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Bosque nativo trava eucaliptais

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Bosque nativo trava eucaliptais

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Águeda. Proteger floresta contra incêndios

A regeneração de um bosque nativo na zona serrana da freguesia de Belazaima do Chão, dinamizada pelo Núcleo Regional de Aveiro da Quercus, vai ganhar novo impulso com a adesão da Câmara de Águeda e da empresa Silvicaima, parceiros que aceitaram financiar o projecto Cabeço Santo.

A intervenção ecológica foi iniciada em 2006 após o grande incêndio que atingiu a área. Os ambientalistas adquiriram então parte do terreno e delinearam um plano de reflorestação, que excluiu a flora invasora. Com o objectivo de salvaguardar a floresta autóctone, ameaçada por espécies de crescimento rápido e pragas, a opção de reflorestação incidiu em espécies nativas. O carvalho-roble, espécie arbórea dominante na região, tem sido relegado a exemplares isolados e dispersos que escaparam às plantações de eucaliptos, fomentadas pela grande procura da indústria de celulose. Por outro lado, espécies exóticas, sobretudo acácias, que ocuparam os ecossistemas mais preciosos junto dos cursos de água, têm criado manchas invasoras.

A criação do bosque nativo tem sido feita ao longo destes dois anos em vários campos de trabalho de educação ambiental com recurso a voluntários, incluindo escolas locais. De acordo com o biólogo Paulo Domingues, coordenador das actividades, pretende-se a médio prazo iniciar a recuperação das áreas de conservação da Silvicaima e de um corredor de dois quilómetros junto ao ribeiro de Belazaima, entre o Feridouro e Belazaima-a-Velha.

A Silvicaima e a Quercus já colaboravam "no terreno", mas a parceria agora formalizada ajudará a financiar trabalhos indispensáveis a cargo de equipas profissionais. A Quercus espera ter condições para alargar o projecto a áreas de outros proprietários "com os quais se procurarão estabelecer acordos de usufruto ou outras formas de cedência do direito de intervenção".

A disseminação de árvores no Cabe-ço Santo levou à reflorestação com carvalho-americano, cerejeira-brava, pinheiro, cedro e cipreste. Os arbustos são cultivados em viveiro para posterior plantação e a fauna silvestre é auxiliada pela colocação de ninhos artificiais. O concelho de Águeda, sobretudo a zona serrana, é um dos que apresentam maior fracção de solo não agrícola ocupado por eucaliptos.|


JÚLIO ALMEIDA
DN Online
 
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