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Literatura: Antologia de contos e poesia de José Viale Moutinho assinala 40 anos de carreira
Lisboa, 06 Ago (Lusa) - Chama-se "In Fábula: Aves Gatos Gregos Ocasos" a antologia de contos e poemas de José Viale Moutinho, organizada pela ensaísta Diana Pimentel, que a editora Exodus acaba de lançar para assinalar 40 anos de carreira do escritor.
"Neste volume estão representadas várias fases da minha escrita nas mais diversas épocas. De certo modo, trata-se de um balanço que, naturalmente, acabará por estabelecer uma viragem", disse à Lusa o escritor e jornalista madeirense, de 63 anos.
Os textos seleccionados para esta antologia reflectem, segundo José Viale Moutinho, "uma coerente evolução estética e literária, inclusive de interesses temáticos", em que é "o protagonista com a dimensão de autor".
"É certo que devo alguma coisa ao realismo mágico, mas nunca perdi de vista os aspectos sociais dos tempos das histórias que conto, afinal sempre o meu tempo", sublinhou, embora essa sua "preocupação de justiça social", sobretudo nas suas ficções, provoque "uma certa irritação" a "alguma crítica".
"Quando escrevo, como quando vivo, reclamo tacitamente a liberdade livre de que falava o jovem Rimbaud e estou efectivamente com os outros", frisou o autor, que "poucas páginas renegaria destas vertentes de poeta e de contista".
José Viale Moutinho considera-se essencialmente um contista que, com "Cenas da Vida de um Minotauro" (2002) - obra galardoada com o Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco, da Associação Portuguesa de Escritores (APE) -, "de algum modo" abriu caminho "a um género pouco explorado entre nós, o conto histórico".
Quarenta anos após a estreia literária, com a ficção "Natureza Morta Iluminada" (1968), o escritor, que há pouco se mudou "do granito barroco do Porto e do universo agreste do Douro para o universo subtropical da Madeira" natal, indicou que, "ao cabo deste tempo, a própria transformação de cenário de vida está a sugerir novos temas por outros dizeres".
Depois do livro de contos "Destruição de um Jardim Romântico", que recentemente lançou na renovada Portugália Editora, o autor está agora "a dar forma a um novo livro de poemas", começou a escrever "uma ficção acerca da grotesca aventura de D. Sebastião, regressado de Alcácer-Quibir, sensato manipulador de impostores" e está a terminar um novo livro sobre a Guerra Civil, intitulado "Primeira Linha de Fogo".
ANC.
Lusa/fim
Lisboa, 06 Ago (Lusa) - Chama-se "In Fábula: Aves Gatos Gregos Ocasos" a antologia de contos e poemas de José Viale Moutinho, organizada pela ensaísta Diana Pimentel, que a editora Exodus acaba de lançar para assinalar 40 anos de carreira do escritor.
"Neste volume estão representadas várias fases da minha escrita nas mais diversas épocas. De certo modo, trata-se de um balanço que, naturalmente, acabará por estabelecer uma viragem", disse à Lusa o escritor e jornalista madeirense, de 63 anos.
Os textos seleccionados para esta antologia reflectem, segundo José Viale Moutinho, "uma coerente evolução estética e literária, inclusive de interesses temáticos", em que é "o protagonista com a dimensão de autor".
"É certo que devo alguma coisa ao realismo mágico, mas nunca perdi de vista os aspectos sociais dos tempos das histórias que conto, afinal sempre o meu tempo", sublinhou, embora essa sua "preocupação de justiça social", sobretudo nas suas ficções, provoque "uma certa irritação" a "alguma crítica".
"Quando escrevo, como quando vivo, reclamo tacitamente a liberdade livre de que falava o jovem Rimbaud e estou efectivamente com os outros", frisou o autor, que "poucas páginas renegaria destas vertentes de poeta e de contista".
José Viale Moutinho considera-se essencialmente um contista que, com "Cenas da Vida de um Minotauro" (2002) - obra galardoada com o Grande Prémio de Conto Camilo Castelo Branco, da Associação Portuguesa de Escritores (APE) -, "de algum modo" abriu caminho "a um género pouco explorado entre nós, o conto histórico".
Quarenta anos após a estreia literária, com a ficção "Natureza Morta Iluminada" (1968), o escritor, que há pouco se mudou "do granito barroco do Porto e do universo agreste do Douro para o universo subtropical da Madeira" natal, indicou que, "ao cabo deste tempo, a própria transformação de cenário de vida está a sugerir novos temas por outros dizeres".
Depois do livro de contos "Destruição de um Jardim Romântico", que recentemente lançou na renovada Portugália Editora, o autor está agora "a dar forma a um novo livro de poemas", começou a escrever "uma ficção acerca da grotesca aventura de D. Sebastião, regressado de Alcácer-Quibir, sensato manipulador de impostores" e está a terminar um novo livro sobre a Guerra Civil, intitulado "Primeira Linha de Fogo".
ANC.
Lusa/fim