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[h=1]Big Brother na floresta[/h] Câmeras instaladas em ninhos acompanham o cotidiano do papagaio-de-cara-roxa, animal ameaçado de extinção. Dados sobre interação e comportamento da espécie ajudam a elaborar medidas de conservação.
Filhotes de papagaio-de-cara-roxa em ninho artificial de madeira instalado na Ilha Rasa (PR). As aves têm aproximadamente 50 dias de vida – com 60 estarão prontas para deixar o ninho pela primeira vez. (foto: Arquivo SPVS)
Papagaios-de-cara-roxa (Amazona brasiliensis) que vivem na região de Ilha Rasa, no litoral do Paraná, passaram a ser monitorados por câmeras. Os equipamentos, colocados em ninhos artificiais, ajudam pesquisadores da organização não-governamental Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS) a compreender melhor as fases de desenvolvimento da espécie para protegê-la de ameaças à sua conservação.
A espécie é endêmica da mata atlântica (ver ‘Cara-roxa’) e está ameaçada de extinção. Segundo a bióloga Elenise Sipinski, coordenadora do projeto, os videos já ajudaram a desvendar detalhes sobre o comportamento da ave. Descobriu-se, por exemplo, que a fêmea permanece no ninho por aproximadamente 15 dias após o nascimento dos filhotes.
Durante esse tempo, o macho é responsável por alimentar a fêmea e a ninhada. “Depois de 30 dias, a fêmea deixa o ninho”, conta Sipinski. “Os filhotes passam então a receber menos comida, preparando-se para o primeiro voo, que acontece cerca de 60 dias após o nascimento”, complementa.
Imagem capturada por câmera instalada dentro de ninho artificial mostra um macho alimentando a fêmea, que permanece no ninho para cuidar dos filhotes. (foto: Arquivo SPVS) Todas as informações obtidas ajudam a equipe a construir um banco de dados sobre os hábitos da espécie. A partir daí, os pesquisadores analisam a eficiência dos ninhos, confeccionados em madeira para substituir as estruturas naturais destruídas com o tempo.
“Por enquanto, as imagens não apontaram qualquer problema com os ninhos. Ao que tudo indica, eles estão funcionando bem para a ave”, afirma a bióloga. Caso os vídeos revelem algum problema, como uma doença no animal, por exemplo, os pesquisadores estão preparados para tomar providências.
As câmeras foram posicionadas dentro e fora de 40 ninhos, e a gravação das imagens ocorre durante o período de reprodução da espécie, que vai de setembro a março. De acordo com Sipinski, a meta agora é conseguir mais recursos para ampliar o projeto e instalar câmeras em outros 40 ninhos, construídos de PVC, que já estão sendo usados pelos pássaros.
Filhote com aproximadamente 40 dias de vida. Os animais são monitorados por pesquisadores da SPVS. (foto: Arquivo SPVS)
[h=3]Em extinção[/h] Segundo estudos da SPVS, há hoje cerca de 6,5 mil papagaios-de-cara-roxa na faixa litorânea em que a espécie ocorre, entre o sul de São Paulo e o norte de Santa Catarina. Esse número deve diminuir se não houver ações de preservação.
Entre as principais ameaças à sobrevivência da espécie estão a destruição do hábitat, em consequência da derrubada excessiva de árvores, e o comércio ilegal da ave.
Cara-roxa
O papagaio-de-cara-roxa, também conhecido como chauá, tem comprimento médio de 36 cm, as penas das costas com bordas amarelas e a testa vermelha. Alimenta-se de frutos, folhas e flores, e é uma espécie monogâmica, ou seja, passa a vida toda com um único parceiro. Se a ave tiver seu par roubado por traficantes de animais, por exemplo, pode demorar muito a encontrar outro para reprodução. Endêmica da mata atlântica, a espécie é considerada bioindicadora, por ser sensível às alterações do ambiente – sua presença demonstra a boa qualidade do ecossistema local.
Filhotes em um ninho natural na Ilha Rasa (PR). Ambos têm 58 dias e estão prestes a voar pela primeira vez. (foto: Arquivo SPVS)
Ciência Hoje
[h=1]Imagens de dentro do ninho…[/h]
Durante o período reprodutivo do papagaio-de-cara-roxa, de setembro a março, a equipe do projeto acompanha o que ocorre dentro e fora de um ninho artificial de madeira através de câmeras.
Logo colocaremos mais imagens de dentro dos ninhos!!!
Similar às câmeras de segurança, uma é posicionada fora e outra dentro do ninho, de modo a não perturbar o casal e os filhotes. Apesar de pequena, elas filmam 24horas por dia o comportamento dos pais fora e dentro do ninho e todas as fases de desenvolvimento dos filhotes. Essas imagens são gravadas em um HD de computador e assistidas pela equipe.
As imagens internas mostram aspectos curiosos e até emocionantes da vida dos papagaios, como a postura do primeiro ovo, o nascimento dos filhotes, o momento em que os pais os tratam, as interações entre eles e a tão esperada saída do ninho. Essas informações também são importantes cientificamente, permitindo o conhecimento de comportamentos dessa espécie.
[Show as slideshow]
Quer ver algumas imagens gravadas no início desse período reprodutivo?
Primeiro filhote saindo do ovo!
Adulto alimentando o filhote recém-nascido.
