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Brasil goleia Guiné por 4 a 1 com gols de negros e 'samba' na cara do racismo

Roter.Teufel

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Brasil goleia Guiné por 4 a 1 com gols de negros e 'samba' na cara do racismo

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Pela primeira vez na história, o Brasil jogou de preto como símbolo do combate ao racismo. Mas pretos também foram os gols da seleção brasileira contra Guiné neste sábado (17), no estádio Cornellà-El Prat, em Barcelona, na mesma Espanha que foi palco de ataques racistas a Vinicíus Júnior, hoje camisa 10 da canarinha, no mês passado.

O time comandado interinamente por Ramon Menezes venceu os africanos por 4 a 1, com gols de quatro jogadores negros: o volante estreante Joéliton, o atacante Rodrygo e o zagueiro Éder Militão, além do protagonista da noite, Vinícius Júnior. Do lado de lá, Guirassy descontou. Esta foi a primeira vitória da Seleção após a Copa do Mundo e a saída do ex-treinador Tite. Em março, os pentacampeões perderam para o Marrocos.

O Brasil volta a campo na próxima terça-feira (20), contra Senegal, em Portugal.

Mais um caso de racismo

Nem toda a pauta antirracista do amistoso evitou uma confusão provocada justamente pelo racismo no estádio. Felipe Silveira, negro, de 27 anos, e também amigo de infância e hoje assessor de Vinicius Junior, disse ter sido vítima de um ato racista ao ser revistado na entrada. Ele afirma que um segurança que trabalhava na arena mostrou uma banana a ele e falou: "Mãos para cima, essa é minha pistola para você".

Imediatamente, Felipe e outros três membros da equipe de Vini Jr que estavam com ele se revoltaram e chamaram a polícia. A partir disso, foi iniciada uma confusão, testemunhada pelo ge.globo. A reportagem afirma que viu a banana no bolso do segurança.

O caso segue em apuração. Há câmeras de segurança no local, e o estafe de Vini Jr pede que as imagens gravadas sejam analisadas. A equipe do jogador diz que irá procurar as autoridades policiais de Barcelona para formalizar uma denúncia após o jogo.

Primeiro tempo

A Seleção Brasileira foi superior no primeiro tempo. Brilhou a estrela do estreante Joelinton, que foi oportunista e abriu o placar, aos 26 minutos. Rodrygo fez valer o apelido de "raio" e ampliou, aos 29, após uma veloz roubada de bola. Foi apenas seu segundo gol em 14 jogos pelo time principal. Guiné encontrou um gol em jogada aérea, com Guirassy superando a marcação de Marquinhos e de Ayrton Lucas para descontar, aos 35.

Segundo tempo

O Brasil voltou do intervalo vestindo a tradicional camisa amarela, mas manteve o ímpeto de jogo. Logo no primeiro minuto, o zagueiro Éder Militão recebeu cruzamento na medida de Lucas Paquetá e subiu mais que todo mundo para aumentar a contagem. Aos 31, Sylla recebeu na área e forçou Ederson a fazer importante defesa com os pés. O Brasil respondeu o susto dois minutos depois, mas Richarlison, cara a cara com Ibrahim Koné, esperou uma eternidade para tomar uma decisão.

Faltava o protagonista do espetáculo aparecer em cena. As cortinas abriram para Vini dar uma "palinha" do que sabe aos 38. Ele recebeu na ponta esquerda, bailou diante da defesa guineana - e da torcida que o hostilizou em maio - e quase marcou um golaço.

Aos 40, porém, não teve jeito. O craque brasileiro estava predestinado a sambar na cara do racismo. Ele converteu o pênalti sofrido por Malcom e calou os racistas espanhóis. Aos 46, foi substituído e saiu aplaudido de campo.


Jornal do Brasil
 
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