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- Nov 17, 2008
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Lisboa, 29 Dez (Lusa) - A direcção da Associação Profissional de Arqueólogos (APA) manifestou hoje "preocupação e indignação" pela "ausência de definição de uma política clara e inequívoca" de investimento no património arqueológico português.
Num comunicado hoje divulgado, a direcção da associação afirma ainda recear que 2009 venha a ser "o corolário da regressão no desenvolvimento notável que a actividade arqueológica sofreu desde a eclosão do dossier Côa", que mobilizou a sociedade portuguesa para a salvaguarda das gravuras rupestres no Vale do Côa.
As preocupações da APA centram-se essencialmente na "situação laboral precária de trabalhadores do Ministério da Cultura que asseguram a execução de tarefas fundamentais para que o Estado cumpra as suas obrigações face ao património arqueológico".
Por outro lado, afirma temer pelo futuro da maior biblioteca especializada em património arqueológico do país, "bem como de todo o valioso acervo do ex-Instituto Português de Arqueologia face ao anúncio de desmantelamento das instalações do Ministério da Cultura na Avenida da Índia para dar início à construção do futuro Museu dos Coches".
A APA recorda que ao longo deste ano emitiu comunicados e enviou documentos ao ministro da Cultura, José António Pinto Ribeiro, alertando para a situação laboral precária dos arqueólogos e vários problemas do sector, nomeadamente a nível da organização institucional e condições de exercício profissional.
Lembra ainda que também entregou uma petição, no gabinete do ministro, com 1475 subscritores que manifestavam a sua apreensão pelo futuro da biblioteca especializada em património arqueológico.
Segundo a entidade, na mais recente missiva, enviada a Pinto Ribeiro a 10 de Dezembro, e ainda sem uma resposta ao pedido de audiência, foram reiterados pedidos de soluções para os problemas do sector e a salvaguarda do arquivo documental da arqueologia portuguesa.
Na carta enviada ao ministro, os arqueólogos recordam que o chefe de Gabinete, quando foi entregue a petição, lhes tinha dito que "a equipa ministerial está a trabalhar no sentido de minorar os danos causados pela reestruturação administrativa dos serviços em sequência do PRACE" (Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado).
Na sequência do PRACE e a reorganização orgânica do Ministério da Cultura, o antigo Instituto Português de Arqueologia (IPA) fundiu-se com o Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR), dando origem ao actual Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR).
"Neste final de 2008 não conhecemos nenhuma solução ou proposta concreta para a resolução dos problemas que temos vindo a denunciar e o Ministério da Cultura mantém-se mudo face às nossas propostas de colaboração em questões concretas, como por exemplo na sempre adiada regulamentação da Lei de Bases do Património Cultural publicada em 2001", refere ainda a direcção da APA.
Contactada pela agência Lusa, uma fonte do gabinete do ministro da Cultura disse que a questão dos avençados "não está esquecida e está em vias de resolução".
Relativamente às restantes matérias, a fonte escusou-se a comentar.
AG.
Lusa/Fim
Num comunicado hoje divulgado, a direcção da associação afirma ainda recear que 2009 venha a ser "o corolário da regressão no desenvolvimento notável que a actividade arqueológica sofreu desde a eclosão do dossier Côa", que mobilizou a sociedade portuguesa para a salvaguarda das gravuras rupestres no Vale do Côa.
As preocupações da APA centram-se essencialmente na "situação laboral precária de trabalhadores do Ministério da Cultura que asseguram a execução de tarefas fundamentais para que o Estado cumpra as suas obrigações face ao património arqueológico".
Por outro lado, afirma temer pelo futuro da maior biblioteca especializada em património arqueológico do país, "bem como de todo o valioso acervo do ex-Instituto Português de Arqueologia face ao anúncio de desmantelamento das instalações do Ministério da Cultura na Avenida da Índia para dar início à construção do futuro Museu dos Coches".
A APA recorda que ao longo deste ano emitiu comunicados e enviou documentos ao ministro da Cultura, José António Pinto Ribeiro, alertando para a situação laboral precária dos arqueólogos e vários problemas do sector, nomeadamente a nível da organização institucional e condições de exercício profissional.
Lembra ainda que também entregou uma petição, no gabinete do ministro, com 1475 subscritores que manifestavam a sua apreensão pelo futuro da biblioteca especializada em património arqueológico.
Segundo a entidade, na mais recente missiva, enviada a Pinto Ribeiro a 10 de Dezembro, e ainda sem uma resposta ao pedido de audiência, foram reiterados pedidos de soluções para os problemas do sector e a salvaguarda do arquivo documental da arqueologia portuguesa.
Na carta enviada ao ministro, os arqueólogos recordam que o chefe de Gabinete, quando foi entregue a petição, lhes tinha dito que "a equipa ministerial está a trabalhar no sentido de minorar os danos causados pela reestruturação administrativa dos serviços em sequência do PRACE" (Programa de Reestruturação da Administração Central do Estado).
Na sequência do PRACE e a reorganização orgânica do Ministério da Cultura, o antigo Instituto Português de Arqueologia (IPA) fundiu-se com o Instituto Português do Património Arquitectónico (IPPAR), dando origem ao actual Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (IGESPAR).
"Neste final de 2008 não conhecemos nenhuma solução ou proposta concreta para a resolução dos problemas que temos vindo a denunciar e o Ministério da Cultura mantém-se mudo face às nossas propostas de colaboração em questões concretas, como por exemplo na sempre adiada regulamentação da Lei de Bases do Património Cultural publicada em 2001", refere ainda a direcção da APA.
Contactada pela agência Lusa, uma fonte do gabinete do ministro da Cultura disse que a questão dos avençados "não está esquecida e está em vias de resolução".
Relativamente às restantes matérias, a fonte escusou-se a comentar.
AG.
Lusa/Fim