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O uso de antidepressivos durante a gravidez não está associado a um risco acrescido de morte fetal e de morte nos recém-nascidos, indica um estudo publicado no Journal of the American Medical Association.
O estudo sueco teve por base mais de 1,6 milhões de nascimentos em cinco países, incluindo cerca de 30.000 mulheres tratadas com antidepressivos da classe dos ISRS (inibidores seletivos da recaptação da serotonina), durante a gravidez.
De acordo com a “Lusa”, os investigadores descobriram que 1,79 por cento das grávidas tratadas com ISRS apresentavam maiores riscos de morte fetal (4,62 contra 3,69 em 1.000) e morte pós-neonatal (1,38 versus 0,96) do que aquelas que não estavam a tomar medicamentos antidepressivos. Contudo, estas taxas ligeiramente mais elevadas são atribuídas à gravidade da doença psiquiátrica subjacente (na maioria dos casos depressão major) do que ao seu tratamento.
Os investigadores sublinharam também que este grupo de mulheres apresentava em simultâneo outros fatores de risco, como o tabagismo e a idade. Já a taxa de morte neonatal encontrada é semelhante em ambos os grupos (2.54 contra 2.21 em 1.000).
“O presente estudo sugere que a toma de ISRS durante a gravidez não está associada a um risco mais elevado de morte fetal, neonatal ou pós-neonatal”, concluem os investigadores, sublinhando, porém, que “a decisão de utilizar os ISRS na gestação deve ter em conta outros fatores perinatais e os riscos associados à doença mental materna”.