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Barack Obama desfaz decisão de Bush sobre espécies ameaçadas

xicca

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O Presidente norte-americano orientou ontem as agências governamentais para que consultem os cientistas antes de agirem e tomarem decisões que possam prejudicar plantas e animais protegidos pela Lei das Espécies Ameaçadas norte-americana, desfazendo uma decisão que o seu antecessor, George W. Bush, tomou semanas antes de sair da Casa Branca.


Obama, um democrata que passou muito tempo das suas primeiras seis semanas na Casa Branca a desfazer políticas do seu antecessor, assinou um memorando, no qual diz que agências como o Departamento dos Transportes devem consultar os cientistas governamentais antes de avançarem com projectos que possam ameaçar plantas e animais.

A administração tinha proposto deixar essas agências decidir por si as suas actividades, como construção de auto-estradas e barragens. Segundo explica o “The New York Times”, aquela regulamentação suspendeu requisitos, segundo os quais as agências com acções prejudiciais às espécies ameaçadas deveriam consultar cientistas do Fish and Wildlife Service e do National Marine Fisheries Service e levar as suas recomendações em consideração.

Agora, a regulamentação de Bush, com data de 16 de Dezembro, será revista pelos Departamentos do Interior e do Comércio.

“Hoje assinei um memorando que vai ajudar a devolver o processo científico ao seu lugar devido no coração da Lei de Espécies Ameaçadas, um processo subestimado pelas administrações passadas”, disse entre aplausos Obama, numa visita ao Departamento do Interior, para comemorar os seus 150 anos.

“O trabalho dos cientistas e especialistas da minha administração... será respeitado. Durante mais de três décadas, a Lei de Espécies Ameaçadas tem protegido, com sucesso, a vida selvagem do nosso país e devemos procurar formas para a melhorar, não para a enfraquecer”.

Além disso, o Presidente considera “errada” a afirmação que as pessoas têm de escolher entre crescimento económico e a protecção ambiental.

Até que esta revisão esteja completa, o memorando de Obama declara que as agências governamentais devem regressar desde já à prática antiga e procurar o aconselhamento científico.

Segundo o “The New York Times”, Bill Kovacs, vice-presidente para as questões do Ambiente na Câmara do Comércio norte-americana, já condenou a decisão de Obama, considerando-a uma interferência pouco razoável com os projectos necessários. “Enquanto os verdadeiros americanos estão à procura de emprego, os burocratas de Washington debatem, por exemplo, se um projecto para uma ponte na Florida contribui para o degelo do Árctico”, criticou Kovacs.

Os republicanos no Congresso temem que a decisão de Obama implique atrasos desnecessários nos projectos financiados pelo pacote de estímulos aprovado pelo Governo.

Já os ambientalistas aplaudiram a decisão. “O anúncio de hoje marca o regresso inequívoco da ciência às agências que governam os peixes, a vida selvagem e os recursos naturais”, comentou Carl Pope, director-executivo da organização Sierra Club.




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