migel
GForum VIP
- Entrou
- Set 24, 2006
- Mensagens
- 15,631
- Gostos Recebidos
- 0
Associação de Paralisia Cerebral cria Centro de Reabilitação
É a primeira grande vitória da associação que está determinada a solucionar as lacunas da actual intervenção feita junto das crianças e jovens com paralisia cerebral. A associação já começou o trabalho de sinalização dos casos existentes e a criar grupos de inter-ajuda para as famílias
A direcção da Associação de Paralisia Cerebral de São Miguel está determinada a melhorar a intervenção junto das crianças e jovens com paralisia cerebral.
As lacunas estão identificadas: por um lado, não se sabe quantos são, quem são e onde estão os portadores da perturbação de controlo da postura e movimento, e por outro lado, os terapeutas e técnicos fazem um trabalho individual, não existindo uma acção concertada adaptada a cada caso. Não existem centros para tratamento e educação das crianças com paralisia cerebral e os pais não estão suficientemente esclarecidos e muitas vezes não têm possibilidades financeiras para realizar o programa de recuperação dos filhos.
A direcção da associação, composta por Teresa Mota e Leonor Anahory, está, no entanto, a trabalhar nas soluções.
A primeira grande vitória foi conseguir a garantia de apoio do Governo Regional à criação do Centro de Reabilitação.
A Clínica do Bom Jesus, em Ponta Delgada, cedeu o espaço para a implementação do projecto. O Governo vai financiar as obras de adaptação e ampliação do espaço. E, com a colaboração voluntária de um arquitecto, a direcção da associação está já a planear a intervenção e a orçamentar os custos.
Como explicou Teresa Mota, presidente da associação, no Centro de Reabilitação serão prestados serviços especializados, como terapia ocupacional, psicologia, fisioterapia, disponibilização de equipamentos de comunicação aumentativa e formação. Será também criada uma ludoteca, com uma educadora de ensino especial para dar apoio em horário pós-escolar.
A ideia é criar um plano de intervenção individual, elaborado em conjunto pelos diversos técnicos e terapeutas envolvidos, após uma avaliação das necessidades de cada caso. E intervir, com a ajuda das famílias, no sentido de potenciar as capacidades das crianças e jovens com paralisia cerebral.
A associação já começou o trabalho de sinalização das crianças e jovens portadores da perturbação motora. No gabinete, onde a associação tem sede actualmente (Rua de Lisboa, 49 - C), as técnicas que iniciaram actividade em Dezembro estão a identificar os portadores de paralisia cerebral, a contactar as famílias e a fazer visitas aos locais de vida das crianças, para avaliar as necessidades e elaborar um plano de intervenção. “Uma pessoa com paralisia cerebral pode ter apenas um ligeiro tique, ter uma deficiência motora grave ou ter uma deficiência mental associada. A avaliação é por isso muito importante para adequar a resposta necessária”.
A associação está também a preparar a criação de grupos de pais, pois, como sublinha Teresa Mota, “se as famílias não estiverem bem é impossível ajudar as crianças. Às vezes, o mais importante é dar condições para que o núcleo familiar funcione e dê o devido apoio à criança ou jovem que tem em casa”. A presidente da associação explica que, “nos grupos, os pais poderão partilhar experiências, os seus sofrimentos, e encontrar respostas em conjunto para o seu caminho”. A primeira reunião deverá realizar-se ainda este mês.
Mãe de uma criança com paralisia cerebral, Teresa Mota diz que “as famílias sentem-se desapoiadas porque as dificuldades são muitas. Primeiro é preciso aprender: precisamos de técnicos que nos expliquem e nos digam como lidar com as necessidades específicas das crianças. E, muitas vezes, falta todo o apoio que as outras famílias às vezes têm numa vizinha ou na família, e que nós não podemos ter, porque as crianças com paralisia cerebral precisam de pessoas que estejam preparadas para lidar com elas”.
É, por essa razão, que outro objectivo da associação é estabelecer parceria com uma residencial assistida que surja na comunidade, de modo a que os pais tenham um espaço onde deixar os filhos aos fins-de-semana, férias, ou numa situação de emergência.||
Nascem seis crianças
com a doença
A paralisia cerebral é uma perturbação do controlo da postura e movimento, resultante de uma anomalia ou lesão que atinge o cérebro em desenvolvimento. Em cada mil bebés, em média, dois são afectados pela paralisia cerebral. Com base na média de nascimentos ocorridos nos Açores em 2005, estima-se que, todos os anos, nascem na Região seis crianças com paralisia cerebral.
O tratamento por pessoal especializado deve começar o mais cedo possível. A avaliação das dificuldades motoras, sensoriais, de linguagem, audição, visão e psíquicas, por uma equipa de técnicos, é fundamental.
Por vezes são necessários aparelhos de ortóteses, próteses ou correcções cirúrgicas. A criança com Paralisia Cerebral deve receber uma educação adequada às suas possibilidades intelectuais.
