BRASIL - Rogério Ceni disse adeus aos relvados

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Rogério Ceni disse adeus aos relvados

Guarda-redes mais goleador da história do futebol (131 golos), e com mais jogos disputados pelo mesmo clube (1237 encontros), Rogério Ceni, despediu-se dos relvados na noite de sexta-feira (madrugada deste sábado em Lisboa), com 60 mil espetadores a renderem-lhe homenagem no Estádio Morumbi, em São Paulo.

Aos 42 anos anos, Ceni disse adeus e colocou ponto final numa carreira de 25 anos, sempre com a camisola do ‘tricolor’ (São Paulo), perante uma plateia emocionada, assim como o próprio futebolista, que deixou um pedido expresso: quando falecer, quer as suas cinzas espalhadas no relvado do Morumbi.

Antigas glórias do São Paulo, como Raí, Zetti e Cafú estiveram presentes no encontro de homenagem ao ícone que marcou mais do que uma geração nas balizas e no futebol mundial, pela singularidade de ser um especialista na cobrança de grandes penalidades e livres, e fazer questão de o demonstrar a cada jogo… mesmo sendo guarda-redes.

Rogério Ceni está no Guinness Livro dos Recordes como o guardião com mais golos apontados na carreira: 131, dos quais 69 de grande penalidade, 61 de livre e, a exceção, ainda um de jogada corrida.

Mas são os 1237 jogos seguidos pelo seu clube de sempre, numa fidelidade ao emblema que cada vez mais escasseia nos tempos modernos, que lhe conferem outro registo no Guinness, o de mais jogos por um só clube, o São Paulo, pelo qual venceu tudo (até o Mundial de clubes, com Paulo Autuori).

Rogério Ceni já é mais que inspiração: é lenda. Por isso, a direção do São Paulo anunciou a retirada da camisola com o número um, que o ‘goleiro’ dignificou: não mais será atribuída a jogador algum. Ou não tenha sido símbolo maior do clube.