- Entrou
- Out 5, 2021
- Mensagens
- 53,729
- Gostos Recebidos
- 1,504
Autoridades moçambicanas lançam movimento de apoio a mulheres deslocadas
Agências humanitárias contabilizam pelo menos 34 mil novos deslocados só entre 20 e 25 de julho, devido a novos ataques de insurgentes em Cabo Delgado.
As autoridades da província de Cabo Delgado lançaram esta sexta-feira um movimento de angariação de bens para apoiar as mulheres deslocadas devido aos últimos ataques de grupos terroristas no norte de Moçambique.
"Quero usar desta oportunidade para lançar um movimento de angariação de bens para apoiar as mulheres deslocadas da nossa província que vêm sofrendo os últimos ataques terroristas", disse Kiriliana Mbule, diretora provincial do Género, Criança e Ação Social, durante cerimónia de celebração do Dia da Mulher Pan-Africana, na cidade de Pemba, capital provincial de Cabo Delgado.
Segundo a responsável, no âmbito do apoio, pelo menos 330 mulheres foram recentemente formadas em matérias de empreendedorismo, gestão de negócios e promoção da igualdade de género no distrito de Mocímboa da Praia, um dos afetados pelo conflito armado.
O ministro da Defesa moçambicano Cristóvão Chume admitiu, na quinta-feira, preocupação com a onda de novos ataques terroristas em Cabo Delgado, adiantando que as forças de defesa estão no terreno a perseguir os homens armados.
"Como Força de Segurança não estamos satisfeitos com o estado atual, tendo em conta que os terroristas nos últimos dias tiveram acesso às zonas mais distantes do centro de gravidade que nós assinalamos", disse Cristóvão Chume, à margem da abertura da VI.ª sessão da Comissão Conjunta Permanente de Defesa e Segurança Moçambique-Tanzânia.
O ministro garantiu que as Forças de Defesa e Segurança estão no terreno "a combater os terroristas, a perseguir os terroristas", reconhecendo que "nem sempre vai ser possível evitar-se que situações como estas", que ocorrem desde o passado dia 24 no distrito de Chiúre Velho, no norte de Moçambique, voltem a acontecer.
Segundo o governante, os últimos ataques causaram cerca de 12 mil deslocados, com as autoridades locais e organizações da sociedade civil no terreno a prestar já apoio às vítimas, sobretudo, para "minimizar o sofrimento da população".
Agências humanitárias no terreno contabilizam pelo menos 34.000 novos deslocados só entre 20 e 25 de julho, devido a novos ataques de insurgentes em Cabo Delgado, nos distritos de Chiúre, Ancuabe e Muidumbe.
A província de Cabo Delgado, rica em gás, enfrenta desde 2017 uma rebelião armada, que provocou milhares de mortos e uma crise humanitária, com mais de um milhão de pessoas deslocadas.
Pelo menos 349 pessoas morreram em ataques de grupos extremistas islâmicos no norte de Moçambique em 2024, um aumento de 36% face ao ano anterior, segundo estudo divulgado em fevereiro pelo Centro de Estudos Estratégicos de África (ACSS).
Correio da Manhã

Agências humanitárias contabilizam pelo menos 34 mil novos deslocados só entre 20 e 25 de julho, devido a novos ataques de insurgentes em Cabo Delgado.
As autoridades da província de Cabo Delgado lançaram esta sexta-feira um movimento de angariação de bens para apoiar as mulheres deslocadas devido aos últimos ataques de grupos terroristas no norte de Moçambique.
"Quero usar desta oportunidade para lançar um movimento de angariação de bens para apoiar as mulheres deslocadas da nossa província que vêm sofrendo os últimos ataques terroristas", disse Kiriliana Mbule, diretora provincial do Género, Criança e Ação Social, durante cerimónia de celebração do Dia da Mulher Pan-Africana, na cidade de Pemba, capital provincial de Cabo Delgado.
Segundo a responsável, no âmbito do apoio, pelo menos 330 mulheres foram recentemente formadas em matérias de empreendedorismo, gestão de negócios e promoção da igualdade de género no distrito de Mocímboa da Praia, um dos afetados pelo conflito armado.
O ministro da Defesa moçambicano Cristóvão Chume admitiu, na quinta-feira, preocupação com a onda de novos ataques terroristas em Cabo Delgado, adiantando que as forças de defesa estão no terreno a perseguir os homens armados.
"Como Força de Segurança não estamos satisfeitos com o estado atual, tendo em conta que os terroristas nos últimos dias tiveram acesso às zonas mais distantes do centro de gravidade que nós assinalamos", disse Cristóvão Chume, à margem da abertura da VI.ª sessão da Comissão Conjunta Permanente de Defesa e Segurança Moçambique-Tanzânia.
O ministro garantiu que as Forças de Defesa e Segurança estão no terreno "a combater os terroristas, a perseguir os terroristas", reconhecendo que "nem sempre vai ser possível evitar-se que situações como estas", que ocorrem desde o passado dia 24 no distrito de Chiúre Velho, no norte de Moçambique, voltem a acontecer.
Segundo o governante, os últimos ataques causaram cerca de 12 mil deslocados, com as autoridades locais e organizações da sociedade civil no terreno a prestar já apoio às vítimas, sobretudo, para "minimizar o sofrimento da população".
Agências humanitárias no terreno contabilizam pelo menos 34.000 novos deslocados só entre 20 e 25 de julho, devido a novos ataques de insurgentes em Cabo Delgado, nos distritos de Chiúre, Ancuabe e Muidumbe.
A província de Cabo Delgado, rica em gás, enfrenta desde 2017 uma rebelião armada, que provocou milhares de mortos e uma crise humanitária, com mais de um milhão de pessoas deslocadas.
Pelo menos 349 pessoas morreram em ataques de grupos extremistas islâmicos no norte de Moçambique em 2024, um aumento de 36% face ao ano anterior, segundo estudo divulgado em fevereiro pelo Centro de Estudos Estratégicos de África (ACSS).
Correio da Manhã