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Ataque devastador russo faz pelo menos 20 mortos
Mísseis russos atingem zonas residenciais em Donetsk e Kharkiv um dia após ataque em larga escala contra infraestruturas energéticas.
Pelo menos 20 pessoas morreram e dezenas ficaram este sábado feridas num devastador ataque russo contra as regiões de Donetsk e Kharkiv. Trata-se de um dos ataques mais mortíferos dos últimos meses e surge um dia depois de outro ataque em larga escala contra as infraestruturas energéticas ucranianas, numa altura em que a Rússia parece estar a tentar aproveitar a debilidade das defesas aéreas ucranianas devido à suspensão da ajuda militar americana, nomeadamente, ao nível da partilha de informações.
O principal alvo do ataque foi a cidade de Dobropillia, situada a cerca de 20 quilómetros da frente de combate na região de Donetsk, no Leste da Ucrânia. Vários mísseis balísticos, drones e rockets atingiram edifícios residenciais, incendiando pelo menos oito edifícios e destruindo dezenas de viaturas. Um balanço preliminar aponta para pelo menos 11 mortos e 37 feridos. A este número somam-se ainda mais três mortos na cidade de Pokrovsk, um em Myrnograd, outro em Kostyantynivka e mais um em Ivanopillya. Já na região de Kharkiv, mais a norte, há a registar a morte de pelo menos três pessoas na mesma noite.
Segundo peritos militares, a suspensão da ajuda militar dos EUA e, principalmente, a suspensão da partilha de informações e dados de satélite, poderá estar a comprometer a eficácia das defesas aéreas ucranianas, o que está a ser explorado pela Rússia, que nos últimos dias intensificou os ataques aéreos sobre várias regiões. “Estes ataques mostram que os objetivos da Rússia não se alteraram. Por isso, é crucial que todos dêmos o nosso melhor para proteger vidas, reforçar as nossas defesas e aumentar as sanções contra a Rússia. Tudo o que ajudar Putin a financiar a guerra deve colapsar”, apelou o Presidente Volodymyr Zelensky num vídeo publicado nas redes sociais.
Entretanto, a situação das forças ucranianas na região russa de Kursk parece ter-se complicado nos últimos dias, com vários relatos a indicarem que o grosso do contingente ucraniano poderá estar prestes a ficar completamente cercado após uma ofensiva russa ter conseguido cortar parte das linhas de abastecimento perto da fronteira. “A situação das forças ucranianas em Kursk é muito má”, disse um analista militar citado pela Reuters, adiantando que as tropas de Kiev poderão ter de retirar-se da região para não ficarem completamente cercadas, perdendo assim um importante trunfo territorial nas negociações com a Rússia.
“Putin está a fazer o que qualquer um faria”
Donald Trump admitiu este sábado que a Rússia pode estar a aproveitar-se da suspensão de ajuda americana à Ucrânia para intensificar os ataques russos contra o país. “Julgo que Putin está a atacá-los com mais força do que até agora. Acho que qualquer pessoa na sua posição faria o mesmo”, disse Trump, horas depois de ter ameaçado impor novas sanções e tarifas comerciais à Rússia por causa dos últimos ataques. Questionado pelos jornalistas, Trump garantiu continuar a acreditar que Putin quer acabar com a guerra, mas disse não poder afirmar o mesmo sobre a Ucrânia. “Francamente, tem sido mais difícil trabalhar com a Ucrânia do que com a Rússia. E eles não têm sequer as cartas na mão. Em termos de discutir um acordo final, acho que será mais fácil negociar com a Rússia”, sublinhou o Presidente dos EUA.
Kiev quer “diálogo construtivo” com os EUA
O Presidente ucraniano disse este sábado estar “absolutamente comprometido” em manter um “diálogo construtivo” com os EUA para a paz na Ucrânia. “A Ucrânia procura a paz desde o primeiro dia. Há propostas realistas sobre a mesa. Temos de avançar de forma rápida e decisiva”, afirmou Volodymyr Zelensky sobre a reunião de terça-feira entre negociadores ucranianos e norte-americanos em Riade, na Arábia Saudita.