Fonte:Açoriano Oriental
É a primeira grande vitória da associação que está determinada a solucionar as lacunas da actual intervenção feita junto das crianças e jovens com paralisia cerebral. A associação já começou o trabalho de sinalização dos casos existentes e a criar grupos de inter-ajuda para as famílias
A direcção da Associação de Paralisia Cerebral de São Miguel está determinada a melhorar a intervenção junto das crianças e jovens com paralisia cerebral.
As lacunas estão identificadas: por um lado, não se sabe quantos são, quem são e onde estão os portadores da perturbação de controlo da postura e movimento, e por outro lado, os terapeutas e técnicos fazem um trabalho individual, não existindo uma acção concertada adaptada a cada caso. Não existem centros para tratamento e educação das crianças com paralisia cerebral e os pais não estão suficientemente esclarecidos e muitas vezes não têm possibilidades financeiras para realizar o programa de recuperação dos filhos.
A direcção da associação, composta por Teresa Mota e Leonor Anahory, está, no entanto, a trabalhar nas soluções.
A primeira grande vitória foi conseguir a garantia de apoio do Governo Regional à criação do Centro de Reabilitação.
A Clínica do Bom Jesus, em Ponta Delgada, cedeu o espaço para a implementação do projecto. O Governo vai financiar as obras de adaptação e ampliação do espaço. E, com a colaboração voluntária de um arquitecto, a direcção da associação está já a planear a intervenção e a orçamentar os custos.
Como explicou Teresa Mota, presidente da associação, no Centro de Reabilitação serão prestados serviços especializados, como terapia ocupacional, psicologia, fisioterapia, disponibilização de equipamentos de comunicação aumentativa e formação. Será também criada uma ludoteca, com uma educadora de ensino especial para dar apoio em horário pós-escolar.
A ideia é criar um plano de intervenção individual, elaborado em conjunto pelos diversos técnicos e terapeutas envolvidos, após uma avaliação das necessidades de cada caso. E intervir, com a ajuda das famílias, no sentido de potenciar as capacidades das crianças e jovens com paralisia cerebral.
A associação já começou o trabalho de sinalização das crianças e jovens portadores da perturbação motora. No gabinete, onde a associação tem sede actualmente (Rua de Lisboa, 49 - C), as técnicas que iniciaram actividade em Dezembro estão a identificar os portadores de paralisia cerebral, a contactar as famílias e a fazer visitas aos locais de vida das crianças, para avaliar as necessidades e elaborar um plano de intervenção. “Uma pessoa com paralisia cerebral pode ter apenas um ligeiro tique, ter uma deficiência motora grave ou ter uma deficiência mental associada. A avaliação é por isso muito importante para adequar a resposta necessária”.
A associação está também a preparar a criação de grupos de pais, pois, como sublinha Teresa Mota, “se as famílias não estiverem bem é impossível ajudar as crianças. Às vezes, o mais importante é dar condições para que o núcleo familiar funcione e dê o devido apoio à criança ou jovem que tem em casa”. A presidente da associação explica que, “nos grupos, os pais poderão partilhar experiências, os seus sofrimentos, e encontrar respostas em conjunto para o seu caminho”. A primeira reunião deverá realizar-se ainda este mês.
Mãe de uma criança com paralisia cerebral, Teresa Mota diz que “as famílias sentem-se desapoiadas porque as dificuldades são muitas. Primeiro é preciso aprender: precisamos de técnicos que nos expliquem e nos digam como lidar com as necessidades específicas das crianças. E, muitas vezes, falta todo o apoio que as outras famílias às vezes têm numa vizinha ou na família, e que nós não podemos ter, porque as crianças com paralisia cerebral precisam de pessoas que estejam preparadas para lidar com elas”.
É, por essa razão, que outro objectivo da associação é estabelecer parceria com uma residencial assistida que surja na comunidade, de modo a que os pais tenham um espaço onde deixar os filhos aos fins-de-semana, férias, ou numa situação de emergência.||
Nascem seis crianças
com a doença
A paralisia cerebral é uma perturbação do controlo da postura e movimento, resultante de uma anomalia ou lesão que atinge o cérebro em desenvolvimento. Em cada mil bebés, em média, dois são afectados pela paralisia cerebral. Com base na média de nascimentos ocorridos nos Açores em 2005, estima-se que, todos os anos, nascem na Região seis crianças com paralisia cerebral.
O tratamento por pessoal especializado deve começar o mais cedo possível. A avaliação das dificuldades motoras, sensoriais, de linguagem, audição, visão e psíquicas, por uma equipa de técnicos, é fundamental.
Por vezes são necessários aparelhos de ortóteses, próteses ou correcções cirúrgicas. A criança com Paralisia Cerebral deve receber uma educação adequada às suas possibilidades intelectuais.
Fonte:Açoriano Oriental