Adulto sai do ninho e os três filhotinhos ficam dormindo juntinhos para não ficar com frio!
Os filhotes já estão com cerca de 15 dias!
O adulto alimentando os filhotes que já estão com cerca de 20 dias!
Filhotes de papagaio-de-cara-roxa em ninho artificial de madeira instalado na Ilha Rasa (PR). As aves têm aproximadamente 50 dias de vida – com 60 estarão prontas para deixar o ninho pela primeira vez. (foto: Arquivo SPVS)
Papagaios-de-cara-roxa (Amazona brasiliensis) que vivem na região de Ilha Rasa, no litoral do Paraná, passaram a ser monitorados por câmeras. Os equipamentos, colocados em ninhos artificiais, ajudam pesquisadores da organização não-governamental Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS) a compreender melhor as fases de desenvolvimento da espécie para protegê-la de ameaças à sua conservação.
A espécie é endêmica da mata atlântica (ver ‘Cara-roxa’) e está ameaçada de extinção. Segundo a bióloga Elenise Sipinski, coordenadora do projeto, os videos já ajudaram a desvendar detalhes sobre o comportamento da ave. Descobriu-se, por exemplo, que a fêmea permanece no ninho por aproximadamente 15 dias após o nascimento dos filhotes.
Durante esse tempo, o macho é responsável por alimentar a fêmea e a ninhada. “Depois de 30 dias, a fêmea deixa o ninho”, conta Sipinski. “Os filhotes passam então a receber menos comida, preparando-se para o primeiro voo, que acontece cerca de 60 dias após o nascimento”, complementa.
Imagem capturada por câmera instalada dentro de ninho artificial mostra um macho alimentando a fêmea, que permanece no ninho para cuidar dos filhotes. (foto: Arquivo SPVS) Todas as informações obtidas ajudam a equipe a construir um banco de dados sobre os hábitos da espécie. A partir daí, os pesquisadores analisam a eficiência dos ninhos, confeccionados em madeira para substituir as estruturas naturais destruídas com o tempo.
“Por enquanto, as imagens não apontaram qualquer problema com os ninhos. Ao que tudo indica, eles estão funcionando bem para a ave”, afirma a bióloga. Caso os vídeos revelem algum problema, como uma doença no animal, por exemplo, os pesquisadores estão preparados para tomar providências.
As câmeras foram posicionadas dentro e fora de 40 ninhos, e a gravação das imagens ocorre durante o período de reprodução da espécie, que vai de setembro a março. De acordo com Sipinski, a meta agora é conseguir mais recursos para ampliar o projeto e instalar câmeras em outros 40 ninhos, construídos de PVC, que já estão sendo usados pelos pássaros.
Filhote com aproximadamente 40 dias de vida. Os animais são monitorados por pesquisadores da SPVS. (foto: Arquivo SPVS)
[h=3]Em extinção[/h] Segundo estudos da SPVS, há hoje cerca de 6,5 mil papagaios-de-cara-roxa na faixa litorânea em que a espécie ocorre, entre o sul de São Paulo e o norte de Santa Catarina. Esse número deve diminuir se não houver ações de preservação.
Entre as principais ameaças à sobrevivência da espécie estão a destruição do hábitat, em consequência da derrubada excessiva de árvores, e o comércio ilegal da ave.
Cara-roxa
O papagaio-de-cara-roxa, também conhecido como chauá, tem comprimento médio de 36 cm, as penas das costas com bordas amarelas e a testa vermelha. Alimenta-se de frutos, folhas e flores, e é uma espécie monogâmica, ou seja, passa a vida toda com um único parceiro. Se a ave tiver seu par roubado por traficantes de animais, por exemplo, pode demorar muito a encontrar outro para reprodução. Endêmica da mata atlântica, a espécie é considerada bioindicadora, por ser sensível às alterações do ambiente – sua presença demonstra a boa qualidade do ecossistema local.
Filhotes em um ninho natural na Ilha Rasa (PR). Ambos têm 58 dias e estão prestes a voar pela primeira vez. (foto: Arquivo SPVS)
Ciência Hoje
[h=1]Imagens de dentro do ninho…[/h]
Logo colocaremos mais imagens de dentro dos ninhos!!!
Similar às câmeras de segurança, uma é posicionada fora e outra dentro do ninho, de modo a não perturbar o casal e os filhotes. Apesar de pequena, elas filmam 24horas por dia o comportamento dos pais fora e dentro do ninho e todas as fases de desenvolvimento dos filhotes. Essas imagens são gravadas em um HD de computador e assistidas pela equipe.
As imagens internas mostram aspectos curiosos e até emocionantes da vida dos papagaios, como a postura do primeiro ovo, o nascimento dos filhotes, o momento em que os pais os tratam, as interações entre eles e a tão esperada saída do ninho. Essas informações também são importantes cientificamente, permitindo o conhecimento de comportamentos dessa espécie.
[Show as slideshow]
Quer ver algumas imagens gravadas no início desse período reprodutivo?
Primeiro filhote saindo do ovo!
Adulto alimentando o filhote recém-nascido.
Adulto sai do ninho e os três filhotinhos ficam dormindo juntinhos para não ficar com frio!
Os filhotes já estão com cerca de 15 dias!
O adulto alimentando os filhotes que já estão com cerca de 20 dias!