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Roter.Teufel

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Bolsonaro acusa tribunal eleitoral de receber "luvas" dos EUA para forjar eleição de Lula em 2022

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Novos ataques de Bolsonaro à justiça eleitoral brasileira surgem no seguimento das declarações de Elon Musk sobre a eleição de Lula da Silva.

Interrompendo quase um ano de discursos mais moderados, e até de períodos de silêncio depois de ter sido tornado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ex-presidente Jair Bolsonaro acusou a instância máxima da justiça eleitoral brasileira de ter sido paga pelos EUA para forjar a vitória de Lula da Silva, nas presidenciais de 2022. As acusações foram feitas este sábado, sem a apresentação de qualquer provam num direto com brasileiros radicados nos Estados Unidos e próximos ao novo presidente daquele país, Donald Trump.

Ao lado do filho Eduardo Bolsonaro, o ex-presidente brasileiro afirmou que os EUA, então governados pelo democrata Joe Biden, pagaram ao TSE para darem a vitória a Lula de qualquer jeito, e acrescentou que só foi possível porque o tribunal forjou dois milhões de votos, dados supostamente a Lula por jovens eleitores, exactamente a diferença com que o hoje chefe de Estado venceu.

Na época das presidenciais de 2022 o TSE era presidido pelo juiz Alexandre de Moraes, que Bolsonaro considera seu inimigo pessoal e o pior adversário que já enfrentou. Menos de dois anos depois, Alexandre de Moraes condenaria o antigo governante brasileiro por ataques ao sistema eleitoral, tornando-o inelegível até 2030.

“Se o TSE, que devia fiscalizar, usou recursos de fora para fazer esse tipo de campanha, eu não sei o que mais vai acontecer aqui [no Brasil]”, declarou Bolsonaro, acrescentando que, além da fraude para mudar o resultado real das presidenciais, o TSE censurou-o o tempo inteiro durante a campanha eleitoral. “Não pude mostrar o Lula numa favela tomada pelo tráfico onde ele entra sem segurança alguma, não podia dizer que o Lula apoia o aborto nem que é amigo de ditadores pelo mundo", afirmou Bolsonaro.

Os novos ataques de Jair Bolsonaro contra o TSE, as urnas e o juiz Alexandre de Moraes, que já não é o presidente da justiça eleitoral mas comanda todos os processos contra o ex-presidente no STF, Supremo Tribunal Federal, ocorrem num momento muito delicado, a dias da esperada denúncia contra o procurador-geral da República, Paulo Gonet, por suspeita de tentativa de golpe de Estado, em 2022, para se manter no poder após a derrota nas presidenciais.

Em novembro do ano passado, a Polícia Federal incriminou Bolsonaro e mais 39 suspeitos, entre generais, ex-ministros e assessores, por planearem dar um golpe de Estado, e o STF encaminhou dias depois o processo para as mãos do procurador Gonet. Fontes da Procuradoria-Geral da República avançaram, esta semana, que a decisão de denunciar ou não o antigo presidente à justiça deve ser divulgada até ao próximo dia 28 deste mês.

Os novos ataques de Bolsonaro à justiça eleitoral brasileira estão em consonância com declarações feitas no passado dia 12, em Washington, pelo multimilionário e agora secretário do Departamento de Eficiência Governamental dos EUA, Elon Musk, num ataque que aparentemente pretendeu atingir tanto Lula da Silva, como Joe Biden. Em resposta a um jornalista, Musk afirmou que o que ele chamou de “Deep State” dos EUA pagou para garantir a eleição de Lula da Silva, em 2022, e afastar a possibilidade de Bolsonaro se manter no cargo. O multimilionário também não mostrou qualquer prova.

Correio da Manhã
 
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