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Brasil desencadeia a maior operação da sua história contra o crime organizado
Em causa está uma gigantesca operação contra um esquema de adulteração de combustíveis que rendeu milhares de milhões de euros ao PCC, Primeiro Comando da Capital.
Naquela que já é considerada a maior ação conjunta da história do Brasil contra o crime organizado, inúmeros órgãos policiais, da justiça e da fiscalização económica desencadearam esta quinta-feira uma gigantesca operação contra um esquema de adulteração de combustíveis que rendeu milhares de milhões de euros ao PCC, Primeiro Comando da Capital, a maior fação criminosa de São Paulo e do país. A operação, com particular ênfase no estado de São Paulo, estende-se ainda por outros sete, Goiás, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina.
Mais de 1400 agentes da Polícia Federal e de corporações policiais estaduais saíram antes do amanhecer para cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão contra 350 alvos, entre eles executivos do mercado financeiro supostamente acima de qualquer suspeita. Além dos polícias, participam na ação membros do Ministério Público de São Paulo, do Ministério Público Federal, da Receita Federal (Fisco) e da Agência Nacional de Petróleo, com a ajuda de autoridades regionais e locais.
Somente com a sonegação fiscal, o esquema comandado pela temida organização criminosa paulista ganhou pelo menos 1206 milhões de euros. Mas estima-se que esse esquema de produção e venda de combustíveis adulterados tenha movimentado mais de 9682 milhões de euros, rendendo à fação mais de quatro vezes mais do que todo o tráfico de droga.
De acordo com os dados já divulgados esta quinta-feira, parte desse montante estratosférico foi enviado para 40 fundos de investimento e lavados em aquisições de empresas legais. Esses fundos controlados pelo PCC, que funcionavam na elegante Avenida Brigadeiro Faria Lima, em São Paulo, maior centro financeiro da América Latina, lavaram pelo menos 4761 milhões de euros do esquema.
O PCC operava em todo o sistema de combustíveis, desde a importação de produtos químicos à produção de cana de açúcar, adulterava principalmente gasolina e vendia-a em milhares de postos pelo Brasil, 2500 deles somente na cidade de São Paulo e cidades do interior paulista. Em alguns desses postos, do combustível que os motoristas colocavam nos tanques dos seus veículos, só 10% era efetivamente gasolina, sendo o restante produtos químicos comuns na indústria mas que em hipótese alguma deveriam ser usados para a produção de combustível.
A investigação que culminou com a megaoperação desta quinta-feira começou há um ano e apurou pormenores terríveis. Entre eles, que criminosos do PCC adquiriram muitos postos de combustíveis, refinarias e propriedades de cana pela força, obrigando os legítimos donos a passar a propriedade para a fação sob a ameaça de morte para eles e as suas famílias e sem receberem um tostão.
Correio da Manhã

Em causa está uma gigantesca operação contra um esquema de adulteração de combustíveis que rendeu milhares de milhões de euros ao PCC, Primeiro Comando da Capital.
Naquela que já é considerada a maior ação conjunta da história do Brasil contra o crime organizado, inúmeros órgãos policiais, da justiça e da fiscalização económica desencadearam esta quinta-feira uma gigantesca operação contra um esquema de adulteração de combustíveis que rendeu milhares de milhões de euros ao PCC, Primeiro Comando da Capital, a maior fação criminosa de São Paulo e do país. A operação, com particular ênfase no estado de São Paulo, estende-se ainda por outros sete, Goiás, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina.
Mais de 1400 agentes da Polícia Federal e de corporações policiais estaduais saíram antes do amanhecer para cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão contra 350 alvos, entre eles executivos do mercado financeiro supostamente acima de qualquer suspeita. Além dos polícias, participam na ação membros do Ministério Público de São Paulo, do Ministério Público Federal, da Receita Federal (Fisco) e da Agência Nacional de Petróleo, com a ajuda de autoridades regionais e locais.
Somente com a sonegação fiscal, o esquema comandado pela temida organização criminosa paulista ganhou pelo menos 1206 milhões de euros. Mas estima-se que esse esquema de produção e venda de combustíveis adulterados tenha movimentado mais de 9682 milhões de euros, rendendo à fação mais de quatro vezes mais do que todo o tráfico de droga.
De acordo com os dados já divulgados esta quinta-feira, parte desse montante estratosférico foi enviado para 40 fundos de investimento e lavados em aquisições de empresas legais. Esses fundos controlados pelo PCC, que funcionavam na elegante Avenida Brigadeiro Faria Lima, em São Paulo, maior centro financeiro da América Latina, lavaram pelo menos 4761 milhões de euros do esquema.
O PCC operava em todo o sistema de combustíveis, desde a importação de produtos químicos à produção de cana de açúcar, adulterava principalmente gasolina e vendia-a em milhares de postos pelo Brasil, 2500 deles somente na cidade de São Paulo e cidades do interior paulista. Em alguns desses postos, do combustível que os motoristas colocavam nos tanques dos seus veículos, só 10% era efetivamente gasolina, sendo o restante produtos químicos comuns na indústria mas que em hipótese alguma deveriam ser usados para a produção de combustível.
A investigação que culminou com a megaoperação desta quinta-feira começou há um ano e apurou pormenores terríveis. Entre eles, que criminosos do PCC adquiriram muitos postos de combustíveis, refinarias e propriedades de cana pela força, obrigando os legítimos donos a passar a propriedade para a fação sob a ameaça de morte para eles e as suas famílias e sem receberem um tostão.
Correio da Manhã