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Câmara do Seixal promete instalações no centro histórico para os Tocá Rufar

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Out 11, 2006
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O presidente da câmara do Seixal (CDU) afirmou que o grupo de percussão Tocá Rufar, cujas instalações e instrumentos foram destruídos na terça-feira por um incêndio, vai instalar-se no centro histórico da cidade, num espaço cedido pela autarquia.

Alfredo Monteiro afirmou na quinta-feira à noite, numa sessão de apresentação das obras na frente ribeirinha do Seixal, que «o grupo vai mudar-se para o núcleo antigo dentro de 15 dias, para instalações cedidas pela câmara».

«Este é um projecto de dimensão nacional, é daqui, nasceu aqui, tem uma função cultural e social inestimável. Entendemos que era urgente encontrar uma solução de apoio para que o trabalho do grupo não parasse», disse o autarca.

A medida, acrescentou, «vai também ser de interesse para o núcleo antigo e para a animação da zona».

O incêndio que destruiu na terça-feira as instalações e os instrumentos do grupo de percussão Tocá Rufar causou danos superiores a um milhão de euros, disse à agência Lusa o fundador do projecto, Rui Júnior.

O incêndio deflagrou na terça-feira à tarde no pavilhão dos Tocá Rufar, no Parque Industrial do Seixal, e foi combatido por várias corporações de Bombeiros do distrito de Setúbal.

De acordo com Rui Júnior, na origem do incêndio terá estado a reparação dos telhados de pavilhões do complexo industrial que implicaram trabalhos de soldadura, que atearam pequenos fogos nos espaços dos Tocá Rufar.

No incêndio ficaram destruídos cerca de dois mil bombos, 15 computadores e todo o acervo de arquivo histórico do grupo, nomeadamente mais de 400 cassetes de gravações do projecto.

Rui Júnior referiu que já foi accionada uma acção para determinar quem foram os responsáveis pelo incêndio.

O músico criou os Tocá Rufar em 1996 a partir de um convite para a Expo'98, mas desde então o projecto alargou-se para uma componente de divulgação da percussão portuguesa, sobretudo do bombo.

O projecto tem hoje mais de oito mil sócios e praticantes, de todas as idades, que tentam dar visibilidade ao «ancestral bombo» e a outros instrumentos de percussão tradicionais portugueses.

Lusa/SOL

 
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