabo Verde é mais fácil tendo em conta que as famílias são geralmente numerosas.
Os cuidados de hemodiálise são a terceira causa de transferência de doentes para Portugal.
lusa