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Câmara municipal das Caldas da Rainha adquire obra gráfica de Rafael Bordalo Pinheiro
A Câmara de Caldas da Rainha adquiriu hoje a obra gráfica de Rafael Bordalo Pinheiro e mais de dois mil postais ilustrados da cidade nos séculos XVIII a XX, que faziam parte da colecção de um particular.
"Não quisemos perder a oportunidade de adquirir um conjunto de documentos únicos e valiosos que seria difícil voltar a reunir, porque corria o risco de se dispersar e sair de Caldas da Rainha", disse à agência Lusa a vereadora da cultura da autarquia, Maria da Conceição Pereira.
A colecção integra toda a obra gráfica do artista Rafael Bordalo Pinheiro, 2500 postais ilustrados, editados desde 1788 até às últimas décadas do século XX, e ainda 232 objectos de colecção, entre livros, ilustrações de caricaturas, publicações periódicas e manuscritos, que foram oferecidas pelo coleccionador à Biblioteca Municipal de Caldas da Rainha.
Do espólio, adquirido por 59 mil euros, constam "bilhetes postais, ilustrações, livros, folhetos, publicações periódicas onde Bordalo Pinheiro escreveu e outros documentos que falam dele", precisou o coleccionador Vasco Trancoso.
Segundo este, a colecção "perdeu-se durante o século XX" e veio a ser recuperada "ao longo de 25 anos junto de alfarrabistas, comerciantes de postais e de manuscritos e leilões".
A colecção possui "exemplares muito valiosos e aparentemente ��nicos", alguns dos quais não se encontram na Biblioteca Nacional e no Museu Bordalo Pinheiro, em Lisboa.
É o caso de um manuscrito de um autor anónimo, citado nos anos 30 pelo historiador Augusto Silva Carvalho e que teve como primeiros proprietários o Conde de Almajão e, posteriormente, José Salema Garção, possuidor de uma das mais valiosas bibliotecas do país, leiloada na década de 80 do século XX.
O documento, que não existe na Biblioteca Nacional, "descreve Caldas da Rainha e o seu hospital termal no final do século XVIII".
Ao fim de 14 anos de pesquisas, em 1997 foi vendido num leilão a Vasco Trancoso por 1000 euros.
Igualmente importantes e "raras" são as publicações "Progresso", "Álbum caldense", "Cavacos das Caldas", "Besouro", "Mosquito" e "Psit" (as três últimas editadas no Brasil), para as quais Bordalo Pinheiro chegou a escrever.
Para Maria da Conceição Pereira, trata-se de "uma vasta biblioteca bordaliana" que permitirá "enriquecer" a Biblioteca Municipal, onde a colecção irá estar disponível aos investigadores e no futuro poderá vir a ser exposta.
Lusa
A Câmara de Caldas da Rainha adquiriu hoje a obra gráfica de Rafael Bordalo Pinheiro e mais de dois mil postais ilustrados da cidade nos séculos XVIII a XX, que faziam parte da colecção de um particular.
"Não quisemos perder a oportunidade de adquirir um conjunto de documentos únicos e valiosos que seria difícil voltar a reunir, porque corria o risco de se dispersar e sair de Caldas da Rainha", disse à agência Lusa a vereadora da cultura da autarquia, Maria da Conceição Pereira.
A colecção integra toda a obra gráfica do artista Rafael Bordalo Pinheiro, 2500 postais ilustrados, editados desde 1788 até às últimas décadas do século XX, e ainda 232 objectos de colecção, entre livros, ilustrações de caricaturas, publicações periódicas e manuscritos, que foram oferecidas pelo coleccionador à Biblioteca Municipal de Caldas da Rainha.
Do espólio, adquirido por 59 mil euros, constam "bilhetes postais, ilustrações, livros, folhetos, publicações periódicas onde Bordalo Pinheiro escreveu e outros documentos que falam dele", precisou o coleccionador Vasco Trancoso.
Segundo este, a colecção "perdeu-se durante o século XX" e veio a ser recuperada "ao longo de 25 anos junto de alfarrabistas, comerciantes de postais e de manuscritos e leilões".
A colecção possui "exemplares muito valiosos e aparentemente ��nicos", alguns dos quais não se encontram na Biblioteca Nacional e no Museu Bordalo Pinheiro, em Lisboa.
É o caso de um manuscrito de um autor anónimo, citado nos anos 30 pelo historiador Augusto Silva Carvalho e que teve como primeiros proprietários o Conde de Almajão e, posteriormente, José Salema Garção, possuidor de uma das mais valiosas bibliotecas do país, leiloada na década de 80 do século XX.
O documento, que não existe na Biblioteca Nacional, "descreve Caldas da Rainha e o seu hospital termal no final do século XVIII".
Ao fim de 14 anos de pesquisas, em 1997 foi vendido num leilão a Vasco Trancoso por 1000 euros.
Igualmente importantes e "raras" são as publicações "Progresso", "Álbum caldense", "Cavacos das Caldas", "Besouro", "Mosquito" e "Psit" (as três últimas editadas no Brasil), para as quais Bordalo Pinheiro chegou a escrever.
Para Maria da Conceição Pereira, trata-se de "uma vasta biblioteca bordaliana" que permitirá "enriquecer" a Biblioteca Municipal, onde a colecção irá estar disponível aos investigadores e no futuro poderá vir a ser exposta.
Lusa