Correio da Manhã

Mísseis russos atingem zonas residenciais em Donetsk e Kharkiv um dia após ataque em larga escala contra infraestruturas energéticas.
Pelo menos 20 pessoas morreram e dezenas ficaram este sábado feridas num devastador ataque russo contra as regiões de Donetsk e Kharkiv. Trata-se de um dos ataques mais mortíferos dos últimos meses e surge um dia depois de outro ataque em larga escala contra as infraestruturas energéticas ucranianas, numa altura em que a Rússia parece estar a tentar aproveitar a debilidade das defesas aéreas ucranianas devido à suspensão da ajuda militar americana, nomeadamente, ao nível da partilha de informações.
O principal alvo do ataque foi a cidade de Dobropillia, situada a cerca de 20 quilómetros da frente de combate na região de Donetsk, no Leste da Ucrânia. Vários mísseis balísticos, drones e rockets atingiram edifícios residenciais, incendiando pelo menos oito edifícios e destruindo dezenas de viaturas. Um balanço preliminar aponta para pelo menos 11 mortos e 37 feridos. A este número somam-se ainda mais três mortos na cidade de Pokrovsk, um em Myrnograd, outro em Kostyantynivka e mais um em Ivanopillya. Já na região de Kharkiv, mais a norte, há a registar a morte de pelo menos três pessoas na mesma noite.
Segundo peritos militares, a suspensão da ajuda militar dos EUA e, principalmente, a suspensão da partilha de informações e dados de satélite, poderá estar a comprometer a eficácia das defesas aéreas ucranianas, o que está a ser explorado pela Rússia, que nos últimos dias intensificou os ataques aéreos sobre várias regiões. “Estes ataques mostram que os objetivos da Rússia não se alteraram. Por isso, é crucial que todos dêmos o nosso melhor para proteger vidas, reforçar as nossas defesas e aumentar as sanções contra a Rússia. Tudo o que ajudar Putin a financiar a guerra deve colapsar”, apelou o Presidente Volodymyr Zelensky num vídeo publicado nas redes sociais.
Entretanto, a situação das forças ucranianas na região russa de Kursk parece ter-se complicado nos últimos dias, com vários relatos a indicarem que o grosso do contingente ucraniano poderá estar prestes a ficar completamente cercado após uma ofensiva russa ter conseguido cortar parte das linhas de abastecimento perto da fronteira. “A situação das forças ucranianas em Kursk é muito má”, disse um analista militar citado pela Reuters, adiantando que as tropas de Kiev poderão ter de retirar-se da região para não ficarem completamente cercadas, perdendo assim um importante trunfo territorial nas negociações com a Rússia.
“Putin está a fazer o que qualquer um faria”
Donald Trump admitiu este sábado que a Rússia pode estar a aproveitar-se da suspensão de ajuda americana à Ucrânia para intensificar os ataques russos contra o país. “Julgo que Putin está a atacá-los com mais força do que até agora. Acho que qualquer pessoa na sua posição faria o mesmo”, disse Trump, horas depois de ter ameaçado impor novas sanções e tarifas comerciais à Rússia por causa dos últimos ataques. Questionado pelos jornalistas, Trump garantiu continuar a acreditar que Putin quer acabar com a guerra, mas disse não poder afirmar o mesmo sobre a Ucrânia. “Francamente, tem sido mais difícil trabalhar com a Ucrânia do que com a Rússia. E eles não têm sequer as cartas na mão. Em termos de discutir um acordo final, acho que será mais fácil negociar com a Rússia”, sublinhou o Presidente dos EUA.
Kiev quer “diálogo construtivo” com os EUA
O Presidente ucraniano disse este sábado estar “absolutamente comprometido” em manter um “diálogo construtivo” com os EUA para a paz na Ucrânia. “A Ucrânia procura a paz desde o primeiro dia. Há propostas realistas sobre a mesa. Temos de avançar de forma rápida e decisiva”, afirmou Volodymyr Zelensky sobre a reunião de terça-feira entre negociadores ucranianos e norte-americanos em Riade, na Arábia Saudita.
Correio da Manhã