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O presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, que nega a gravidade da pandemia de Coronavírus e se opõe firmemente às medidas de quarentena adotadas por governadores de vários estados e autarcas de inúmeras cidades pelo Brasil, ameaçou acabar com essas medidas de isolamento social através de um decreto. Segundo ele, todos morreremos um dia, e a economia do país não pode continuar paralisada.
"Estou com vontade de baixar um decreto. Toda e qualquer profissão legalmente existente ou aquela que é voltada para a informalidade, se for necessária para levar sustento para seus filhos, para levar um leite para seus filhos, para levar arroz e feijão para sua casa, vai poder trabalhar", disse Bolsonaro a simpatizantes aglomerados junto ao portão do Palácio da Alvorada, a residência oficial em Brasília, contrariando recomendações da Organização Mundial da Saúde e do seu próprio ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que já ameaçou demitir por ele defender o isolamento da população como forma de conter o ritmo do avanço da pandemia, que até às 07 e 30 desta segunda-feira (10 e 30 em Lisboa) infetou 4317 brasileiros e matou 139.
Ao defender o fim do isolamento, Jair Bolsonaro, que alega que as medidas restritivas têm como finalidade atingir o seu governo, ignora estudos divulgados pelo Ministério da Saúde de que, sem isolamento social, os casos de Coronavírus no Brasil duplicarão a cada três dias, e que o número de mortes será inimaginável. E disparou, para euforia dos fanáticos que o rodeavam, como costuma ocorrer diariamente quando sai e quando volta ao palácio, que os governadores de estado e os autarcas têm de enfrentar o Coronavírus "como homens", pois, acrescentou, todos nós morreremos um dia.
"Enfrentem o vírus como homens, não como moleques (miúdos), pô! Vamos enfrentar o vírus com realismo, todos nós vamos morrer um dia."-Bradou para delírio dos simpatizantes antes de entrar no palácio.
IN:CM