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Bactérias geram hidrogénio e recuperam metais de catalisadores
Protótipo do fotobiorreator, que usa luz e lixo para produzir hidrogénio e enzimas capazes de recuperar platina e paládio.[Imagem: University of Birmingham]
Pesquisadores ingleses combinaram os esforços de dois tipos de bactérias para produzir hidrogénio a partir de biomassa em um biorreactor, com o rejeito de uma bactéria fornecendo alimento para a outra.
E com um benefício adicional nada desprezível: as enzimas geradas no processo podem ser utilizadas para reciclar os metais nobres que restam nos catalisadores de automóveis depois que eles são trocados. Esses metais, principalmente platina e paládio, são úteis também na fabricação das células a combustível, que funcionam com hidrogénio.
Prós e contras do hidrogénio
O hidrogénio tem três vezes mais potencial energético por peso do que o petróleo, o que o torna o combustível com mais alto conteúdo de energia contida hoje disponível.
Ao ser utilizado como combustível para gerar electricidade nas células a combustível, o hidrogénio é totalmente não-poluente, gerando apenas água como rejeito.
Hoje, porém, esse gás somente é produzido industrialmente pela queima do gás natural, um combustível fóssil, o que tira grande parte das suas vantagens ambientais, se não todas.
Biohidrogénio
Esta é a causa do grande interesse que tem despertado a produção do chamado biohidrogénio - o hidrogénio produzido pela acção de microorganismos a partir de uma série de "fontes benignas," principalmente da biomassa.
"Há algumas circunstâncias especiais e predominantes sob as quais os microorganismos não têm forma melhor de obter energia do que liberando hidrogénio," explica o Dr. Mark Redwood, da Universidade de Birmingham. "Micróbios tais como os hetetrofos, cianobactérias, microalgas e bactérias púrpura, todos produzem biohidrogênio de diferentes formas."
Funcionamento do bioreactor
Na ausência de oxigénio, as bactérias que causam a fermentação utilizam carboidratos (açúcares) para produzir hidrogénio e ácidos. Outras, como a bactéria púrpura, utilizam a luz para produzir energia (fotossíntese) e hidrogénio para ajudá-las a quebrar moléculas de ácidos.
Essas duas reacções se encaixam perfeitamente porque as bactérias púrpura podem usar os ácidos produzidos pelas bactérias da fermentação. Foi isto o que fizeram os pesquisadores, que construíram dois biorreatores que oferecem as condições ideais para que os dois tipos de bactérias se unam para produzir o hidrogénio como produto final.
Energia do lixo
"Trabalhando conjuntamente, os dois tipos de bactérias podem produzir muito mais hidrogénio do que cada um deles sozinho," diz o professor Redwood. "Um desafio significativo para o desenvolvimento desse processo em escala industrial foi projectar um tipo de fotobiorreator que fosse barato de se construir e capaz de capturar a luz de uma grande área. Uma segunda questão é conectar o processo com uma fonte confiável de matéria-prima."
Para comercializar a nova tecnologia, os pesquisadores fundaram a empresa emergente Biowaste2energy Ltd.
Redação do Site Inovação Tecnológica
01/08/2008
Protótipo do fotobiorreator, que usa luz e lixo para produzir hidrogénio e enzimas capazes de recuperar platina e paládio.[Imagem: University of Birmingham]
Pesquisadores ingleses combinaram os esforços de dois tipos de bactérias para produzir hidrogénio a partir de biomassa em um biorreactor, com o rejeito de uma bactéria fornecendo alimento para a outra.
E com um benefício adicional nada desprezível: as enzimas geradas no processo podem ser utilizadas para reciclar os metais nobres que restam nos catalisadores de automóveis depois que eles são trocados. Esses metais, principalmente platina e paládio, são úteis também na fabricação das células a combustível, que funcionam com hidrogénio.
Prós e contras do hidrogénio
O hidrogénio tem três vezes mais potencial energético por peso do que o petróleo, o que o torna o combustível com mais alto conteúdo de energia contida hoje disponível.
Ao ser utilizado como combustível para gerar electricidade nas células a combustível, o hidrogénio é totalmente não-poluente, gerando apenas água como rejeito.
Hoje, porém, esse gás somente é produzido industrialmente pela queima do gás natural, um combustível fóssil, o que tira grande parte das suas vantagens ambientais, se não todas.
Biohidrogénio
Esta é a causa do grande interesse que tem despertado a produção do chamado biohidrogénio - o hidrogénio produzido pela acção de microorganismos a partir de uma série de "fontes benignas," principalmente da biomassa.
"Há algumas circunstâncias especiais e predominantes sob as quais os microorganismos não têm forma melhor de obter energia do que liberando hidrogénio," explica o Dr. Mark Redwood, da Universidade de Birmingham. "Micróbios tais como os hetetrofos, cianobactérias, microalgas e bactérias púrpura, todos produzem biohidrogênio de diferentes formas."
Funcionamento do bioreactor
Na ausência de oxigénio, as bactérias que causam a fermentação utilizam carboidratos (açúcares) para produzir hidrogénio e ácidos. Outras, como a bactéria púrpura, utilizam a luz para produzir energia (fotossíntese) e hidrogénio para ajudá-las a quebrar moléculas de ácidos.
Essas duas reacções se encaixam perfeitamente porque as bactérias púrpura podem usar os ácidos produzidos pelas bactérias da fermentação. Foi isto o que fizeram os pesquisadores, que construíram dois biorreatores que oferecem as condições ideais para que os dois tipos de bactérias se unam para produzir o hidrogénio como produto final.
Energia do lixo
"Trabalhando conjuntamente, os dois tipos de bactérias podem produzir muito mais hidrogénio do que cada um deles sozinho," diz o professor Redwood. "Um desafio significativo para o desenvolvimento desse processo em escala industrial foi projectar um tipo de fotobiorreator que fosse barato de se construir e capaz de capturar a luz de uma grande área. Uma segunda questão é conectar o processo com uma fonte confiável de matéria-prima."
Para comercializar a nova tecnologia, os pesquisadores fundaram a empresa emergente Biowaste2energy Ltd.
Redação do Site Inovação Tecnológica
01/08/2008